Capítulo 26 - Conhecendo

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ANASTACIA RILEY

LONDRES

- (...) Cumprimente todos com um sorriso no rosto. E diga "senhor e senhora" mesmo que eles insistam que você os chame pelo nome.

Zeus abriu a porta do carro pra mim, acionando o alarme. Nós havíamos acabado de chegar à casa dos pais do Ferraro e ele parecia mais nervoso que eu.

- O guardanapo ficará encima da mesa. Depois de usado pela primeira vez, você irá colocá-lo no seu colo. E pelo amor de Deus, pegue o garfo com a esquerda.

- Por favor, me diga que eu não terei que pagar por essa aulas de etiqueta.

Eu mal estava prestando atenção no que ele dizia. Me encontrava mais concentrada em ajeitar o espartilho no meu corpo, que estava me incomodando desde o momento em que eu havia colocado.

- Eu não estou brincando, a minha família é muito... Será que da pra parar de cutucar isso?

Se referiu a eu não parar de mexer naquela coisa agarrada e apertada.

- Okay, depois não se sinta culpado se eu desmaiar porque não estou recebendo ar direito.

- Dramática. Só respire fundo e... seja simpática.

Paramos em frente a porta da enorme mansão luxuosa.

- Sim senhor, general.

Fiz sinal de "sentido".

Zeus arrumou o paletó e suspirou, apertando a campainha. Ele parecia ansioso e aparentemente não querendo que nada desse errado.

- Há quanto tempo você não os vê?

- Dez anos.

- Uau! Mas você me disse que vinha visitá-los todo mês.

- Eu ligo pra cá todo mês, e é só pra saber como está a minha irmã. Estaria mentindo se dissesse que as minhas chamadas duram mais de dois minutos. Agora, calada!

Ouvimos passos caminhando até a porta; e em seguida ela se abrindo.

- Derek, meu mordomo favorito!

Abriu um sorriso, abraçando o rapaz vestido com um uniforme preto e bastante formal.

- Sr. Ferraro, que prazer tê-lo em casa novamente.

- Tá, tá, tá. Vá buscar as malas que estão no carro.

Jogou as chaves para o alto, obrigando o mordomo a pega-las no ar.

- É pra já, senhor.

Foi para fora.

- Vem cá!

Pegou em uma das minhas mãos, me levando para sala.

- Derek, quem é que está na porta?

Uma mulher, de aparentemente uns 50 e poucos anos -mas muito bem conservada- se encontrava sentada no sofá, lendo uma revista enquanto bebia um martini com azeitona.

- O seu filho número um, claro.

Ela imediatamente olhou para o dono da voz, não acreditando no que os seus olhos estavam vendo.

- Zeus, querido...

Deixou a taça encima da mesinha de centro, se levantando com os braços abertos.

- Já faz anos que não te vejo.

Ela o abraçou. Uma coisa que eu reparei foi que... o Zeus não retribuiu. Sua feição parecia mais de alguém apavorado, -apesar do sorriso amarelo- como se estivesse em perigo, na presença de alguém que poderia facilmente o engolir.

O CHEFE - ZEUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora