Leiam as notas no finalzinho ❤️__________
ANASTACIA RILEY
Acordei cedo hoje, por volta das sete da manhã. Estava disposta a limpar de uma vez por todas àquela casa. Botei uma roupa fresca e mais caseira e comecei a dar um jeito.
Dei início no andar de cima e logo desci para o de baixo. Varri, tirei a poeira, passei o pano, lavei as janelas, removi tudo que estava dentro das caixas e botei cada coisa no lugar onde eu queria.
Pra minha sorte eu consegui terminar antes do meio-dia. Ainda faltou muita coisa, como chamar um eletricista para trocar a velha caixa de fusível e um encanador para ver se os canos estavam em boas condições.
Já estava indo me aprontar pra ir para agência, quando a minha campainha tocou. Eu estava um horror -também tinha acabado de fazer faxina- por isso dei uma rápida ajeitada em mim mesma antes de abrir a porta.
- Oi.
Bem na minha frente se encontrava uma garota bonita e sorridente, com a aparência de 21, 22 anos, carregando em mãos um prato coberto por um pano.
- Ér... oi.
A recebi da mesma forma, com um sorriso agradável no rosto. No começo não entendi muito bem pra quê daquilo, mas foi aí que eu compreendi que há vizinhanças que fazem muito disso, vão até a sua casa com um prato de comida porque sabem que você é novo no bairro, e querem dar as boas-vindas do modo acolhedor. Aquela garota só estava sendo amistosa e receptiva.
- Eu sou Jasmine, sua vizinha da frente.
Segurou o prato com uma mão e estendeu a outra para me cumprimentar.
- Muito prazer. Meu nome é Anastacia
A acolhi.
- Aqui. Isto é pra você.
Me entregou o prato.
- Nossa, obrigado! O cheiro está ótimo!
- Espero que goste. É minha especialidade.
Soltou uma risadinha.
- Vamos ver o que é...
Descobri o prato, olhando para uma fornada de biscoitos com gotas de chocolate.
- Ai, que delícia! Já faz tanto tempo que eu não como um desses.
- Nossa, que bom ouvir isso! Então acho que já te ganhei.
Disse brincando.
- Totalmente. Bom, no conceito do meu paladar sim, o que já é um ótimo começo. Quer saber? Tô pensando em matar essa vontade agorinha mesmo. Entra aqui!
Dei espaço para ela e fui pra cozinha.
- Licença
Adentrou, me seguindo.
- Sua casa é muito bonita.
- Nem queira saber como ela estava antes deu organizar tudo.
Coloquei o prato encima da mesa e tirei o papel plastificado em volta, que estava por baixo do pano.
- Coloquei o plástico para os biscoitos não murcharem. Uma boa dica é deixá-los assim dentro da geladeira para ficarem mais crocantes.
- É bom saber.
Peguei um para experimentar.
- Meu Deus, que delícia! Realmente é sua especialidade. Ou será só o gosto da nostalgia?
Ela deu uma risadinha.
- Um pouco dos dois, provavelmente.
- Senta. Come um.
Ela me obedeceu enquanto eu permaneci de pé, debruçada sobre o balcão.
- Há alguns dias eu vi um caminhão de mudanças parado em frente a essa casa e cheguei até a estranhar um pouco porque... fazia tempo que ninguém a habitava.
- É, o último morador morreu recentemente. Ele era meu pai.
- Ai minha nossa, e-eu sinto muito. Desculpa ter tocado no assunto.
- Não, tá tudo bem. É preciso superar e seguir em frente, certo?
- Tem razão.
- Minha mãe morreu há alguns anos, e o meu pai foi para um asilo. Daí a casa ficou vazia por um tempo e agora... eu moro aqui. Mas não consigo me lembrar de você sendo minha vizinha. Hoje estou com 23, sai de casa aos 18 e quando eu ainda morava aqui, quem vivia do outro lado eram os Persons.
- Então, eles se mudaram e eu comprei a casa. Isso já tem uns três anos.
- Mora só você?
- E mais o meu irmão mais velho. No momento ele está trabalhando.
E foi aí que eu toquei...
- Meu Deus!
Fiquei reta, levando a mão até a testa.
- Eu sou muito burra. Como pôde esquecer?
- Tá tudo bem?
Franziu a testa.
- Jasmine, o papo está muito bom, mas agora eu preciso ir pro trabalho. Já estou mais do que atrasada.
- Ah, sim. Não, eu entendo.
- Me desculpa por isso. Prometo que depois que eu voltar, a gente termina essa conversa. Okay?
- Okay.
Sorriu sem mostrar os dentes, se levantando e indo até a sala.
- Então... até de tarde.
Ela disse enquanto eu abria a porta.
- Até. Adorei te conhecer. Você é um amor de pessoa.
- Digo o mesmo, Anastacia .
Fechei a porta e fui correndo tomar banho.
***
- VOCÊ PODE TER SAÍDO DESSA ILESO ZEUS FERRARO, MAS ACREDITE, EU CONHEÇO A SUA VERDADEIRA FACE E SE QUEREM SABER, ELA É PODRE!
Mal cheguei na agência e já ouvi a voz da Pam gritando em berros. Ela carregava algumas coisas nas mãos e era enxotada para fora por dois seguranças. Deduzi que ela estava sendo demitida.
- Que mico!
- Barraqueira!
- Não esperava isso dela.
- Escandalosa!
As demais modelos comentavam. E todas ali costumavam andar junto dela.
A Pam era forte e lutava contra os homens que a segurava.
"Pam, eu nunca fui com a sua cara, desde o primeiro momento que nos conhecemos, mas acho que devo te agradecer por esse seu chilique. É possível que ninguém chegue a se importar com o meu atraso graças a você."
- Meninas, já deu. O show acabou. Venham, vamos nos reorganizar porque temos muita coisa pra hoje.
Briana começou a desfazer a multidão curiosa.
- Bri, o que foi quê aconteceu?
Puxei-a de leve pelo braço.
- A Pam veio aqui pegar algumas coisas dela mais o último pagamento. Daí o sr. Ferraro chegou de carro e o bate-boca se deu início.
O procurei com os olhos por todo o salão, o encontrando encostado no canto. Ele assistia a tudo de braços cruzados e com cara de despreocupado. Até porque era ela quem ficaria com má fama de boca aberta, certo? Não ele.
- E AQUELA GAROTA ALI Ó, A ANASTACIA RILEY... SIM ROLHA DE POÇO, VOCÊ MESMA. EU TENHO CERTEZA QUE TU DA UNS PEGAS NO CHEFINHO DE VEZ EM QUANDO E NÃO NEGUE. CERTO DIA ELE TE CONTRATOU E ENTÃO VOCÊ NÃO PAROU MAIS DE SAIR DA SALA DELE. TÔ MENTINDO? TAMBÉM JÁ FOI AGREDIDA, NÉ!? VAMOS, CONFESSA!
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O CHEFE - ZEUS ]
RomanceCONCLUÍDO! Zeus Ferraro Um homem que Não liga para as pessoas ao seu redor,tudo que importa é se sua empresa continua dando bilhões para aumentar seu alto ego e ganância. No meio do caminho ele irá levar umas quedas e o motivo será uma gordi...