Olááá! Como vão, senhoras e senhores? De boa na lagoa?
Mais um capítulo da viagem no tempo da querida e boca aberta Heloise!
Boa leitura!
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— Minha família mora no Sul, não tenho muito contato com eles.
— Por quê?
— Não sei. O tempo foi passando, as cartas diminuindo... Hoje em dia mal nos comunicamos.
— Veio para cá para trabalhar?
— Primeiramente, estudar, depois trabalhar.
— E mora sozinho?
— Sim. Tenho apenas uma governanta para me ajudar em casa.
— Entendi...
— Por falar em casa, a senhorita tem um lugar para dormir?
— Não. Eu só ficaria por aqui em último caso, e mesmo assim não achei que fosse necessário procurar por um hotel ou algo do tipo.
— Por que não?
— Porque achei que poderia resolver tudo em um dia, ou no máximo em alguns.
— Tenho um amigo que é dono de uma pensão, caso queira. Posso conseguir algum desconto, se não tiver muito dinheiro.
— Pode ser. Pelo jeito vou ter que ficar aqui e esperar Adeline voltar. Não compensaria voltar para minha casa e depois vir para cá de novo.
— É realmente tão longe assim?
— Muito longe... — Peguei a taça em um movimento automático, mas lembrei que o vinho tinha acabado.
De longe, vi Castiel atendendo outra mesa, e quando ele se virou, olhou em minha direção, e aproveitei para indicar a taça, tentando fazer uma carinha fofa. Se ele fosse do mesmo jeito que o Castiel que eu conhecia, provavelmente faria uma cara emburrada e me ignoraria. Entretanto, aquele Castiel acenou uma vez com a cabeça e entrou, logo voltando com a mesma garrafa que tinha nos servido.
— Seu vinho, madame — disse com um leve tom irônico, começando a encher a taça.
Eu sorri, percebendo as semelhanças. — Agradeço. — Ele fez menção para encher a taça de Nathaniel, mas ele deu um aceno negativo. Fez menção de sair, mas peguei a garrafa de sua mão. — Pode deixar aqui.
Castiel franziu o cenho levemente, mas riu. — Como quiser. — E saiu de novo.
Tomei um bom gole do vinho e encarei meu companheiro de mesa, que parecia um tanto surpreso pela minha ação. — Eu pago pela garrafa, tenho dinheiro para isso. Eu acho.
Ele sorriu. — Não se preocupe. — Então também encheu sua taça e deu um gole. — Afinal eu que te chamei para comer.
Também sorri. — Bom para quem é rico, não é mesmo?
Com uma risada, deu mais um gole da bebida. — Não sou rico, apenas... posso me dar ao luxo de certas coisas, às vezes.
— Claro.
Só percebi a volta de Castiel quando um prato foi colocado à minha frente.
— Obrigada. — Lancei um sorrisinho a ele, que retribuiu com uma piscadela, que Nathaniel não viu, e logo se retirou. — O que é?
— Boeuf Bourguignon. — Pegou os talheres.
Era um prato com carne em pedaços, cozida com cebolas, acompanhado de cenouras e cogumelos. Parecia ótimo. Comecei a comer, saboreando aqueles sabores. Sentia o olhar do loiro sobre mim. Talvez eu não estivesse tendo os modos que deveria ter, mas provavelmente ele estava se acostumando.
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À Procura de Adeline Legrand
FanficHeloise vai ao passado com o objetivo de achar Adeline Legrand, mas não foi o que aconteceu. Atrapalhada como é, se esqueceu de trocar as roupas modernas pelas da época e acaba chamando mais atenção do que devia. E isso a leva a se esbarrar em Natha...