6. Chá da Tarde

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Oláá! Saudades da Heloise e sua boquinha aberta? kkk

Boa leitura!

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— Faz um tempo que não te vejo. — O rapaz chamado Kentin apertou a mão do loiro ao se aproximar. — Muito ocupado com o trabalho?

— De certa forma, sim. E você, ocupado com as coisas daqui?

— Sempre tem muito trabalho a fazer. — Passou a mão na testa, fingindo secar um suor.

Me aproximei e dei um breve aceno quando o rapaz me notou.

— Essa é Heloise Dumas. Se hospedou hoje. — Nathaniel me apresentou.

— Prazer, senhorita. — Kentin fez uma sutil reverência, sorrindo. — Kentin Pierre.

— Prazer, senhor Pierre.

— Me chame apenas de Kentin, por favor.

— Claro. Você e Oliver são idênticos — comentei, divertida.

— Somos, não é? Alguns acham que somos gêmeos, apesar de estar na cara que Oliver é mais velho que eu. Quem mandou minha mãe fazer uma cópia dele e colocar meu nome — brincou, rindo.

Dei risada. — Acontece.

— Tenho que entrar, Oliver está me esperando. Nos vemos por aí. — E saiu andando.

Nathaniel pegou algo de dentro do casaco. Um relógio de bolso. — Preciso ir agora. Logo tenho mais um paciente.

— Tudo bem.

Me olhou, guardando o objeto. — Se recorda do caminho para o meu consultório?

— Acredito que sim.

— Poderia ir até lá amanhã de manhã? As nove?

— Claro, tudo bem.

— Nos vemos amanhã, então. — Pediu minha mão e a dei, e depositou um beijo nela.

— Até amanhã.

Ele deu um pequeno sorriso e seguiu para dentro, por outra entrada, que devia ser a porta que vi aberta no final do corredor depois da recepção. Olhei ao redor, me sentindo um pouco perdida. Agora o que me restava era aproveitar. Até poderia considerar como férias, porém, férias sem internet, o que seria difícil.

Mas com tanta coisa diferente por aqui, acho que nem sentirei falta.

Voltei a sala de leitura. Andei devagar pelas estantes, olhando os livros que haviam ali.

— Nathaniel já foi? — Me virei, vendo Kentin parando ali perto.

— Sim. Ele tinha um paciente.

— Ah... — Pareceu um tanto tímido, suas bochechas coraram levemente. — A senhorita é paciente ou amiga dele, se me permite?

— Eu... acho que um pouco dos dois. E me chame de Heloise, por favor.

Ele deu um sorrisinho. — Tudo bem. Em qual quarto está hospedada?

— Em um do terceiro andar, não lembro qual é o número, mas é o primeiro do lado esquerdo.

— Então é o quarto quinze. É um bom quarto.

— Sim, gostei bastante dele...

— Kentin... — Oliver apareceu, vindo da sala de estar. — Ah, já conheceu a senhorita Dumas?

— Heloise, por favor — falei rindo, levantando a mão.

— Conheci a nossa nova hóspede, sim. — Kentin disse.

À Procura de Adeline LegrandOnde histórias criam vida. Descubra agora