Voltando a mesa, encontro elas em meio a gargalhadas.
- Conversa tá boa né? - pergunto.
- Mano, você acredita que ela entrou na sala do diretor e pegou as resposta da prova e quando foi devolver o diretor pegou ela no flagra? - diz em risadas Alice.
- Que aventureira né?! - Respondo.
Sentei junto à elas e começamos a conversar, na verdade dávamos mais risadas do que conversávamos. Uma criança caiu em nossa frente e como de se esperar Alice berrou na sua risada. Não sabia onde enfiar minha cara. A criança mostrava língua para Alice, e de se esperar Alice berrava de tanto rir.
- Murilo, olha que linda aquela menina sentada. Faria um belo casal vocês dois.
- Se toca! Não quero conhecer ninguém e muito menos me envolver.
- Nossa, é só conhecer poxa. - Disse Karen.
- Deixa eu te contar uma coisa - Disse Alice a Karen - Murilo é BV ainda, mas porque ele quer, pois várias amigas minha já quis ficar com ele.
- Também, lindo desse jeito. Um bom partido. - Disse Karen
Minha cara com certeza estava totalmente vermelha e para ajudar, Alice perguntou sarcasticamente:
- Ah, ficou com vergonha senhor Murilo!?
- Vamos embora! - Respondi já me levantando.
- Mas já? - Arregalou os olhos Karen.
- Sim! Precisamos ir. Te mando mensagem, ok!? - Responde Alice
- Tudo bem! - Respondeu Karen.
Numa dificuldade de como se despedir, Alice e Karen se despedem com um beijo no rosto.
Chegando em casa me encontro com a solidão novamente, porém feliz. Implorei pra que Alice dormisse lá novamente, mas infelizmente ela não podia por conta da faculdade.
No dia seguinte, acordei disposto a tentar mais uma vez por um emprego. No centro da cidade de São Paulo, como sempre bastante movimentada, fui entregando meus currículos. Me batia um arrependimento grande a cada currículo entregue, pois vinha em minha mente algo assustador como "eles estão limpando a bunda com meus currículos, só pode" pois nunca me chamam.
Se passaram semanas e nada daqueles currículos fazerem efeitos.
Alice me contou que estava namorando com Karen, fiquei muito feliz com aquilo. Karen era uma boa pessoa, eu havia gostado bastante dela. Elas estavam sempre juntas, fazendo trabalhos da faculdade, saindo, etc - as vezes me convidando, mas eu negava, pois relação é a dois e não a três - minha amiga estava feliz e eu ficava feliz por ver ela daquela forma.Estava no banho e havia deixado meu celular com um cabo conectado ao som. O cel começou a tocar, então rapidamente desliguei o chuveiro e corri para pega-lo.
Era a Fernanda.
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Encontrei a paz (romance gay)
RomanceMurilo é um garoto órfão e pobre, que acabou o ensino médio e não conseguiu nenhuma oportunidade no mercado de trabalho. Encontra sua vida estacionada na mesmice, no meio da depressão. De repente, vê a oportunidade de mudar de situação quando sua am...