Acordei com um médico falando alguma coisa com Lucas.
- Mas ele tá bem né doutor?
- Tá sim. Só foi um susto que ele tomou!_ respondeu.
- Meu amor, que susto você me deu também. Tá melhor?_ Perguntou meu namorado sentando-se a cadeira ao lado.
- Mô, você viu como ele ficou?_ Novamente chorei.
- Ele vai ficar bem vida, ele está em boas mãos._ respondeu.
- Foi culpa minha doutor. Eu não deveria ter deixado ele ir, ele disse algumas palavras estranhas, como se estivesse partido daqui sabe?!
- Não se culpe. Ele não está bem, por isso queria da um fim na vida. O pai dele me passou algumas coisas para que eu pudesse encaminhar ele a um psicólogo. Ele esta abalado, por conta disso entrou na frente de um carro.
- E aí doutor. Ele tá bem?_ Entrou o pai do meu ex no quarto.
- Tá sim. Só esperando esse soro acabar e libero eles! Se me dêem licença, vou verificar como anda os outros pacientes.
- Obrigado doutor._ Agradeci.
- Murilo, como você tá ?_ perguntou.
- To bem. Desculpa ta meu amor? Não queria lhe causar isso._ Disse
- Amor para de se culpar. Você não tem nada a vê com isso._ Lucas olhou nos meus olhos.
- Exatamente. Eu sei que é chato o que vou lhe dizer, mas Rodrigo, esta colhendo o que você mesmo plantou. Ele plantou maldade dando um tiro no garoto aqui, e colheu esse acidente que ele mesmo causou. Mas ele vai ficará bem, espero...
- Tá muito grave né?_ perguntou Lucas.
- Sim. Os médicos tentam passar confiança pra mim, mas eu consigo ver nos olhos deles que eles estão lutando para ajudá-lo.
Se passaram alguns minutos que o doutor que tinha saído, e voltou.
- Seu soro já chegou ao fim. Vá pra casa e descanse._ Disse o médico.
- Mas eu não quero ir pra casa, quero falar com Rodrigo._ Disse
- Infelizmente Rodrigo ainda não acordou. Mas assim que ele acordar peço pra que lhe informem aí você poderá vê-lo. Claro se assim o senhor permitir._ O médico virou para o pai do meu ex e afirmou
- Murilo eu mesmo te aviso. Agora vai para casa e faça o que o médico lhe pediu.
- Vamos amor?_ Lucas pegou na minha mão.
Não resisti. Pedir pra que qualquer novidade eles me informarem. Lucas me levou pra minha casa, e as meninas perguntavam o que havia acontecido pelo o fato de eu estar com curativos no braço. Lucas explicou o que aconteceu enquanto eu ia para meu quarto. Aquele soro havia me dado muito sono. Lembro-me de ter deitado na cama e Lucas deitar ao meu lado massageando meus cabelos.
- Você é tão lindo Murilo. Pena que lhe perdi, eu queria voltar no dia que nos conhecemos e fazer tudo diferente._ Disse Rodrigo segurando minha mão.
- Você não me perdeu Rodrigo. Somos amigos, eu te perdoei, esqueça tudo isso._ Passava a mão nos seus cabelos castanhos.
- Sim, eu te perdi. E peço desculpas por não ter sido forte. Eles permitiram esse tempinho para que eu pudesse te ver._ Caiam lágrimas seus olhos. Mas seu sorriso estava lindo.
- Eles quem Rodrigo ?_ Perguntava sem entender o que ele queria dizer.
- Você não os vê ? Ah, eu falei com minha mãe Murilo. Ela me perdoou!!!_ Rodrigo estava muito feliz.
- Você falou com sua mãe? E quem está aqui Rodrigo. Você está me assustando.
- Relaxa, eles são do bem._Rodrigo dava gargalhadas.
- Você precisa descansar Rodrigo._ Disse colocando a mão em sua testa cronometrando sua temperatura.
- Eu vou ter um descanso eterno, relaxa._Sorriu.
- Rodrigo para de falar besteiras menino._ Repreendi.
- Mu? Te amo tá ? Quero ver você sempre sorrindo. E vou está em cada momento seu, você vai sentir eu perto de tu. Arrepiou ? Sou eu no seu ouvido sussurrando está perto. Cuida da minha pequena tá ? Amo vocês._ Rodrigo fechou os olhos, caindo últimas gotas delas. Sua mão deixou a minha e os equipamentos alertava que ele vai partido.
Eu gritava por socorro. Médicos e enfermeiros adentrando na sala alvoroçadoS. Me retiraram imediatamente, eu não sabia onde eu estava mais, eu só chorava e esperneava não querendo acreditar que ele vai partido. Lucas me abraçava forte, não dizia uma palavra só me abraçava.
- Murilo!!!_ Gritava Lucas.
Me levantei da cama no susto. As meninas estavam no quarto espantadas de pijamas.
- O que foi amor._ Perguntou Lucas.
- Vamos para o hospital por favor._ Eu chorava. Eu queria acreditar que aquele sonho que parecia tão real fosse só um maldito pesadelo.
- best, são três da manhã._ Disse Fernanda.
- Não precisam ir, eu vou de Uber._ Falei terminando de colocar minha jaqueta.
- Claro que não. Vamos com você!_ Flávia falou enquanto ia para seu quarto se vestir.
Em questão de dez minutos estavam todos dentro do carro da Flávia.
Chegamos no hospital por volta de vinte minutos depois...
- Sr, preciso ver Rodrigo._ Disse ao ver seu pai sentado na recepção limpando seus olhos.
- O que foi Sr Cláudio?_perguntei já assustado.
Ele não me respondia, não olhava nem na minha cara. Sai correndo a procura do Rodrigo que não estava no quarto. Procurei pelo médico e não o encontrava, esbarrei em um enfermeiro que saia de outra sala e perguntei onde estava o paciente.
Foi só algumas palavras para me destruir.- Minutos atrás um paciente chegou a óbito.
- Qual o nome pelo amor._ Perguntei muito nervoso.
Ele não me respondeu, estava com pressa pelo jeito.
- Filho, me perdoa. Isso foi culpa minha!_ Disse Sr Cláudio ao chegar perto de mim._ Ele se foi e eu sou o culpado de tudo, por não ter sido um pai presente._ Chorava.
- Como assim se foi caralho? Como assim?_ Já estava no chão sem forças.
As meninas e o Lucas me pegaram pra colocar numa cadeira, pediam ajuda para enfermeiros que passavam pelo o corredor e logo me trouxeram água. Obviamente não tomei. Eu não estava acreditando naquilo. Aquele momento estava me destruindo.
Rodrigo teria partido? Como assim? Aquilo tinha que ser outro sonho! Eu não me conformava de forma alguma. Eu me esgoelava, me beliscava pra ver se eu acordava e nada daquela tensão passava.
Não sei o que fizeram comigo, mas acordei por volta das onze da manhã na minha cama. Me levantei assustado a procura de alguém naquela casa e os encontrei na sala sentados. Lucas notou minha presença e veio me abraçar.- Toma um café amor. Vai te fazer bem!_ Sugeriu.
- Vontade zero pra nada._ Respondi.
- Você esta fazendo mal a si mesmo vida. E eu não to gostando disso. Eu sei, é doloroso, é muito ruim a sensação que está sentido. Respeito sua dor, só não aceito você deixar de comer._ Lucas acariciava meus cabelos.
Lucas me levou para a cozinha, puxou a cadeira e pediu para que me sentasse. Assim fiz! Lucas colocou café na xícara, pegou algumas torradas que fizerão mais cedo e sentou-se ao meu lado.
- Vá, coma!._ Ordenou meu namorado.
- Meu..._ Interrompido.
- Meu... nada! Anda amor. Só um pouco vai!_ Implorou.
Dei as primeiras mordidas nas torradas e acabei percebendo que tinha comido todas.
- Então tá né?! _Lucas dava risada enquanto tirava as coisas da mesa.
...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Encontrei a paz (romance gay)
RomanceMurilo é um garoto órfão e pobre, que acabou o ensino médio e não conseguiu nenhuma oportunidade no mercado de trabalho. Encontra sua vida estacionada na mesmice, no meio da depressão. De repente, vê a oportunidade de mudar de situação quando sua am...