Rodrigo
Chegando em casa subir rapidamente para meu quarto. Nunca tinha visto meu pai reagindo daquela forma. Sentei na cama na espera de que ele chegasse, pois pra ele ir me buscar naquela forma, era porque ele queria falar alguma coisa. E eu não estava com medo, mas sim curioso.
Meu pai entrou no quarto, batendo à porta. Me levantei.- Ok? Agora você pode me explicar o que é isso?_ Estica o celular na minha cara me mostrando o vídeo.
- Eu pedindo Murilo em namoro!?_ Pergunto.
Meu pai olha pra mim com rejeição e me da uma tapa na cara.
- Você está de sacanagem com a minha cara porra?_Grita.
- O que há de errado nisso?_ Retruco com a mão sobre meu rosto.
- Eu não dediquei a minha vida toda criando um "viadinho" não. Criei você como macho e assim você é porra._ Gritou novamente jogando o celular na minha cara. Meu pai estava bêbado, sentir o mal cheiro ao gritar.
- Pai para com isso!_ Grito pegando em seus braços.
Meu pai me empurra fazendo com que eu caísse na cama, tira seu sinto e começa a me bater. Me xingava de tudo que é nome. Eu chorava, não chorava por sentir dores físicas, mas sim porque eu não acreditava que aquilo estava acontecendo. Pela a primeira vez meu pai me batia, pela a primeira vez vir meu pai naquele estado, embriagado e furioso. E aquilo me doía muito.
- Papai para_ Chorava Maju na porta do meu quarto.
Meu pai parou. Então ele pegou Maju nos braços e saiu do meu quarto. Eu soluçava de chorar entrando pro banheiro. Nu, ao olhar para o espelho minha lágrimas caiam cada vez mais ao ver aquelas marcas sobre meu corpo. Ouvi meu celular tocando no meu quarto, rapidamente abrir a porta pra pegar e atender, mas não conseguir, meu pai já havia atendido.
"Rodrigo não existe mais pra vocês" jogou meu celular com força sobre a janela fazendo com que quebrasse em pedaços. Fiquei em choque com aquilo. Entrei novamente pro banheiro, liguei o chuveiro, sentei no chão e chorava. A dor física, a dor no coração, estavam dolorosas.
Voltei para meu quarto, juntei os restos do meu celular e coloquei sobre a cômoda. Deitei, fiquei refletindo sobre tudo aquilo. E adormeci.
No dia seguinte Clarisse entrou no meu quarto com o café da manhã em uma bandeja. Colocou sobre a cama, me acordou e deitou sobre meu peito e disse:
- Calma meu filho, tudo vai ficar bem.
Comecei a chorar. Levantei e tirei a coberta de cima de mim.
Clarisse se espantou com aquilo que havia visto. Roxos sobre meus braços, um lado do meu rosto roxo, marcas sobre meus peitos. Clarisse chorava.- Meu pai. Sr Cláudio ficou louco?. Meu Jesus_ Dizia ao colocar a mão na boca.
Eu não disse uma palavra se quer.
O dia passou tão rápido dentro, do meu quarto trancado. Clarisse apareceu à tarde pra ver se estava bem, e me chamando pra almoçar. Mas não quis, preferir ficar trancado sem a presença de ninguém. Fiquei pensando como estaria Murilo. Não conseguia falar com ele de jeito algum. Meu celular já era, e meu notebook meu pai havia levado. Lembrei da sala de ensaio fotográfico. Fui até lá mas meu pai também havia pegado o notebook que ficava lá. Droga! Nada se podia se fazer. Estava com tanta angústia que fui para o lugar preferido daquela casa. Meu porão.
Sentei no sofá, olhei para o quadro onde era a pintura da minha mãe e chorava como uma criança.- Perdão Mae, perdão se não sou quem vocês queria que fosse! Perdão. Mas mãe, eu o amo, muito!
Meu pai já estava próximo de chegar, tive uma ideia, de como iria me comunicar com Murilo. Desci até a cozinha e lá estava Clarisse alimentando minha irmãzinha.
- Clarisse?_ Chamo ao aparecer na porta.
- Oi meu amor. Até que fim desceu. Tá com fome? Estou preparando a janta._Disse pegando em minhas mãos caridosamente.
- Não. Sem fome alguma. Eu quero te pedir um favor._Disse.
- O que seria?_Pergunta.
-Como não consigo falar com Murilo de forma alguma, me empresta seu celular só pra mim mandar uma mensagem pra ele avisando que tá tudo bem?
- Seu pai acabaria comigo, e eu perderia meu emprego!!!_Disse me afastando da cozinha pra escada.
- Juro que é coisa rápida. Por favor Clarisse._Insistir.
- Tudo bem, mas por favor. Seja rápido!!!_Me entregou o celular.
Subir a escada rapidamente, bati à porta e sentei na cama. Baixei o Instagram rapidamente, e coloquei meu login. Mandei mensagem em seu direct.
" Meu amor, fique em paz. Infelizmente meu pai quebrou meu celular e tirou meus notebook. Por isso não mandei nada antes. Sei que é ridículo isso, meu pai me colocar de castigo aos 19 anos, mas fazer o que né?! Te amo! Amanhã te conto tudo no curso. Bjs.❤️"
Enviei. No mesmo estante vir a porta preste a se abrir, coloquei o celular debaixo do travesseiro e fingir está dormindo. Era meu pai. 2 minutos, fechou a porta novamente.
- Ele saiu do quarto hoje Clarisse?_Ouvir meu pai falando.
- Não Sr Cláudio. Nem pra almoçar e nem jantar._Lhe respondeu.
Novamente ouço a porta se abrir. Meu pai se aproximava perto de mim e me chamou:
- Rodrigo!? Venha jantar.
- Não quero não._respondi.
- É uma ordem!_finalizou ao sair do quarto.
Me levantei, coloquei o celular dentro do meu bolso e desci.
Clarisse me encontrou na escada, e conseguir da o celular pra ela antes de entramos pra cozinha. Sentei na mesa, meu pai estava brincando com Maju, a mesa cheia. Clarisse se sentou pra comer também.- Rodrigo? Come um pouco filho._Disse Clarisse.
- Continuo sem fome Clarisse._Respondi.
- Coma logo Rodrigo!_Disse meu pai olhando seriamente pra mim.
- Como eu disse, estou sem fome!!!_Retribuir o olhar e sair da mesa, subindo de volta pro meu quarto.
- Ro..._Tentou me repreender, mas Clarisse o interrompeu.
- Sr Cláudio, deixa, ele tá triste. É normal dos jovens quando são repreendidos.
- Ele que sabe! Então vai morrer de fome._Respondeu meu pai.
Clarisse ficou indignada com o que ouviu.
Espero que estejam gostando!!!
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Encontrei a paz (romance gay)
RomanceMurilo é um garoto órfão e pobre, que acabou o ensino médio e não conseguiu nenhuma oportunidade no mercado de trabalho. Encontra sua vida estacionada na mesmice, no meio da depressão. De repente, vê a oportunidade de mudar de situação quando sua am...