Olá, pessoas!
Vocês querem ver o circo pegar fogo? Acho que vocês ficarão surpresos com uma descoberta!
Boa leitura!
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A terça-feira passou em um piscar de olhos. Talvez porque eu estivesse ansiosa para a minha folga, ou talvez justamente porque eu não queria que os dias passassem rápido demais. E, além disso, eu precisava avisar Nathaniel que iria embora no domingo e que ele me ajudaria na viagem de volta.
Assim que despertei, vi que era quase onze horas da manhã. Me revirei na cama, ainda sonolenta, quando algumas batidas ansiosas na porta me assustaram. Joguei as cobertas para o lado e fui abrir, quase sendo atropelada por Denise, entrando.
— Desculpe, Heloise, mas, mas... — Ela parecia aflita e confusa.
— O que aconteceu? — perguntei, alarmada.
— Feche a porta — pediu, indo para perto da escrivaninha.
Fiz o que ela pediu e me aproximei. — O que foi?!
Ela me encarou com os olhos arregalados. Suas mãos se mexiam para cima e para baixo, como se não soubesse o que fazer.
— Denise! Você está me deixando preocupada!
— Eu não sei se eu devo falar! Isso é contra as regras! Mas, mas eu vi e eu não sei o que fazer.
— Dane-se as regras, fala logo. É tão grave assim?
— Eu não tenho certeza, mas achei muito estranho...
— Será que eu terei que te torturar para você falar de uma vez?!
— Tudo bem! Por favor, não diga para ninguém que eu fiz isso. — Acenei afirmativamente e ela respirou fundo. — Eu... estava arrumando o quarto do senhor Burnier. Ele entrou no banheiro e eu comecei a arrumar algumas coisas que estavam na mesa. — Se virou, ficando de frente para a escrivaninha, como se estivesse recordando seus passos. — Havia uma carta aberta, e como a letra era muito bonita, eu a peguei apenas para ver de perto... Eu vi seu nome, Heloise. O dono da carta falou sobre você.
Quê?!
— Como assim? — Me desesperei. — O que mais estava escrito?
— Eu não consegui ler mais nada. O senhor Burnier saiu do banheiro e eu tive que colocar a carta no lugar — explicou rapidamente, em desespero. — Sorte que ele não percebeu, eu fiquei mais vermelha do que uma rosa.
Por quê? Por que ele escreveria sobre mim e esse alguém ainda falasse? Será que ele está tramando alguma coisa? Meu Deus, eu preciso saber o resto dessa carta!
— Denise, você precisa me ajudar a entrar no quarto dele. — Segurei seu braço, sentindo um misto de ansiedade e medo.
— O quê? Não. Não posso! Isso é totalmente errado!
— Me escuta. E se ele pretende me sequestrar? Depois de todos os foras que eu dei nele. E se ele está planejando com outra pessoa para me pegar? Para que ninguém suspeite dele?
Denise arregalou os olhos, assustada, receosa. — Eu... — Passou as mãos no rosto. — Se ele ou outra pessoa nos pegar...
— Ninguém vai nos pegar. Você não sabe os horários que Armand sai?
— Eu... acho que sei. Sempre acabo o encontrando descendo, mais ou menos ao meio dia.
— E sabe que horas ele volta?
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À Procura de Adeline Legrand
FanfictionHeloise vai ao passado com o objetivo de achar Adeline Legrand, mas não foi o que aconteceu. Atrapalhada como é, se esqueceu de trocar as roupas modernas pelas da época e acaba chamando mais atenção do que devia. E isso a leva a se esbarrar em Natha...