28. Jantar com a mamãe

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O cheiro de fumaça de charuto impregna aquela sala luxosa. Os dois homens estão sentados, cada qual em sua poltrona carmim.

Uma cobra gigante e albina desliza suave pelo local não se importando com o clima tenso que se instaura.

Orochimaru expira lentamente a fumaça de seu charuto caro mostrando um falso estado de calma.

Fugaku, à sua frente mexe as mãos e aperta os lábios dando a entender o seu estado de nervosismo.

- Maldito – a voz dura de Fugaku sai entrecortado entre os dentes e perante a raiva que passa por seu corpo.

- Produto israelense... - Orochimaru diz pensativo olhando para o teto.

- Como... como ele conseguiu? - Fugaku aperta o braço da poltrona olhando Orochimaru com

fúria.

- Alguém está dando as informações que ele precisa – Orochimaru diz dando atenção ao seu

charuto entre os dedos. - Não teria como aquele navio ser interceptado sem uma denúncia...

- Acredita mesmo que tem um dos homens de Danzou infiltrado no nosso meio? - Fugaku pergunta já sabendo a resposta.

- Com plena certeza – Orochimaru responde deixando seu charuto no cinzeiro ao lado da poltrona e voltando um olhar astuto para o sócio – Aquele Yamato era da polícia, não acredito que ele seja o informante de Danzou, aliás a informação passada a ele foi depois do acerto de contas.


Fugaku assente com a cabeça apertando entre as sobrancelhas de olhos fechados tentando se acalmar.

- Tem outro...

- Só temos que descobrir... qual cabeça será cortada. Fugaku bufa ao ouvir a voz tranquila de Orochimaru.

- O que ele tem? - pergunta sentindo uma gota de suor escorrer pela têmpora trêmula.

- Um Merkava MK4 e M270 – Orochimaru diz como se não fossem grandes coisas e Fugaku bufa apoiando a cabeça no estofado carmim.

- Filhos de uma puta. - Fugaku solta não contendo a raiva que faz suas mãos tremerem.

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