Nova IorqueNo dia seguinte acordei com a ajuda de um despertador, apintando as 6:00 da manhã. Achei estranho pois eu não me lembrava de ter posto.
Me levantei da cama e vesti o roupão que estava pendurado atrás da porta. Desci as escadas e senti cheirinho de café da manhã pronto.
- Bom dia!
Eu era quem estava prestes a dizer bom dia primeiro, mas na hora que eu vi aquela beldade só de cueca e roupão por cima, imediatamente engoli minhas palavras.
- B-bom dia.
Fui me sentar na mesa, tentando disfarçar o fato de que eu não parava de encarar aquele tanquinho.
- Nossa, me desculpa...
Deixou a caneca de café de lado, fechando o roupão.
- Não!
Quase gritei, na intenção de fazê-lo parar com a ação. E ele parou, por um instante e olhou pra mim, com um sorriso malicioso.
- N-não... se desculpe. A casa é sua e... você faz o que te der na telha.
Comecei a preparar o meu café da manhã, de cabeça baixa, já vermelha de tanta vergonha de mim mesma.
- Eu deveria saber me comportar melhor diante das visitas.
Por fim fechou o bendito do roupão, se sentando na minha frente.
- Você mora aqui sozinho?
Mudei de assunto.
- Moro. Eu sai de casa aos 19 anos quando fui pra faculdade. Dormia em república antes de arrumar um emprego numa padaria e começar a pagar alguns cursos online e o aluguel de um apartamentinho.
O cara trabalhava em uma padaria e hoje morava em uma mansão. Isso que é dar a volta por cima.
- E seus pais?
- Meus pais vivem em Londres e eu tenho uma irmãzinha de 13 anos. Vejo eles pelo menos duas, três vezes ao mês.
Eu já pretendia perguntar qual era seu trabalho, mas ele foi mais rápido.
- E você? Sei que a sua mãe suicidou-se e que hoje é o enterro do seu pai. Pelo visto você deve ser filha única porque até agora não mencionou ter irmãos ou irmãs.
- É, eu sou e... nossa, me desculpa por ontem. Eu fui ridícula chorando no seu colo e... me aproveitando da sua estadia.
- Tá brincando? Você estava frágil e precisava de um ombro amigo. Gostei de ter te ajudado e não foi incômodo nenhum.
Pousou sua mão por cima da minha por alguns segundos, tirando-a logo em seguida.
- Sinceramente nem sei como te agradecer.
- Sai comigo.
Disse naturalmente.
- O-oi?
Gaguejei, até porque eu não esperava por àquilo.
- Tô te chamando pra sair.
"Lembre-se do você disse ontem a noite antes de dormir."
- Não posso.
- E por que não?
- Sou... uma mulher muito ocupada.
- Eu também. Temos tanto em comum... Agora sim que nós devíamos sair mesmo.
- É sério. Eu... sou dona de uma empresa e vivo atarefada. Desculpa.
- Tá tudo bem, eu compreendo. Só queria te conhecer melhor.
Disse um pouco cabisbaixo.
- Eu dormi na sua casa e no momento estou tomando café da manhã com você! Se alguém nós visse agora, com certeza acharia que a gente se conhece bem até demais.
Respondi bem humorada. Ele permaneceu em silêncio, continuando a tomar seu café.
"Será que eu estava sendo uma tola por desperdiçar a chance de sair com um cara gato como o Zeus? Tipo, ele... podia ser diferente."
- Temos que passar em casa primeiro para eu me trocar.
Ele continuou sem dizer uma palavra. Àquilo estava acabando comigo.
- Posso... tomar banho aqui?
- Pode. Vai lá.
Eu não me importaria em tomar banho na minha própria casa, mas é que eu tive que perguntar, porque primeiro já estava ficando chato só eu falar e segundo, eu tinha que sair dali ou então acabaria aceitando sua proposta de encontro só para tornar a ver seu sorriso maravilhoso.
- Temos no máximo uma meia hora antes de pegarmos a estrada, então se puder já ir se arrumando, seria bom.
- Okay.
Ele me respondeu sem me olhar nos olhos.
- Okay.
Levantei-me e subi as escadas, retornando ao quarto.
***
- Zeus? Zeus?
Ouvi barulho de chuveiro e bati na porta.
- Já, já eu saio.
Sem ter mais o que fazer e não querendo só ficar de bobeira sentada em algum lugar, comecei a andar pela casa, pra conhecer tudo. Passei pela cozinha, pela sala, a área de lazer do lado de fora, admirei a piscina, o jardim bem cuidado e depois voltei pra dentro. Hora de olhar o andar lá de cima. Só continha quartos, todos com um estilo único e diferente. Não do tipo rosa para as meninas e azul para os rapazes. A cor da pintura nas paredes e no teto era a mesma, branca. Só que em uns tinha guarda-roupa, em outros gavetas. Os lençóis nas camas também não eram iguais, nem a quantidade de travesseiros.
O quarto do Zeus era o último e a porta estava aberta. Quando passei, vi que o cômodo se encontrava em uma completa escuridão. Fiquei curiosa, me perguntando o que poderia ser ao ver algo escondido embaixo de sua cama.
Parecia... um baú e era gigantesco. Acendi a luz e dei um passo em frente, apertando os olhos para ver de enxergava melhor. Já estava até curvando o meu corpo para poder me agachar.
- O que está fazendo?
- MEU DEUS!
Levei a mão ao peito, assustada.
- Oi. Ér...
Engoli em seco, tentando achar uma resposta.
- Ahn... nada. Só olhando.
- Desço em cinco minutos.
Passou por mim, me dando uma rápida e bela visão do seu peitoral quente, com o vapor ainda exalando e as gotículas de água escorrendo.
Estava tão concentrada que me assustei pela segunda vez, quando ele fechou a porta na minha cara.
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Morta e enterrada
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O CHEFE - ZEUS ]
RomanceCONCLUÍDO! Zeus Ferraro Um homem que Não liga para as pessoas ao seu redor,tudo que importa é se sua empresa continua dando bilhões para aumentar seu alto ego e ganância. No meio do caminho ele irá levar umas quedas e o motivo será uma gordi...