Ficamos ali conversando naquela meia hora que estivemos sozinhos. Obviamente, conversas com alguns ataques de beijos que Rodrigo me dava. Ele me falava o quanto estava agoniado e que estava pensando de sair daquela casa. Dizia também que não aguentava mais fazer o que o pai dele ordenava, pois não era mais uma criança.
- É complicado amor, pra você sair daqui você precisava arrumar um emprego. Como vai morar em outro lugar sem dinheiro? E tenho certeza que seu pai não te ajudará, do jeito que ele tá._ Falei.
- Eu sei, é arriscado. Mas não vou ficar aqui vendo meu pai agir como um idiota dos séculos oitenta._ Respondeu.
- Calma! Não tome atitudes que possa se arrepender. Da alguns dias para seu pai, tenta entender o lado dele também.
Rodrigo ficou pensativo. Então o beijei.
- Infelizmente tenho que ir._Falei segurando seu rosto.
- Aí amor, que droga!!!
- Calma, vou da um jeito de te ver mais vezes. Prometo.
- Por favor!!! Você é meu sol nessa tempestade._ Disse Rodrigo.
- Ai que lindo!!! E que viadagem, linda claro. Hahaha_ Rimos juntos.
- Bom, tchau. Até mais, e por favor se alimente bem e pensa antes de reagir a qualquer coisa. Te amo!!!_Me despido selando com um beijo.
- Também amor. Volte logo._Respondeu.
-Tchau Clarisse. Muito obrigado viu.
- Que nada lindinho._Respondeu Clarisse ao fechar a porta.
•••
Foi uma semana fazendo o mesmo trajeto. Casa, curso e casa de Rodrigo, sempre no horário que seu pai ia ao trabalho. Clarisse nos ajudava muito, era notável o quanto ela nos desejava felicidades. O pai dele não mudou de opinião, ao contrário, como "castigo" ainda o fazia ajudar com as papeladas de seu trabalho. Em sua escrivaninha tinha muitos papéis aliados, para ser revisados. Rodrigo não ficou irritado por está fazendo o trabalho do pai, ele me dizia que aquilo era um ótimo passatempo pra ele, e ajudava a não pensar em coisas ruins. Então ótimo.
Enquanto estávamos em seu quarto resolvendo aquelas papelada juntos, Clarisse dizia que voltaria logo, pois iria na feira buscar algumas frutas. Continuamos fazer o que estávamos fazendo.
- Amor? Tenho uma ideia!._ Falou Rodrigo arregalando seus olhos.
- Que ideia anjo?_Pergunto.
- Que tal dormi hoje comigo?_Sugere.
- Ta louco? Como? Se seu pai nos pegar?
- Esse é o plano. Ele vem aqui pegar os papéis, mas não fala nada comigo porque não estou falando com ele. E se Clarisse vir aqui, você entra pro porão e eu digo que já foi. A mesma coisa meu pai, caso queira entrar, você vai pro porão. Oque acha?_Finaliza.
- Complicado isso Rodrigo. Mas vou arrisca por que amo você._ Aceitei, lhe dando um beijo.
- Eba!!!._Vibrou.
- Pronto, já avisei as meninas.
Toc toc
- Rodrigo abri aqui filho. Quero conversar._ Era Clarisse.
- Rápido, entre._ Pediu Rodrigo.
Entrei e fiquei sentado no sofá enfrente o quadro de sua mãe. Sorridente. Sua mãe era tão linda, os mesmos olhos de Rodrigo.
Fiquei ali embaixo por volta de alguns minutos.
- Vem, meu pai não vai entrar hoje aqui. Ele pediu pra que Clarisse pegasse por ele. E Clarisse só queria saber sobre o porão. Mas falei que depois falaria mais sobre isso com ela.
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Encontrei a paz (romance gay)
RomanceMurilo é um garoto órfão e pobre, que acabou o ensino médio e não conseguiu nenhuma oportunidade no mercado de trabalho. Encontra sua vida estacionada na mesmice, no meio da depressão. De repente, vê a oportunidade de mudar de situação quando sua am...