- Eu e o Marcos estamos saindo.Becca começou.
- Ele é o cara que você levou lá pra casa depois daquela festa no outro dia?
Eu quis confirmar.
- Sim.
- Engraçado. Ele é justamente amigo do babaca que pegava no meu pé no colegial. Não é mesmo, Jess?
- Nós já estudamos juntos?
O próprio questionou.
- Primeiro ano. Você adorava infernizar minha vida, de tudo quanto é jeito.
- Tem certeza? Porque... e-eu não estou me record...
- Pamber, lembra? Você, o Jonny e a Marey viviam me chamando disso. Pegaram o "p" da palavra porco e juntaram com meu nome.
- Ai meu Deus!
Começou a rir, surpreso. Certamente havia acabado de se lembrar.
- É verdade.
- Que babaquice!
Becca cruzou os braços, balançando a cabeça negativamente.
- É com esse tipo de gente que você anda?
Me virei para o Zeus.
- Escuta, e-eu...
- Ah, já que estamos aqui, vamos jogar logo as cartas na mesa. Zeus aceitou uma aposta para te chamar pra sair. Pronto, botei a boca no trombone.
- Isso é verdade?
- Não! É-é claro que não.
- Não minta pra mim!
Meus olhos começaram a encher de água.
- Abre o bico, amigão. Porque pelo o que parece ela não vai mais cair na sua lábia.
Jess continuou a botar lenha na fogueira.
- Esse cara é um idiota. Ele não sabe do que está falando. Ana..não acredita nele.
Aproximou-se de mim, tocando meus braços.
- Me solta!
Afastei-me.
- O tipo dele são as gostosonas magrinhas que catamos todas as noites. Ele nunca iria querer um poço de banha como você, neném. Foi tudo fingimento.
- Você me da nojo! Todos vocês.
Lágrimas começaram a saltar sem parar dos meus olhos.
- Ana's, espera. Deixa eu explicar.
- Vem amiga, vamos.
Becca pegou no meu braço para me tirar logo dali.
- E você? Por acaso sabia dessa maldita aposta, já que estava envolvida com um deles?
Me virei para Rebecca.
- Não! E-eu não sabia de nada.
Gaguejou e em seguida engoliu em seco.
- Sim, você sabia!? Não acredito que me apunhalou pelas costas desse jeito. Era pra você ser minha amiga.
- Tá legal. Olha, o Marcos comentou comigo sobre isso, mas ele ocultou os nomes. E-eu não sabia que era você.
- Isso não é justificativa.
Limpei as lágrimas com as costas de uma das mãos.
- Quer saber? Pra mim já deu essa novelinha toda aqui. Estão vendo essa garota linda?
Exibi a Beck, mostrando-a para os meninos.
- Dêem uma boa olhada nela.
- Ana, o que está fazendo?
Se segurou para não começar a chorar.
- Acho que ela faz o tipo de vocês. Sabe, gostosona e magrinha. Por que não se juntam todos e fodem até morrerem?
Dei as costas para eles, indo embora.
***
Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto. Peguei as malas encima do guarda-roupa, as joguei na cama e comecei a pôr minhas coisas dentro. Eu não tinha ideia do que estava fazendo, nem para onde iria, só precisava sair dali o mais rápido possível.
Minhas ações eram feitas através do impulso. Não estava pensando em absolutamente nada racional. Gostaria que tivesse outro jeito, mas aquele foi o único que achei.
O apartamento estava no meu nome, mas se fosse preciso eu saía de lá com os meus móveis e deixava todo o resto pra ela. Como eu pôde colocar um ser humano desses debaixo do meu teto? Traíra, duas caras!
Toda vez era a mesma coisa, desde os tempos da escola : eu conhecia um cara, começava a gostar dele e então acabava descobrindo que era tudo uma farsa.
- Sua burra, burra, burra, burra! É uma boba mesmo, tonta, besta quadrada, você nunca aprende?
Comecei a me estapear.
Terminei de arrumar tudo e chamei por um táxi. Confessei ao motorista que estava com bagagens e dei o número do meu quarto, fazendo questão de pedir para ele me ajudar a levá-las assim que ele chegasse. Trouxe minhas malas para o andar debaixo e deixei tudo perto da porta.
Desci até o saguão e entreguei minha chave para a recepcionista.
Retornei ao apartamento e dei de cara com a Beck, que olhava sem entender para a minha bagagem.
- Você vai embora!?
Seus olhos estavam vermelhos e inchados, provavelmente porque ela andou chorando.
- Com licença, é aqui que mora Anastacia Riley?
O motorista chegou na porta.
- É sim.
Dei umas duas malas pra ele levar e peguei as outras.
-Ana , por favor. Fica. Não faz isso. Vamos conversar, resolver tudo.
- Cala a boca, Rebecca. Cala essa sua boca!
E sai, me mandando daquele lugar.
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Será que ela é amiga de verdade?
Ou não?
REBECA IS
PUTIANE
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O CHEFE - ZEUS ]
RomanceCONCLUÍDO! Zeus Ferraro Um homem que Não liga para as pessoas ao seu redor,tudo que importa é se sua empresa continua dando bilhões para aumentar seu alto ego e ganância. No meio do caminho ele irá levar umas quedas e o motivo será uma gordi...