2. Bucky não é um garoto...

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Sakura acordou naquela manhã com a cabeça latejando de dor. É sempre difícil manter a calma com as recaídas de seu pai, e os gritos furiosos de Sasori contra ele não ajudaram muito.

Kizashi sempre foi um homem honesto e centrado, mas começou a beber e se afundar em apostas fazendo sua esposa fugir com outro, deixando os dois filhos pequenos para trás.

Sakura não pensa sobre isso, mas sabe que Sasori nunca a perdoou.

Desde então as bebedeiras do pai se tornaram frequentes e Sasori, sendo 4 anos mais velho, tomou o lugar do pai e a protege com afinco.

Os dois começaram a trabalhar na oficina do pai antes que ela falisse e conseguiram reerguer um pouco do negócio. Sakura aprendeu tudo somente observando e sendo bastante curiosa, hoje auxilia seu irmão com muito profissionalismo.


O pai não se mete na vida deles e só aparece em casa para dormir, ou, como no caso da noite anterior, pedir dinheiro.

Ela espreguiça tentando aliviar o corpo dolorido por ter dormido em uma única posição e suspira forte dizendo para si mesma que aquele é um novo dia.

– Bom dia, tato. – cumprimenta Sakura já vestida com seu uniforme cinza e dando um tapa na cabeça do irmão que toma seu costumeiro café forte.

– Dia. Faz uma lista que mais tarde vamos no ferro velho. – avisa virando a xícara de café num

gole só.

– Beleza. Não vejo a hora de ver o Bucky correndo de novo. – diz empolgada passando geleia no

pão e dando uma mordida generosa.

– Eu trabalhando igual burro e você gastando seu tempo naquele fusca. – bufa ele de forma teatral

– Absurdo viu...

– Ai tato, como você é chato! – diz ela dando um sorriso falsamente meigo. – O próximo cliente eu atendo, beleza?

Sasori se levanta bagunçando o cabelo dela e tirando um bom resmungo de Sakura.

– Se ele aceitar uma mulher mexendo no carro, né? – comenta Sasori rindo e jogando os cabelos ruivos para trás colocando um boné gasto.

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