Encontrei a paz (romance gay)

Capitulo 8

Sentamos na mesa do fundo e ficamos à espera do garçom. Depois que decidimos qual pizza comeríamos, chamamos o garçom e ficamos pasmados com a beleza daquele garoto.

- Murilo fecha a boca - diz Fernanda em risadas.

- Osh... - Respondi.

O garçom simplesmente colocou a pizza em cima da mesmo junto com o dolly gratuito, olhou para mim e deu um pequeno sorriso que me estremeceu todo. Mas calma aí, eu não sou gay!!! Por que aquilo mexeu comigo? Será se homens me atrai? Meu Deus!!!

Ficamos boquiabertos pois o garoto não usava uniforme ou algo do tipo. Estava com uma roupa comum e com um boné para trás.

- Ele sorriu pra você best!!! - diz Fernanda em um tom de alegria.

- Idai? Ele deve ser homossexual. - Respondi.

- E se ele não for virou agora, qualquer um viraria gay por causa de tu, um homão da... - Flávia bate no meu ombro ao dizer.

- haha vocês são demais. - respondi sorrindo.

- Eu shippo! - levanta a mão Fernanda e em seguida Flávia faz o mesmo gesto.

- Eu não sou gay, então não shipam nada!

Elas somente olharam para cara uma da outra e riram.

- Bom, vamos? - Diz Fernanda quando acabamos de comer.

- Vamos! Tá muito frio! - Respondo.

Então no meio do caminho, automaticamente coloco minhas mãos dentro do bolso da minha blusa e tenho um choque de realidade de que não sentia meu celular. Lembrei que eu havia sentado em cima do celular e não havia pegado quando levantei pra colocar minha blusa.

- Merda!!! Eu esqueci meu celular gente. - grito.

- Vamos buscar fio - Fernanda grita.

- Não. Eu lembro o caminho podem me esperar aqui ou se quiserem podem ir pra casa, vou rapidinho. - Respondo já andando de volta para pizzaria.

- Ok, estaremos lhe esperando em casa. Não demora!!! - grita Fernanda.

Entrei na pizzaria e já fui direto na cadeira que havia sentado para verificar se ainda estava lá, e não, não estava!!!!

- Oi, tá tudo bem? - O tal garçom bonito me pergunta.

- Não! Eu esqueci meu celular aqui e já devem ter levado. - Respondo com as mãos na cabeça de tanta raiva.

- Calma! Assim que vocês saíram eu fui limpar a mesa e vi que esqueceu o celular, tentei chamar por vocês mas vocês já haviam virado a esquina. Toma, tá aqui. - diz o garçom bonito.

- Ah, glória a Deus por isso!!! Não sei nem como te agradecer cara. - Respondo.

- Eu sei!! - diz ele com um olhar estranho.

- O que desejaria? - pergunto com medo da resposta.

- Bom meu horário já acabou e já tá meio tarde para você andar aí na rua sozinho, deixa eu te dar uma carona na minha moto até sua casa? - pergunta o garçom.

- Cara relaxa, não precisa não, é rapidinho, somente uns 35min, eu chego. - Respondo

- E é 10min somente de moto, mas rápido ainda. Vai, não me diga não.

- Tudo bem vai. - Respondi.

Então o garçom bonito foi ao banheiro e depois de uns 10min voltou.
Jogou a chave no alto com ato de brincadeira com o objeto e disse:
- vamos ?

- É... vamos. - foi o que consegui
responder.

Chegando ao meu destino desço da moto e agradeço.

- Não vai me dizer qual é o seu nome ? - pergunta.

- Ah, é mesmo, Murilo! - dou um leve sorriso sem graça.

- Prazer Murilo, sou Lucas.

Apenas demos um sorriso, então abri o portão e acenei com a mão dando um tchau para Lucas, que em seguida saiu. Ao olhar para trás me depara com duas caras bisbilhotando atrás da cortina da janela.

- Zé povinho!!! - grito em risadas.

- Entra logo e nos conta o bafo. - diz Flávia.

- Anda fioooo! - me apressa Fernanda.

- Eita! CALMÔ. - Respondo.

Mal abro a porta e as duas já estavam na minha frente esperando algo que a surpreendessem.

- Olha a hora. Vamos dormir!!! - falo indo direto pro quarto que dormiria pela primeira vez.

- Ah best, sério que vai deixar essas pobres coitadas na curiosidade? - Pergunta Fernanda com cara de coitada

- O nome dele é Lucas e ele trabalha numa Pizzaria. - começo ironicamente. Continuo; - Ele havia pegado meu celular pra me entregar quando fosse a procura e me entregou ao me ver. Pediu para que eu deixasse ele me trazer até aqui, e fim só isso.

- Ela tá na sua, pode pá!!! - diz Flávia com o sinal de firmeza em suas mãos.

- Deus me livre, mas quem me dera! - grito, entro rápido para o meu quarto e tranco a porta.

- Ah!!!! Sabia que ficou afim dele também. - bate na porta Fernanda ao gritar.

- Chega! Vamos dormir...

Enfim, elas se aquietaram e então eu sai do meu quarto para escovar meus dentes. Já na cama, coloco uma playlist das musicas da Fleurie que amo muito. E me perco em pensamentos com o sorriso de Lucas, até que caio no sono.