Capítulo 12 - Cretino

22.3K 2.2K 156
                                    

LEIAM AS NOTAS FINAIS
OBRIGADA, DE NADA.

Anastacia Riley

Eu andei de táxi por horas. Chorei até soluçar, pensei até doer a cabeça. E então uma luz se acendeu para mim : a casa dos meus pais. Ainda permanecia por lá, eu não tinha vendido ela. Decidi que daria um jeito em tudo no dia seguinte, porque por hoje já deu de problemas. Acabei passando em um mercadinho antes para comprar uns dois potes de sorvete e em seguida fui até uma locadora. Aluguei alguns filmes de comédia e fui pra um hotel.

Paguei uma fortuna pela corrida...

O quarto não era lá grande coisa, mas como eu não ia passar de uma noite... então dava pro gasto.

Tomei um banho e me troquei, pondo meu pijama. Deixei um recado para a companhia de caminhões de mudança e pedi um pra amanhã. Passei meu nome, número do celular, horário e endereço do destinatário.

Depois que fiz isso, me joguei na cama e coloquei um dos DVD's. O filme era bom, eu é quem não estava para risadas. O sorvete não durou muito, assim como a minha insônia, que foi embora quando estava faltando poucos minutos para o filme acabar. Só me restou deitar a cabeça no colchão e dormir.

***

Zeus Ferraro

- Tchauzinho sr. Ferraro, até amanhã.

Briana pegou suas coisas e se despediu, indo embora.

- Tchau, Pam.

Acabou encontrando a garota no meio do caminho, que no exato momento passava perto da porta do meu escritório.

- Tchauzinho, Bri.

Eu permanecia quieto, sentado na minha cadeira giratória, rodando-a em um movimento desanimador, de um lado para o outro, terminando de beber o último restinho de whisky de uma garrafa caríssima, pensativo, infeliz, cabisbaixo e até um pouco... com raiva, não sei se de mim mesmo ou dos outros.

Primeiro Pam me deu uma olhadinha da porta antes de bater de leve e adentrar a minha sala com um sorriso lindo estampado.

- Oh , chefinho...

Se sentou na beirada da minha mesa.

- Tá tudo bem?

Balancei a cabeça em um não.

- Acho que perdi pra sempre minha modelo e... uma das pessoas mais incríveis que já conheci.

- Por que? O que houve?

Veio pra trás da minha cadeira, começando a fazer massagem nos meus ombros.

- É uma longa história, a qual o final termina com o fato de que eu sou um completo idiota.

- Que isso, chefinho. Não fala assim.

Foi descendo as mãos, passando-as pelo meu peitoral.

- Pam, o que está fazendo?

- Você precisa relaxar.

Eu já estava sem o paletó e com as mangas dobradas pra cima, o que facilitou o trabalho dela quando a mesma começou a abrir os botões da minha camisa branca social.

- Anda muito tenso ultimamente...

Distribuiu beijos pelo meu pescoço, o que me fez fechar os olhos.

- Pam, v-você sabe que eu... que eu não durmo com as minhas modelos.

- Ninguém precisa saber.

Se sentou no meu colo e eu instantaneamente levei minhas mãos até as suas coxas.

- Não posso. É errado.

Eu tentava convencer mais a mim mesmo e a minha conciência do que à Pam para fazê-la desistir daquela ideia.

- Sei que você quer isso. Eu também quero.

Passou as mãos pelo meu peitoral, começando a rebolar.

- Será o nosso segredinho, okay?

- Pam, é sério. Para de palhaçada e sai...

Quando fui para fazê-la descer do meu colo, Pam me puxou para um beijo. Foi como se eu esquecesse do que estava prestes a fazer e simplesmente... me entregasse.

Agarrei-a pelas coxas e a coloquei encima da mesa. Joguei tudo o que estava encima no chão -para dar mais espaço- e a fiz se deitar. Tirei por completo a minha blusa e comecei a despi-la.

Enquanto eu tentava tirar sua blusa, Pam foi com suas mãos para o cós da minha calça. Quando ela terminou de tirar meu cinto e já estava prontinha para descarta-lo, eu fui mais rápido e o tomei de suas mãos.

- Vamos jogar um joguinho.

- Ui! Adoro!

Mordeu a pontinha da língua.

Desafrouxei minha gravata e vendei seus olhos. O que sobrou eu fiz de amordaça, enfiando tudo dentro de sua boca. Com uma mão segurei seus pulsos na altura da sua cabeça e na outra ainda continuei com o cinto.

Pam usava uma saia de executiva, do tipo justa que vai até os joelhos, com um pequeno rasgo bem estiloso atrás. Subi a peça para cima e comecei a dar-lhe palmadas na parte lateral da sua perna direita.

Ela murmurava algumas coisas, estas que eu não conseguia ouvir direito, portanto não sabia se ela estava gostando ou não. Também não estava nem aí! Como eu disse, tinha raiva dentro de mim e eu só queria... bater em alguma coisa... ou alguém.

Levantei a mão com a qual eu segurava o cinto e dei-lhe a primeira cintada, ouvindo um grito abafado. Pam começou a sacudir a cabeça, conseguindo tirar a gravata de seus olhos. Em seguida cuspiu o resto que estava entalado na sua garganta.

Sem pensar duas vezes, ela me deu um chute no peito, o que me fez afastar dela, tombar para trás e chocar as costas contra a parede. Na mesma hora desprendi minhas mãos de seus pulsos, a libertando.

Pam puxou sua saia para baixo e desceu da minha mesa, recompondo-se.

- VOCÊ É MALUCO!

Apontou o dedo pra mim, saindo correndo do meu escritório, esbarrando nas coisas, totalmente assustada.

---------

O CHEFE - ZEUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora