24. Especial II - GaaIno

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Eu vejo as luzes piscando e as pessoas entrando animadas no recinto. Pessoas bonitas, alegres, espontâneas... parecem felizes.

Estou do outro lado da rua observando a boate há mais de meia hora, decidindo se entro ou não.

Meu dia foi uma merda! MERDA, SIM! Decidi que hoje eu posso dizer isso. Hoje é meu dia do FODA-SE!

Foda-se as aulas da faculdade. Foda-se as aulas de idiomas.

Foda-se meu pai me pressionando pra ser a melhor. Foda-se minha mãe me falando que sou a pior.

Foda-se as pessoas me dizendo que sou estranha. Foda-se o mundo ditando o que devo fazer!

Desfaço o coque e balanço a cabeça com força me descabelando, abro dois botões da minha camisa social e a deixo mais folgada na cintura. Dobro a barra de minha calça, deixando meus saltos mais aparentes. Pego meu batom de emergência e passo com vontade.

Hoje eu vou fazer tudo o que tenho vontade. Vou beber e beijar muito! Vou fazer a minha vida valer a pena...

Eu entro no lugar sem problemas, minha barriga gela de ansiedade. O que posso encontrar aqui?

Tudo é tão colorido, exotérico com essa fumacinha, gente dançando de qualquer jeito seguindo (ou não) uma batida ritmada... Começo a mexer meu corpo um pouco desajeitada, mas fecho os olhos e vou me soltando.

Se antes eu senti arrependimento, agora só sinto a liberdade. Poderia ficar nisso a noite inteira.

Nesse balanço sem rumo de olhos fechados. Mas hoje não vou me acomodar!

Vou até o bar determinada a beber todas! Aproveita a noite de todas as maneiras e não me lembrar de nada no dia seguinte, só pra ficar com vontade de fazer de novo.

O bar está apinhado de gente. Me espremo no meio do pessoal e sinto alguém apertando a minha


bunda!



Ok! Hoje é o dia do Foda-se. Dessa vez passa!

Nunca tomei nada alcoólico, a não ser champanhe. O que eu peço?

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