Oi, pessoinhas! Desculpe pela falta de capítulo no sábado. Novamente não consegui terminar de escrever a tempo >.<
Mas aqui estamos!
Boa leitura!
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Assim que despertei em plena sexta-feira, um único pensamento me veio em mente.
O plano do dia era procurar por Alexander naquele parque depois do trabalho. As chances de encontrá-lo no mesmo banco eram grandes.
Enquanto me trocava, torcia para não encontrar Armand no salão de refeições. Seria um tanto vergonhoso... E eu também precisava pensar em algo para afastá-lo, já que aparentemente ele não aceitava um não sem antes buscar outras formas de me conquistar.
Talvez fosse mais fácil se eu me aproveitasse um pouquinho de Nathaniel. Quem sabe se Armand me visse com ele, sossegasse o facho.
Por sorte, não encontrei o homem no café, então fui tranquilamente para a loja. Questionei Adeline sobre seu admirador, mas segundo ela, ele não mandara mais nada.
É claro que não mandou mais nada. Agora que já está a meio caminho andado, não precisa de tantos poemas, não é?
Assim que fui dispensada, saí rapidamente da loja e segui o mesmo caminho que fiz enquanto seguia Armin para o parque. Caminhei mais devagar pela calçada quando cheguei ao lugar, olhando atentamente para cada pessoa afim de encontrar Alexander.
Felizmente o encontrei, no mesmo banco do outro dia.
Agora o problema era: O que eu falaria? Que assunto puxaria?
Tentava pensar enquanto caminhava, e assim que me sentei, Alexander desviou o olhar de seu caderno para mim e abriu um sorriso de reconhecimento.
— Senhorita... Novamente por aqui?
— Olá, senhor Fabre. Como vai? — Sorri para ele.
— Muito bem, obrigado. E a senhorita?
— Estou ótima... Resolvi vir dar um passeio. Gostei muito deste parque. É agradavelmente calmo.
— Concordo. É meu local favorito... Desde menino venho para cá, seja para ler, escrever, pensar ou apenas aproveitar o ambiente.
— Então o senhor nasceu aqui mesmo?
— Sim, nasci nesta mesma casa onde moro hoje. E, apesar de sempre ter vivido aqui, não pretendo ir embora.
— Por quê?
— Apego à cidade, imagino. Não consigo me visualizar morando longe ou mesmo em outro local... Meu irmão, por outro lado, sempre quis se mudar. Sempre achou esta cidade tediosa... E agora, está morando na América do Norte. A vida é engraçada — disse, pensativo.
— Bom... mudanças são necessárias, às vezes. Sair da nossa zona de conforto nos proporciona novas perspectivas e sensações.
Alexander me encarou, refletindo sobre o que ouvira, como se percebesse que aquilo fazia total sentido.
— A senhorita tem razão... Talvez... seja por isso que não consigo mais escrever como antes.
— Está com bloqueio criativo?
— Bloqueio criativo...? — pensou alto, desviando o olhar. — Creio que sim, deve ser isso.
— Acredita que esteja sem criatividade para escrever coisas novas porque não costuma sair daqui?
— Talvez. É uma possibilidade... A última vez que escrevi algo realmente interessante, foi quando viajamos para Saint-Denis.
— Nossa mente funciona na base de experiências... Se você não costuma ter experiências novas, não tem no que se basear.
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À Procura de Adeline Legrand
FanfictionHeloise vai ao passado com o objetivo de achar Adeline Legrand, mas não foi o que aconteceu. Atrapalhada como é, se esqueceu de trocar as roupas modernas pelas da época e acaba chamando mais atenção do que devia. E isso a leva a se esbarrar em Natha...