Capítulo 13 - Amigo?

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A manhã de Anastacia Riley

08:08

Não era nem nove horas da manhã ainda quando eu acordei. Tomei café, me aprontei e fui para o meu prédio. No caminho, acionei o caminhão de mudanças para me esperar na entrada.

Quando peguei o elevador para subir até meu antigo apartamento, dei de cara com ninguém nada mais, nada menos que o...

- Ah, não.

Marcos, peguete da Becca.

- Bom dia, Anastacia .

Eu até tentei dar meia volta, mas as portas acabaram se fechando.

- Você tá legal?

- Depois do que você e os seus amigos idiotas fizeram comigo? Ah, claro. Tô super de boa. Nem me lembrava mais desse ocorrido.

Falei com ironia, revirando os olhos. Não tinha se passado nem uma semana! E já que fui eu a vítima, é claro que ainda não havia me esquecido.

- Veio agora aqui na minha cabeça o fato de que eu não tive a oportunidade para...

Então ouvimos um estrondo, e de repente o elevador parou de funcionar.

- Fala sério!?

Tentei abrir a porta com as mãos, mesmo sabendo que seria inútil.

- Ei! Tem alguém aí? Estamos presos. Oláaaa!!!

- Ninguém vai ouvir a gente. Desista.

Comecei a entrar em desespero e a respirar com dificuldade.

- Anastacia ? , tá tudo bem?

- Eu... eu tenho claus... eu tenho claustrofobia.

- Mas que merda!

Veio pra perto de mim, começando a bater contra as portas.

- Aloooouuu! Socorrooo, alguém está nos ouvindo?

Levei a mão ao peito e me sentei em um canto, sentindo o ar saindo de mim aos poucos.

- Anastacia , me escuta.

Se agachou e ficou na minha frente, segurando meu rosto com as duas mãos.

- Eu preciso que você respire fundo. Vamos, comigo.

Começou a inspirar pra dentro e a expira pra fora, como se me ensinasse a respirar. Segui as instruções dele, recuperando o fôlego e ficando cada vez mais tranquila.

- Eu só queria te pedir...

Continuei a fazer aquele exercício enquanto o escutava atentamente. Na minha opinião, o que menos devíamos fazer naquele momento era falar, pois o único oxigênio que tínhamos era aquele comprimido, mas na cabeça do Marcos ele devia estar pensando que eu poderia morrer ali a qualquer instante, por isso tinha que se abrir de alguma maneira.

- Perdão, em nome de todos. O que fizemos nenhum ser humano devia passar. Foi uma atrocidade contra você e sinceramente eu estou arrependido.

- Você já conhecia a Becca, portanto também me conhecia. Podia ter me contado.

- Eu juro que nunca tinha te visto na vida antes de tudo isso acontecer. No dia em que eu fui até a sua casa, você não estava.

Àquilo era verdade. Eu cheguei e eles estavam no quarto. Depois sai e fui posar na casa do Ferraro.

- (...) E quando o Zeus te chamou pra sair, tanto eu quanto o Jesse não sabíamos que ele havia te escolhido. Me desculpa mesmo, de coração.

Olhei fundo em seus olhos, conseguindo ver... a verdade. Ele não parecia estar mentindo.

O CHEFE - ZEUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora