Havia passado três meses. Três meses que estava trabalhando, três meses que Rodrigo estava morando com Clarisse, e três meses que Rodrigo e seu pai não se esbarraram.
Com o dinheiro que havia ajuntado, ajudei a pagar algumas contas na casa de Clarisse, como Rodrigo não podia, eu o ajudava. Era óbvio, Clarisse ficava puta por chegar em casa em dia de pagamento e ver que a conta de água já havia sido paga. Ajudei nas contas também das meninas, e sobrou algum dinheiro, e decidir levar Rodrigo pra conhecer São Paulo, onde nasci, meu bairro e etc.No dia da viagem Rodrigo estava meio nervoso, pois havia falado sobre a minha avó, mãe do meu pai. Que ela era arretada e um pouco chata, não saberíamos qual seria a reação dela, quando o apresentasse como namorado. Chegando em São Paulo Rodrigo admirava a paisagem, olhava aqueles prédios enorme. Grafites em todo canto.
Chegamos na casa de Alice. Fomos recebidos por sua mãe que estava em casa naquele dia. Alice estava na faculdade, como imaginava. Ela não sabia da nossa chegada em São Paulo, assim também que não sabia que iríamos. Ficamos na sala conversando de como ia minha vida morando no Rio Grande do Sul, como nos conhecemos e até o que vinha acontecendo.
- Fica em paz mocinho. Eu entendo seu pai. Como deve ter conhecido minha filha, no começo pra mim foi difícil também. Mas, mesmo sendo difícil entender não a tratei desta forma, pois isso vinha dela e não de mim, uma decisão, escolha, enfim. Só tenha paciência, uma hora ele entende que a vida não é como queremos._ Disse mãe de Alice a Rodrigo.
- Obrigado senhora. Espero que ele entenda e possamos ser como éramos antes. Eu amo meu pai._ Respondeu Rodrigo.
- Tudo vai ficar bem. Bom vocês me ajudem a arrumar a mesa pro almoço? Alice já deve está chegando.
- Claro!!!_ Respondemos.
Enquanto Rodrigo e eu colocávamos os pratos sobre a mesa, a senhora Kelly preparava uma vitamina de banana.
- O que!!!?_ Gritou Alice ao entrar na cozinha.
- Oi!!!_ Respondi sorridente.
- Amigo!!!_ Me abraçou Alice. Nem falou nada pra mim. _ Continuou.
- Era supresa._ Respondi.
- Oi Rodrigo seu lindo!!!_ O abraçou.
- Oi anjo._ Respondeu.
- Aconteceu alguma coisa ? Como anda as coisas por lá gente, me contem._ Perguntava Alice curiosa.
Enquanto almoçávamos, falávamos de como andava as coisas por lá, sobre o emprego que havia conseguido e etc.
- Mas voltamos já na segunda pela amanhã. Pois tenho que trabalhar e eles me deram folga só na segunda.
- Aí que pena!!! Achei que ficaria alguns dias._ Disse senhora Kelly.
- Não. Viemos como um bate e volta pra meio que distrair a cabeça._ Respondi. Alice, vai ficar ocupada nessa tarde ? É que queria saber se podia nos dá uma carona pra irmos ver minha vó._ Perguntei.
- Claro que não. To livre e vamos sim. Faz tempo que não vejo sua vó._ Respondeu. Que ir neste momento?_ Pergunta.
- Pode ser ?
- let's go friends. _ Disse Alice.
Entramos no carro e demos partida. Chegando, minha vó estava estendendo a roupa em seu varal.
- Filho!!!_ Disse minha vó arregalando os olhos verdes que tinha.
- Oi vó. Tudo bem?_ Abraço ela.
- Ótimo e você ? Como tá lindo. Porque sumiu ?_ Pergunta.
- Não estou morando mais aqui, estou morando no Rio Grande do Sul._ Respondi.
- O que !? Não, vamos entrar. Senta aí vou trazer um café pra nós.
- Eu to com vergonha amor._ Diz Rodrigo.
- Só fica calmo amor._Respondo.
- Como isso? Como foi embora e nem veio falar nada para mim?_ Pergunta. Aliás, não vai apresentar seu amigo? Porque a Alice já conheço. Tudo bem Alice?_Continuou
- Tudo ótimo dona Maria._ Respondeu Alice.
- Vó esse é Rodrigo, meu na-namorado._ Gaguejo.
- Que?_ Disse minha vó deixando a xícara cair no chão.
- Algum problema vó ?_ Pergunto.
Rodrigo ficou tão sem jeito que tentou ajudá-la a pega os cacos no chão e se cortou.
- Calma meu filho, só um momento._ Disse minha vó saindo da sala.
- Calma, não foi fundo. Só foi um corte de leve_ Disse Rodrigo olhando pra mim.
- Eu to calmo amor. Agora você não tá não. _ Rir.
Minha vó veio com uma bolsinha com alguns algodões e uns troços que não entendia bem.
- Filho eu não me importo com sua opção. Quero que seja feliz. Mas cuidado os dias de hoje tá muito perigoso._ Disse minha vó passando o curativo no dedo de Rodrigo.
- Sim vó. Estamos espertos. _ Disse dando um gole do meu café.
- Me conte um pouco sobre você menino._ Disse minha vó a Rodrigo.
Rodrigo e minha vó batia um papo agradável, então fui ao quintal junto com Alice, queria falar pra ela uma ideia que havia tido.
- A minha casa está lá parada. Já já vamos lá pra eu da uma olhada ?_ Pergunto.
- Claro, vamos sim._Respondeu
- Então. To pensando em colocar ela pra alugarem. O que acha ?_ Pergunto.
- Claro!!! Como não pensamos nisso antes meu?_ Diz Alice
Depois de algumas conversas com minha vó, fomos na minha antiga casa.
- Bom amor, aqui onde tive alguns pesadelos desde a morte dos meus pais. Mas eu amo esse lugar. Cada móvel eu vejo minha mãe fazendo a faxina dela. Nesse sofá vejo meu pai lendo seu jornal com sua caneca preferida, que no caso é essa. _ Mostrei tirando do armário.
- A casa tá com cheiro de mofo. Pra fazer o que quer fazer Murilo, precisamos da uma decoração e reformada nela._ Disse Alice.
- O que pensa em fazer Murilo?_ Pergunta Rodrigo.
- Então amor. Estava falando com Alice sobre deixar pra alugarem, assim me ajudaria bastante com o dinheiro que receber mensalmente._ Respondi.
- Pode contar com meu apoio amor._ Disse.
- O chato é que vou ter que deixar todo meu passado pra trás. Essa casa não mudou nada desde a última reforma que meu pai deu a ela._ Falei abrindo a janela da sala.
- Eu tenho certeza que seus pais lá de cima deseja um recomeço pra você. Tudo isso estará aqui amor, no seu coração. _ Disse Rodrigo colocando a mão no meu peito.
O beijei.
Alice deu uma tossida em sinal de que estava ali.
- Bom, vamos limpá-lá ?_ sugeriu Alice.
- Vamos!!!._ respondi.
Arreganhamos as mangas, e começamos a arrumar aquela casa. Fizemos a faxina. Tira pó, tira lixo, lava aqui, lava ali. E depois de duas horas terminamos aquela faxina. Casa limpa!!!
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Encontrei a paz (romance gay)
RomanceMurilo é um garoto órfão e pobre, que acabou o ensino médio e não conseguiu nenhuma oportunidade no mercado de trabalho. Encontra sua vida estacionada na mesmice, no meio da depressão. De repente, vê a oportunidade de mudar de situação quando sua am...