Capítulo 24

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—Somos amigos de infância , creio que ele tenha muitas histórias para contar!

Cam riu pelo nariz.

—Você que sabe. —Deu nos ombros.

Cruzei os braços. Minha paciência tinha chegado ao limite.

—Olha eu sei que eu não moro aqui nem nada, mas agradecia um pouco de gentileza e respeito! Você mora aqui e eu não, já entendi. Não precisa ficar nesse jogo, não vou demorar muito tempo.

Ele riu e aquilo só me deixou com mais raiva.

—Prometo me comportar, é só que, não sou muito amigável. — Cam fez uma careta. — Espero que minha ironia não nos impeça de sermos amigos. Trégua?

Me diga algo que eu não tenha notado...

—Não pode pedir trégua quando é o único fazendo guerra.

Ele ergueu uma das sobrancelhas.

— Se não vai apertar minha mão é só dizer, só que ficar com a mão estendida, cansa...

Dei um passo à frente e apertei sua mão.

—O que está assistindo?

Ele colocou os pés em cima do centro.

— Não é coisa de mulher.

—Ah, pelo o amor de Deus, estamos no século XXI não existe "coisa de mulher" e "coisa de homem"! —Cruzei os braços, me sentando ao seu lado. —Velozes e furiosos? Amo esse filme!

Ele se virou para me olhar com mais atenção, isso com certeza não é algo comum em garotas, pelo menos nas que ele conhece(até agora). Dependendo do filme de ação, gosto mais do que romance.

—Gosta de Velozes e furiosos?

— Sim, algum problema? — Disse sem tirar os olhos da TV.

— Nenhum... —Ele entrouxou a boca e se encostou novamente ao sofá. Zac saiu da primeira porta a esquerda, vestido com a mesma blusa polo preta que o cam está e calça jeans, acho que é o uniforme deles. — Cara, você acredita que ela gosta de Velozes e Furiosos? Já ganhou meu respeito.

Zac riu.

—Tem muita coisa que você não sabe sobre ela.

Sorri, agradecida pelo elogio. Ou pelo que eu achava que fosse.

—O papo está muito bom, mas, o dever nos chama. Você vai descansar ou quer ficar um pouco lá embaixo?

Olhei para o meu relógio, era 19:3 . — Acho que vou descer um pouco.

—Tudo bem, só fica no meu campo de visão e tudo certo.

Assenti e nós três descemos, Cam desvirava as cadeiras enquanto Zac abria a porta da frente e ligava as luzes que iluminavam o nome Radioactive Bar. Depois ele voltou para dentro ligando o condicionador de ar, ficou atrás do balcão e passou algo para limpá-lo.

Cam verificou se tudo estava em seu devido lugar, ligou as caixas de som e se juntou a mim e ao Zac.

— Tem alguma coisa para fazer na cozinha?

Zac ficou pensativo.

— Acho que tem alguns copos da noite passada, desculpa cara! Eu estava muito cansado.

—Sem problema.

Cam entrou na cozinha, deixando a porta balançar sozinha. Não demorou muito para um grupo de pessoas entrarem , eles se acomodaram em uma das mesas e Zac foi atende-los. Um cara extremamente grande entrou e Zac o cumprimentou, em seguida me apresentou a ele, aquele era o cozinheiro deles. Mais dois funcionários chegaram, um era garçom e a mulher se juntou ao Zac atrás do balcão. Enquanto eles trabalhavam peguei meu celular e disquei o número do Marcel.

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