Capítulo 30 - Lembranças do passado

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ANASTACIA RILEY

- (...) É, realmente não tem como a gente ir embora hoje.

- Por que?

Perguntei ainda sentada na cama, o vendo andar de um lado para o outro. Estávamos hospedados em um hotel.

- Vôos disponíveis só amanhã. Daí ficamos aqui e amanhã de manhã compramos nossas passagens.

Desligou o telefone e o devolveu de volta no gancho.

- Me desculpa novamente por ter te pedido que fôssemos embora mais cedo. Eu sei que se trata da sua família e tals, mas é que...

- Anastacia , já chega de falar dos meus pais, okay? Já saímos daquela casa e eu te prometo que nunca mais vou te levar lá de novo.

Grudou nos meus ombros, olhando fundo em meus olhos.

- A minha família é tudo o que você disse e um pouco mais. Minha mãe tem amantes e o meu pai sabe disso, meu pai tem amantes e a minha mãe também sabe disso. Todos os nossos parentes e amigos próximos sabem disso, mas não estão nem aí.

- Então pra que os seus pais estão juntos?

- Dinheiro. A minha mãe está com o meu pai por puro interesse e o meu pai só está com a minha mãe para um escândalo não vir a tona, porque Verônica Ferraro teria muitos podres para contar se o meu velho ousasse romper tudo com ela. Nenhum dos dois querem se separar. Podem muito bem estarem casados e mesmo assim terem quem quiserem.

- Praticamente estão obrigados a ficarem um com o outro, porque a sua mãe não quer se soltar do pote de ouro e o seu pai não quer que ela bote a boca no trombone caso ele peça o divórcio.

- Agora você entendeu. Por isso sou assim, fui criado desse jeito, vendo aquele tipo de coisa e achando que era o certo a se fazer. Sei que eu vendo os meus pais, não devia nem pensar em ser parecidos com eles já na fase adulta, mas infelizmente influenciou no meu crescimento. Uma hora eu via o meu pai com a minha mãe e na outra com uma mulher completamente diferente. Dizem que os pais são modelos para os filhos, porque eles se espelham. Acho que isso é verdade, pois não entendia o que o meu pai fazia e mesmo assim achava legal, queria fazer também. A minha prova foi essa, te mostrar que a única pessoa verdadeira, sincera e humilde que existe na minha vida é você, e que sem você, eu fico completamente perdido.

Me soltou, começando a tirar a roupa.

- Sei lá, é triste ver esse tipo de coisa. Estão passando por uma situação dessas, não querem entrar em um acordo e mesmo assim... comemoram o aniversário de casamento.

- Que essa graça não caia sobre nós.

Deu uma risadinha, dando-me um beijo na bochecha.

- Vou tomar um banho.

Foi para dentro do banheiro e fechou a porta.

Zeus não demonstrava muita importância. Ele tentava não ligar, mas eu sabia que ele estava um tanto... tristonho. Eu me encontrava meio pensativa e queria fazer algo onde nós dois fôssemos curtir e que fizesse com que nos distraíssemos um pouco.

- Anastacia ? Anastacia ?

Depois de alguns minutos, Zeus saiu do banheiro e percebeu que o quarto estava todo escuro, apenas a luz do banheiro estava acessa.

"- É sério, eu não vejo a hora de tirar logo esse espartilho... Posso fazer isso por você... Quem sabe mais tarde?" Se lembra dessa nossa conversa?

Liguei a luz, expondo-me para ele. Eu me encontrava encostada no canto, parada em uma pose sensual. Ainda usava o espartilho, estava de calcinha, meia calça, com os pés no chão e de cabelos soltos, jogados para frente.

- Que quê isso!?

Me olhou de cima em baixo.

- Como eu poderia esquecer...

Foi se aproximando de mim.

- Você vai tirar ou quer que eu tire?

Me referi a toalha. Sem pestanejar, ele tirou o nó feito e deixou que o pano enrolado envolta de seu quadril caísse no chão.

- Um detalhe...

Coloquei o dedo em seu peitoral e fui o guiando até a cama, fazendo com que ele caísse no colchão.

- Hoje sou eu quem comando.

Cai sobre o seu corpo, beijando-o.

Peguei um dos travesseiros e tirei a fronha, juntando as mãos dele e as amarrando na cabeceira da cama.

- Faz tanto tempo que eu não faço isso...

- E eu que nunca fiz?

- Sério? Você está mandando tão bem.

Desci da cama e peguei o cinto de sua calça.

- Está pronto, sr. Ferraro?

Ele balançou a cabeça em um sim. Eu nem tinha começado e Zeus já estava ofegante, se contorcendo na cama. Acho que a sensação que ele tinha quando havia 15 anos estava voltando. E era excitante.

Comecei lhe dando alguns golpes nas coxas. Ele fechou os olhos e mordeu fortemente os lábios.

- Mais forte.

Subi um pouco para cima, desferindo agora em seu peitoral.

- Mais forte.

Segurei firmemente o cinto na mão e aumentei a força, lhe dando cintadas em todos os lugares possíveis.

- Mais forte. Mais forte. Isso, mãe. Me bate mais forte. Eu fui um menino mal, pode me punir.

Começou a gritar, ainda com os olhos fechados.

- Zeus?

- Deixe a minha pele avermelhada e cheia de vergões. Vai!

- Zeus! Zeus! Se acalma.

Joguei o cinto no chão e levei minhas mãos até o seu rosto.

- Zeus, acabou. Eu já parei.

Ele foi abrindo os olhos aos poucos.

- Olha pra mim. Sou eu, a Anastacia .

- Anastacia !?

Engoliu em seco, dando uma fungada.

- Isso foi uma péssima ideia.

Desamarrei a fronha, o libertando.

- Me desculpa mesmo.

- Não, não. Deixa isso pra lá.

Segurou em minhas mãos.

- Não quero mais saber dessa coisa de... sadismo ou masoquismo. Vamos só fazer sexo, okay?

- Por mim, tudo bem.

- Ótimo!

Sorriu, vindo pra cima de mim, beijando o meu pescoço e nos fazendo deitar na cama aos poucos.

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Tenso

Pesado

O CHEFE - ZEUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora