Capítulo 40

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- Então como anda seu namoro?_Pergunto ao sentarmos no meio da praça de alimentação.

- No caso como não anda né?_ Brinca Lucas.

- Como assim? Não estão bem ?_ Insisto.

- Não estamos mais juntos._ Responde.

- Desculpa a intromissão._ Falo totalmente sem graça.

- Não, tá tudo bem. Não estava dando muito certo. Ele era muito abusivo, tudo tinha que ser da forma dele, brigava por qualquer coisa é isso estava me desgastando muito._ Disse Lucas.

- Nossa que chato! Mas ele chegava a te agredir ?_ apelo.

- Não é louco. Você me conhece Mu, eu não encostó a mão em ninguém, mas não admito falta de respeito com meus pais._ Respondeu.

- O que ele fez com seus pais ?

- Minha mãe já não gostava dele. Ela sempre me falou que ele era estranho, mas sempre nos respeitou. E ele sabia disso. Ela fez um almoço pra nós e pediu pra que fizéssemos a limpeza da cozinha, igual daquela vez que ajudamos. Ele disse que não, porque não era empregado dela. Isso pra mim foi o cúmulo, claro que ele não tem a obrigação, mas não era necessário falar daquela forma com minha mãe, ainda mais no tom que soltou._ Respondeu dando um gole do seu milkshake.

- Que horror, sua mãe tão doce. Tenho certeza que pediu em um tom agradável._ Respondi.

- Sim. Mas fora outros motivos que ele também me deu. Aí decidir colocar um fim logo.

- Espero que fique bem com isso._Disse pegando em sua mão.

- Eu estou, foi melhor pra nós dois esse fim. Estávamos nos machucando demais._ Respondeu olhando nos meus olhos.

- Que bom. Fez o que achava melhor. Bom tenho que ir, tenho que resolver coisas do meu trabalho do curso ainda._ Digo levantando da mesa.

- Vai de ônibus?_ Pergunta.

- Sim, um século pra passar, então melhor eu ir logo antes que perco um._ Respondo.

- Hoje não será necessário esperar ônibus. Eu te dou uma carona na minha moto._ Disse Lucas.

- Você veio de moto?_ Pergunto inconformado.

- Sim, onde vou, vou com ela_ Deu risada. Bom, então vamos?_ Estendeu sua mão.

- Vamos. Não de mãos dadas Lucas_ Rir.

- Claro. _ Riu junto.

Chegamos enfrente meu portão. Lucas ficou olhando pra mim e eu sem entender.

- Você não está esperando um beijo não né?_ brinco.

- Não seria mal né?_ Riu.

- Eu namoro menino_ Dou um soco em seu braço brincando.

- Mu, não sei como. Mas um dia um destino vai nos juntar novamente._ Disse a segurar no meu braço.

- Lucas, melhor eu entrar. Colocaram álcool no seu milkshake só pode._ Respondi, puxando meu braço e lhe dando um sorriso.

- Minha fanfic não esta morta._ Gritou ao ligar sua moto e da partida.

Revirei os olhos e sorri feito bobo.

- Sinto muito, mas a minha também ainda não morreu._ Disse Flávia quando entrei.

- Do que está falando menina._ Questiono.

- Murilo. Sei que está com Rodrigo, todo feliz. Mas eu shippo tanto tu e Lucas._ Respondeu.

- Vai lá para seu quarto, reza o pai nosso mil vezes, e pede perdão mais mil vezes para a besteira que está falando._ Digo ao lhe dá um beijo na testa. - Aliás. Sabe que pode me contar quem é o boy né, que fisgou esse peixão aí._ Digo ao parar na porta do meu quarto.

- Do que está falando?_ Pergunta Flávia ao entrar no banheiro.

- Hum_ Dou risada e entro.

Peguei meu celular. Entrei no wpp e nenhuma mensagem de Rodrigo. Mas estava online.

- Oi amor. Porque não me mandou mensagem e nem me avisou que havia saído mais cedo.

Cinco minutos, dez, vinte e nada de me responder, mas continuava online. Liguei. Ligação negada. Liguei novamente, atendeu.

- Amor?_ Digo.

- Oi._ Respondeu uma voz estranha.

- Quem é?_Pergunto.

- Bruno. Rodrigo está no banho, que deixar algum recado?_ Pergunta.

- O que fazem a essa hora? E vocês se conhecem de onde?_ Pergunto nervoso.

- Estávamos fazendo um trabalho que ele tinha do curso de fotografia, e nos trabalhamos juntos. Mas quem é você ?_ Pergunta sarcasticamente.

- Prazer, namorado dele.

Ligação encerrada.!

O que ? Que menino abusado.

Fui tomar banho, minha mente pensando somente coisas ruins. Que merda foi aquilo. Porque a reação daquele garoto quando ouviu dizer que sou namorado de Rodrigo. Por acaso ele não sabia? Rodrigo está estranho e eu estava puto. Sair do banho, coloquei qualquer roupa, e fui até sua casa.
Cheguei na sua casa, toquei a campainha e fui atendido por Clarisse.

- Oi anjo, o que faz na rua uma hora dessa.

- Desculpa Clarisse. Esta tarde sim, mas preciso ter uma conversa com Rodrigo. Ele está ?_ Pergunto já subindo a escadas.

- Lá enci..._ Ouvir Clarisse mal terminar de falar.

Bati na porta de seu quarto e logo abriu.

- Oi amor? O que faz essas horas aqui.?_ Pergunta.

- Desde quando isso foi problema pra você?_ Pergunto ao entrar.

- E não é. É que imagino que esteja cansado e de fato está tarde.

- Quem é Bruno?_ Vou direto ao ponto.

- Bruno? Trabalha comigo. Por que ?_ Pergunta ao arrumar sua cama.

- E por acaso ele me conhece? Na verdade acho que não, pois só foi eu dizer que sou seu namorado e ele desligou._ Puxo Rodrigo fazendo com que tenha atenção em mim.

- Não sei Murilo. Porque tá agindo dessa forma?_ Pergunta puxando sua mão da minha mão.

- Rodrigo. Você está estranho! Primeiro que não quis fazer o trabalho comigo, até aí entendo. Segundo que nem me avisou que ia sair cedo, sendo que trabalha do meu lado. Terceiro que nem minhas mensagens responde, mas online fica. E depois essa atitude desse menino que nem me conhece porque provavelmente não tenha mencionado que namora. Aliás cadê sua aliança?_ Digo e Pergunto ao notar seu dedo vazio.

- Murilo! Calma!_ Diz Rodrigo me colocando pra sentar em sua cama. Não conseguir te responder porque foi um dia puxado fazendo esses trabalhos, e eu já te expliquei o porquê de não fazermos juntos. E a aliança tirei pra tomar banho, ela tá encima da pia do banheiro. Não sei porque esse surto._ Disse Rodrigo.

- Tudo bem Rodrigo. Desculpa! Melhor eu ir logo._ Respondo

- Vem aqui. Fica calmo._ Me puxou pra um abraço.

- Como amanhã você não trabalha, vamos sair juntos? Um dia pra nós dois. A tempo que não temos isso._ Sugiro.

- Queria amor. Mas como sair cedo hoje, eu vou ter que trabalhar amanhã._ Respondeu.

- Tudo bem. Entendo. Quem sabe outro dia. Bom deixa eu ir agora, estão exausto._ Digo-lhe.

- Calma. Eu te levo de carro._ Disse.

Rodrigo me levou até em casa me deu um beijo, mas até o beijo era frio. Então sair do carro e entrei logo pra casa.

Deitado em minha cama, eu só pensava em uma coisa. Se Rodrigo tivesse me traindo eu jamais iria que olhar em sua cara. Adormeci.





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Encontrei a paz (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora