68. Palácio do Eliseu

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Olá, xuxus!

Hoje veremos a Heloise entrar em mais uma "missão", tudo para não deixar essa Adeline se colocar em enrascada.

Boa leitura!

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Estávamos almoçando nos aposentos detrás da loja. Adeline parecia um pouco mais enérgica do que normalmente.

— Heloise...? — Ela chamou, enquanto rasgava um pedaço de brioche com a ponta dos dedos.

— Sim?

— Por acaso você... irá ao baile no fim de semana?

— Baile? Que baile?

— Ora, o baile da família Polignac! Como não sabe? Só sabem falar disso ultimamente.

— Ah, é? Não conheço ninguém que já tenha falado sobre... Por quê?

— Eu só queria saber. Acho que seria agradável ter sua presença conosco.

— Então sua família vai?

— Sim.

— Qual o motivo deste baile?

— O conde Pierre de Polignac está à procura de uma noiva...

Engasguei com a minha comida e comecei a tossir, sentindo o rosto ficar quente com a falta de ar. Adeline me passou um copo de água, preocupada, e eu tomei um gole, ainda tossindo para tirar os restos de comida da garganta.

— Respire, Heloise! Você está vermelha!

— Eu... estou bem. — Tentei me recompor e tomei mais um gole da bebida, respirando fundo. Até tive que enxugar as lágrimas dos olhos. — Você disse que esse homem está procurando uma noiva?

— Sim...

— Mas por que vocês vão? Você não está pensando em...

— Claro que não! — Adeline deu um passo para trás, repousando a mão no colo. — Nós fomos convidados... Seria muito rude não ir.

— Mas se ele está procurando por uma noiva, certamente convidou sua família porque sabe que você é uma jovem bonita e solteira. É arriscado demais!

— Arriscado? — Estranhou a palavra, junto do meu tom desesperado.

Se controla, Heloise!

— Arriscado no sentido de... Bom, e se ele se interessar por você?

— Sinceramente... duvido. Terá centenas de belas jovens, ele não olharia exclusivamente para mim.

Eu não posso me arriscar desse jeito. Se esse conde decidir que quer se casar com Adeline, não há milagre que eu faça para desfazer isso! Na realidade não era para algo assim acontecer... Provavelmente a essa altura do campeonato, o fututo-ex-marido já teria agarrado Adeline e a família nem seria convidada...

Não posso deixar nada atrapalhar os planos, ainda mais agora que estou começando a conseguir colocar tudo em seus devidos lugares...

— Adeline... Será que eu... poderia ir junto?

Ela levou as mãos para trás, em uma careta pensativa. — Eu preciso ver com meus pais, mas acho que eles deixam, sim. Posso te avisar amanhã. Iremos no início da noite, de qualquer forma.

— Está bem. Espero mesmo que eles deixem. — Tentei demonstrar animação.

— Eu também! Bailes sem uma boa companhia são muito chatos.

À Procura de Adeline LegrandOnde histórias criam vida. Descubra agora