ANASTACIA RILEY
Estava no caixa de uma lojinha, pagando pela minha compra. Hoje é aniversário da Jasmine e eu queria lhe dar uma lembrancinha não muito cara, mas que ela soubesse que tinha sido de coração.
Havia lhe comprado várias coisas aleatórias, como blusinhas, colares, pulseiras, brincos... Coloquei tudo dentro de uma caixa só e pedi para que embrulhassem parecendo um presente enorme.
Decidi pegar um ônibus ao invés de carregar àquilo na mão, correndo o perigo pela estrada se estivesse de moto.
Quando estava saindo da loja, recebi uma ligação do Marcos. Exitei em atender. Passei a mão na testa e respirei fundo, correndo para o lado a opção verde.
- Alô?
- Anastacia ! Oi, não se lembra mais de mim?
- Ahn... Eai Marcos.
- Poxa, já faz um bom tempo que a gente não se fala.
- É porque a Beck não quer.
Mandei logo na lata, pra ele saber de quem era a culpa.
- Como é?
- Isso mesmo. Ela está com ciúmes de me ver perto de você.
- Tá explicado porque ela anda tão desconfiada e mal fala comigo. É por isso que estou te ligando, achei que ela estivesse toda estranha por conta de estresse no trabalho ou algo assim e ia te perguntar se você não iria querer fazer uma visitinha pra ela só para descontrai-la. Aí você conversava com ela pra saber o que está rolando.
- Eu adoraria, mas hoje não da. Tenho um compromisso. Vou ao aniversário de uma amiga.
- Ah, que ótimo! Deixa para um outro dia então.
- Eu até faria isso se fosse realmente ajudá-la, mas tá na cara que a única coisa que a Becca precisa é conversar com você e escutar da sua boca que você a ama, quer ficar com ela e que não está traindo-a com sua melhor amiga.
- Por Deus, não me diga que ela achou mesmo que nós estávamos saindo?
- É a Becca, né!? Ela tem esse tipo de paranóia. Se você for vê-la, leva... sei lá, algumas flores, senta com ela, conversem e depois passem para a parte boa. Você me entendeu, né?
- É, acho que sim.
- Depois me conta o que aconteceu. E me desculpa mesmo se eu não te liguei antes. Agora você sabe o motivo.
Atravessei a rua e me sentei no banco para esperar o ônibus.
- Tá tranquilo. Eu compreendo.
- Você é o melhor, Marcos! Preciso desligar agora. Tchauzinho. Beijos.
-Tchau. Beijos.
E encerrei a chamada.
Eu estava olhando de um lado para o outro, bem distraída. Quando de repente avisto alguém conhecido do outro lado da rua. Era o Zeus e ele estava apoiado na lateral de seu carro preto conversível.
O mesmo sorriu pra mim e me chamou com o dedo.
- Isso só pode ser piada. Deve estar achando que agora eu tenho cara de cachorra.
Rolei os olhos, virando o rosto e fingindo que nem tinha visto. Ele ficou sério e parecia que havia levado para o lado "ninguém me desobedece."
Esse cara é muito mimado! Não deve ter ouvido "não's" o suficiente na vida, por isso é do jeito que é, age do jeito que age e fica zangado com todos que não fazem o que ele manda.
Pro meu azar, ele começou a atravessar a rua, rodando as chaves do carro em um dedos, todo sexy e com a cara emburrada.
- Por que não veio ao meu encontro assim que eu te chamei?
Parou na minha frente, me olhando por cima dos cílios.
- Porque senti que estava sendo obrigada.
O respondi, ainda sem olhá-lo nos olhos.
- Quando é que você vai parar de graça e irá voltar a responder minhas mensagens e atender minhas ligações?
- Você é quem tem que parar de acreditar que nós ainda temos salvação. Eu já deixei de insistir há tempos.
Meu ônibus chegou e eu me levantei do banco. Quando eu ia pegar o presente que estava do meu lado, Zeus puxou-me para perto dele, agarrando minha cintura e me dando um beijo de tirar o fôlego.
- Não vou desistir da gente... E você também não.
Ele me encarou profundamente, certo de suas palavras.
Nessa hora meu ônibus partiu e eu sai do meio de seus braços, me frustando por perder a condução.
- Viu o que você fez?
- Meu carro está logo ali. Eu te dou uma carona.
O próximo chegaria só dali à uma meia hora e eu não queria ir de pé. Não estava acostumada a andar de ônibus. Mal tinha paciência para esperar por transporte público! Foi por isso que comprei minha moto. Eu não precisava necessariamente conversar com o Zeus se eu decidisse ir com ele. Achando que não seria uma má ideia, resolvi aceitar.
- É o mínimo, né. Vamos embora!
Peguei o presente e atravessei a rua. Ele veio vindo logo atrás.
- Você é a única modelo que eu conheço que anda de circular.
- Cala a boca!
***
- Não vai dizer nada?
Me perguntou depois de uns cinco minutos de viagem. Eu tinha o rosto virado pra janela e estava quieta desde o primeiro momento em que havia pisado naquele carro.
- Okay, eu falo. Eu... consegui a sua prova.
- O quê?
Não entendi o que ele quis dizer e virei o rosto para encará-lo.
- Vou te provar que posso ser um cara sensível e ao mesmo tempo o homem da sua vida.
- Zeus, escuta. Não leve àquilo a sério. Eu mesma quem disse e nem estava me lembrando mais. Na mensagem, você falou claramente que queria um tempo.
- Só até a situação se acalmar. Agora que está tudo bem... Os meus pais vão comemorar o aniversário de casamento esse final de semana e nós vamos.
- Vai me apresentar pra sua família!?
- Por que não?
- Isso é loucura! Nós não somos nada.
- Minha família é de classe alta e você querendo ou não, eu vou te apresentar como a minha namorada. É melhor concordar, porque se você chegar falando que não somos nem colegas, eles já vão ficar meio assim e você vai ficar mal falada na boca dos ricos.
Deu uma risadinha.
- É aqui.
Ele estacionou em frente a minha residência.
- Sinto muito, Zeus. Mas pode tirar o meu prato da mesa. Obrigado pela carona.
Tirei o cinto, peguei meu embrulho e sai do carro.
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KAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKA
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O CHEFE - ZEUS ]
RomanceCONCLUÍDO! Zeus Ferraro Um homem que Não liga para as pessoas ao seu redor,tudo que importa é se sua empresa continua dando bilhões para aumentar seu alto ego e ganância. No meio do caminho ele irá levar umas quedas e o motivo será uma gordi...