Capítulo 28

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Acordei com Rodrigo me ligando, olhei para o relógio do celular e já era uma da tarde. Eu dormi demais, minha sorte que era domingo. 

- Hey Murilo?

- Oi ? Rô.

- Que voz rouca, tá acordando agora ?

- Sim sim.

- Misericórdia. Meu pai te convidou pra almoçar aqui. Vem ?

- To numa preguiça de andar, tu vem me buscar?

- Se acostumou._ Disse Rodrigo.

- Você me acostumou.

- Tudo bem. Daqui meia hora estou aí.

- Tudo bem. Desligo e vou direto ao banheiro tomar um banho.

•••

O almoço foi tranquilo, seu pai parecia gostar muito de mim, ele estava sendo bem simpático comigo. Rodrigo insistiu muito pra que eu dormisse sua casa, mas eu recusei o tempo todo. Já em casa, só queria saber de descobrir o que aconteceu com Alice. Liguei, mas nunca atendido, liguei para Karen, nada também.

- Meninas, eu preciso ir a São Paulo!_ Disse.

- Ué, porque isso?_ Pergunta Fernanda.

- Alice e nem Karen me responde, não me atende. To preocupado.

- Não se precipita Murilo, talvez só estejam sem celular. Tenha paciência. Já mandou mensagem nas redes sociais delas ? _ Disse Flávia.

- Já! Mas nenhuma resposta.

- Então possa ser que elas tenham sido roubadas._ Respondeu Flávia.

Deixei aquilo pra lá, mas fiquei muito preocupado com aquilo. Alguma coisa estava acontecendo, e eu tinha certeza.

•••

Um mês se passou.

Mensagem visualizada. Alice havia visualizado, mas não respondido.

- Meninas. Ela visualizou e não disse nada!!! _ Falei alterado logo cedo naquela manhã de sábado.

- Murilo, calma! Não acabou o mundo não lindo._ Me repreendeu Fernanda.

- Aí quer saber? To nem aí._ Disse largando o celular encima da mesa.

•••

Fernanda

Murilo estava muito puto com tudo aquilo! Mal sabia ele a surpresa que estávamos lhe preparando, para o seu aniversário, que era no dia seguinte. Murilo não queria sair do seu quarto por nada, tentamos chamá-lo para jantar, mas nos ignorava. Possa ser que estava dormindo, ou de fato, estava dormindo. Ótimo, assim conseguíamos arrumar a sala toda com a decoração.
As meninas nos ajudava a decorar a parede com as bexigas, enquanto Rodrigo checava o tempo todo se Murilo fazia algum barulho dentro do quarto, mas Murilo parecia morto. Falando em Rodrigo, o bicho tava muito gato. Meu pai!!! Murilo tem sorte. Aliás, meu lindo merece muito ser feliz, e Rodrigo fazia ele bem, e isso era nítido. 
As meninas eram umas fofas e simpáticas.

- Aí que saudade do meu lindo!_ Disse Alice.

- Já já o reencontro acontece._ Respondi.

- Foi muito difícil pra nós duas não atende-lo ou respondê-lo._ Disse Karen.

Faltava dez minutos para meia noite. Na sala estava as meninas, Priscilla amiga do curso, Rodrigo e Eduardo. Como era só uma surpresa, chamamos somente os íntimos, e Murilo nem tinha tanta amizade, mal saia de casa. Só dormia também.

Murilo não abriria a porta por nada, então bolemos um plano. Primeiro escondemos as meninas na cozinha e depois pegamos duas tampas da panela e fizermos barulho. Enquanto Rodrigo batia as tampas, Flávia gritava por socorro.

Rapidamente a porta se abriu, e Murilo saiu do quarto assustado, somente de samba canção. Eduardo e Priscilla  explodiram os confetes coloridos, enquanto cantávamos parabéns. Murilo ficou tão assustado que sentou no sofá, abaixou a cabeça e parecia chorar.

Ele ainda não tinha visto a surpresa maior.

- Não vai apagar a vela não?_ Disse Alice ao aparecer na sala.

- Meu Deus!!!_ Grita Murilo ao se levantar do sofá.

- Ah!!!_ Gritou Alice contigo.

Os dois se abraçaram, e Murilo se emocionou.

- E eu, não ganho um abraço também?_ Disse Karen.

Se emocionou ainda mais ainda.

- Que momento meu Deus, que momento!!!_ Vibrou Murilo.

Murilo então apagou a vela. Acendemos as luzes, Murilo cumprimentou a sua amiga Priscila e seu colega Eduardo. E ficou parado pensativo, parecia ter ficado triste com alguma coisa.

- O que foi best, não gostou da surpresa? _Pergunto.

- Eu amei!!! Mas, vocês não chamaram o Rodrigo?. Perguntou.

- O meu nenê, você achou mesmo que eu perderia esse momento?. _ Saiu Rodrigo da cozinha, com dois lindos balões de coração e uma caixa no seu braço. Nem percebemos que ele havia se escondido também.

Murilo sorria, sua felicidade era nítida. Meu amigo realmente estava todo bobo apaixonado.

- Toma, e abra!_ Deu Rodrigo o presente para Murilo.



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Encontrei a paz (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora