Capítulo 15

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Marcel Styles

Abro os olhos e um exagerada quantidade de branco toma conta da minha visão. Olho ao meu redor e estou num quarto, com uma agulha no meu braço ligada a um soro, também estou com aquelas batas azuis, como 1+1 são dois, estou em um hospital. Há uma mesinha ao meu lado com um buquê de flores e um cartão com o nome da Lily na frente. Apenas quando me estico para pegar o cartão percebo quanta dor estou, diante disso, após muito esforço, consigo pegá-lo.

  Apenas quando me estico para pegar o cartão percebo quanta dor estou, diante disso, após muito esforço, consigo pegá-lo

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Todos os dias? Quanto tempo eu estou aqui, afinal? E onde estão meus óculos, minha mãe também, e por que minha cabeça está tão dolorida? Jesus, preciso parar de fazer tantas perguntas. Quero respostas.

Estou acordado a pouco tempo e o barulho da minha frequência cardíaca no monitor já me incomoda. Como eu vim parar aqui? E por que minha cabeça dói quando tento lembrar? Não é só a cabeça que dói e essa luminosidade só piora. Estou dolorido e com fome. Vejo a maçaneta se mover e ouço duas vozes femininas. Fecho os olhos rapidamente e regulo minha respiração.

—Nada ainda? — Lily! É ela.

— Ainda não, mas pode ficar um pouco. A mãe dele está na lanchonete, volta daqui a pouco!

A porta é fechada e escuto ela se aproximar. Depois um leve toque de sua pele no meu rosto, sua pele estava um pouco fria mas sem perder a maciez.

—Vamos, Marcel. Precisa acordar!

Abro os olhos com o seu pedido, devagar e seus olhos azuis parecem ainda mais lindos do que eu me lembrava. Seu sorriso continua sendo o coisas mais linda que eu já presenciei. Seu cheiro ainda é melhor do que qualquer outro perfume no mundo inteiro. E ela está aqui, por mim, mais uma vez.

—Ah, meu Deus! —Ela levou as mãos à boca. — Como está se sentindo?

Respiro antes de falar.

— Minha cabeça dói, meu corpo dói, o que aconteceu?

— Ryan bateu sua cabeça na quina do ringue, não se lembra?

— Mais ou menos. —Murmuro.

De repente ela me abraça, suspirando, delicada como sempre. Inalo seu perfume, me perguntando quando foi a última vez que o senti. Então me lembro do momento anterior a luta, quando Lilian Rose Foster quase me beijou pela primeira vez. Aposto que o Marcel da quinta série estava vibrando e muito, como ele poderia imaginar? Me lembro de seu rosto em frente a janela, sua pele banhada pela luz pálida da lua e como aquilo não diminuiu nem 1% do brilho de seus olhos. Eu tinha razão em dizer que ela era toda sorte que precisaria.

—Estava com saudades da sua voz, pensei que fosse perder a memória... — Seus olhos marejaram. —E que não lembraria de mim.

Ela está chorando, seguro sua mão fria, nada disso muda o fato de ser a mão dela.

Everything Has Changed | H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora