Capítulo 29

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Balancei a cabeça. - Uma atitude infantil, isso faz bem o seu perfil, mas você estando ciente de que para cada ato há uma consequência, não me oponho.

- Perdão, o que você disse? - London olhou confuso para mim.

Mel suspirou com exagero. - E desligar o celular na cara das pessoas, apenas porque não conseguiu o que queria, é uma atitude bem madura, não? Com qual cabeça você estava pensando? 

Olhei para ela. - Você esperava que eu continuasse insistindo em algo evidentemente imutável? Não sou eu o indeciso nessa história. 

- Parece que há algumas arestas para serem aparadas por aqui - ouvi uma de nossas duas plateia dizer em um sussurro.

- Não se trata de indecisão. Você me joga uma bomba e quer que eu não fique confusa com tudo isso? É necessário tempo para pensar, mas você parece não entender. 

- Me dê licença por um par de minutos. - Arrastei a cadeira e levantei. Olhei para o homem sentado à frente dela - Não se importa se eu atrapalhar a reunião de vocês por uns instantes? Ótimo. - Afastei a cadeira dela. - Pode vir comigo?

Ela não se opôs. - Volto em poucos minutos, obrigada pela compreensão - falou para sua companhia antes de se levantar e caminhar na minha frente.

Segurei seu braço, a conduzindo em direção ao corredor dos banheiros.

- Você é tão idiota, Christopher. 

A ignorei e continuei guiando-a até a porta do banheiro masculino.

- Já pensou em fazer terapia para melhorar seu humor? - Perguntou-me com ironia.

Não havia ninguém no local. Soltei seu braço e travei a porta de entrada. 

- Se bem que você não precisa, já que tem me feito de seu saco de pancada desde que cheguei a essa cidade.

As bochechas dela estavam ruborizadas, talvez pela irritação. Seus lábios cor-de-rosa estavam pressionados e seus braços cruzados em frente ao corpo.

- Não me olhe assim. - Virou o rosto para o lado.

- Sim, eu olho. - Me aproximei dela. - É incomodativo não saber o que você quer, Mel. Às vezes você demonstra me querer tanto quanto eu a você, em outras ocasiões foge de mim. - Segurei sua mandíbula e virei seu rosto para que me olhasse. - Se continuar assim, você vai me fazer verdadeiramente precisar de terapia, porra.

- Eu já disse o que sinto por você e não duvido desses sentimentos. Não estou indecisa, Christopher, só preciso de tempo para digerir o fato de ter vivido uma mentira. Se me ama como disse, me dê um espaço, me deixe pensar se o que estou fazendo é o melhor para mim; para nós dois.

Deixei meu rosto mais próximo da altura do dela para que ela visse em meus olhos o quanto a queria junto a mim. - É justamente por amá-la, que insisto em nossa reaproximação. Não precisamos de espaço, já tivemos muito. Quero ficar perto de você, tentar salvar o que restou entre nós. Se não é isso que quer, me diga agora e não voltarei mais a procurá-la. Você não me verá mais, além de meras casualidades.

Esperei que me respondesse, mas isso não aconteceu.

Seus olhos miraram para qualquer lugar que não fosse o meu rosto. A cabeça dela se moveu lentamente para os lados em negativa.

Continuei imóvel a espera de alguma palavra de sua parte, mas ela permaneceu calada sem olhar para mim.

Não havia mais necessidade de resposta. Era isso. 
Se ela não queria mais que houvesse algo entre nós, o que eu deveria fazer, por mais que me doesse, era honrar as minhas palavras e respeitá-la.

Rosas Partidas |Livro 2| [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora