Rosas Partidas |Livro 2| [Concluído]

Capítulo 33

- Uma obra de arte. - Se inclinou para baixo e tomou meus lábios.

Dessa fez o beijo foi suave e terno. Apenas uma carícia entre nossos lábios e línguas. 

- Que horas são? - Murmurei quando ele se afastou. 

Christopher olhou para o único objeto prateado que sobrara em seu corpo. - Para quê quer saber? - perguntou sem me responder.

Me apoiei em meus antebraços e sentei ao lado dele. - Não quero chegar muito tarde.

- Chegar aonde?

Fiz uma careta pela dor fina entre minhas pernas. 

Ele acariciou minha coxa. - O que houve?

- É que já fazia muito tempo - expliquei meio sem jeito.

- Machuquei você? - Falou preocupado com uma carranca na testa. - Deixe-me ver.

Afastei a mão dele que separava minhas pernas. - Isso é normal, não se preocupe. Posso usar seu banheiro? Preciso me limpar. - Deslizei as pernas para o chão. 

- E por que faria isso? 

Indiquei meu corpo. - Não posso me vestir desse jeito.

Christopher ficou de pé com a expressão fechada. - Você está me dizendo que vai embora? Que porra você tem na cabeça, Mel?

- Você me convidou apenas para um jantar e não para dormir com você. Achei que...

- Achou errado. Aconselho que volte a deitar nessa cama se quiser dormir agora, por que não vou deixar você ir embora.

Torci o nariz. - Me deixe pelo menos tomar um banho, estou toda pegajosa. 

Ele me puxou e enterrou o rosto no meu pescoço. - Eu gosto de você assim. Marcada como o meu território. 

Fechei os olhos, desfrutando da presença dele e sorri para mim mesma, feliz por estar novamente ao seu lado.
Iria dormir com ele, em sua cama. Não poderia existir nada melhor do que isso.

Me arrastei de volta a cama, enquanto Christopher travava a porta da sacada e apagava as luzes.

Deitei a cabeça em um dos travesseiros macios. O feito da melatonina pós-orgasmos trazia seus efeitos. 
Meus olhos começavam a pesar e todo o meu corpo estava exausto. 
Eu cheirava a sexo, além de estar grudenta, mas não me importava com nada disso.

- Vendo você deitada assim, toda peladinha e melada, está reacendendo meu desejo. - Ele alisou minha barriga e cobriu meu sexo com a mão em forma de concha.

Resmunguei algo incompreensível com os olhos fechados. - Eu não aguentaria. Estou entrando em coma pós-sexo. 

Senti o movimento do corpo dele se acomodando ao meu lado. - Durma, meu anjo. Teremos mais tempo depois. - Fui puxada para junto do seu peito sólido. 

Passei meu braço e minha perna por cima dele, me agarrando ao seu corpo. - Boa noite.

Ele beijou minha cabeça. - Sonhe conosco.

*

Acordei sentindo um leve toque pairar em minhas costas.
Pisquei algumas vezes para me acostumar com a claridade do ambiente. 

- Bom dia, linda. - Ouvi a inconfundível voz rouca e calma de Christopher ao meu lado.

Me virei para cima e esfreguei a mão sobre os olhos. - Queria que fosse boa noite. 

Olhei para ele, sentado na beirada da cama. Estava impecavelmente arrumado, vestido com um terno azul marinho sob medida, que deveria custar cem vezes mais do que a média salarial comum. A camisa e a gravata eram ambas pretas. O paletó dele estava dobrado sobre a perna. Seu cabelo perfeitamente penteados para trás, deixava à mostra seu lindo rosto de traços fortes e sua mandíbula quadrada bem marcada.