20. Negócios da Família

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"[...]

Qual geómetra todo atormentado para medir o círculo e não acha,

pensando, aquele princípio que procura,

assim eu era àquela vista nova: ver eu queria como se conforma

a imagem nele e como nele se funda;

mas não eram de tal as próprias penas: e eis que a minha mente percorreu

um fulgor tal que ao seu querer chegou.

À alta fantasia faltou lastro; mas desejo e querer já me envolvia,

tal como roda que se igualmente move,

o amor que move o sol e os outros astros."

Ino fecha seu livro mordendo o lábio inferior.

Sente um vazio e um alívio tão grande ao mesmo tempo!

Olha para o rosto pálido de Gaara a sua frente e dá um sorriso singelo. Ele continua em coma, mas agora foi liberado a entrada de visitas.

– Espero que esteja me ouvindo – ela sussurra passando a mão pelo rosto marcado de hematomas e cortes – Você quase me matou, hoje. – diz se lembrando da parada que Gaara teve e em toda a sua angústia do lado de fora sendo socorrida pelos médicos depois de desmaiar.

Ela afaga os cabelos dele carinhosamente. Tentando trasmitir o seu amor e cuidado através daquele ato.

– Eu te amo tanto... – ela murmura num suspiro cansado – volta pra mim, não faça isso.

Ela pega a mão que não está engessada e começa a fazer círculos com o polegar. Um fraco sorriso nostálgico se faz no rosto dela.

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