46. Relação Acabada

906 131 51
                                    

Oi, pessoinhas!

O que será que acontecerá hoje?

Avisos lá em baixo.

Boa leitura!

~~~

Tomei um banho rápido e vesti meu pijama. Estava precisando de roupas confortáveis. Me enfiei debaixo das cobertas e esperei. Ouvi batidinhas na porta e apenas me sentei, encostando no encosto e me cobrindo até o queixo.

— Entra! — A porta abriu e Nathaniel entrou, me olhando de forma estranha. — Pode trancar.

Ele girou a chave e se aproximou. — Está doente?

— Não. Isso me ajuda a pensar. — Tirei o braço debaixo da coberta e dei uns tapinhas ao meu lado.

Sem dizer nada, Nathaniel tirou os sapatos e se sentou ao meu lado, também recostando as costas. Me aproximei e encostei a cabeça em seu peito.

— O que Lysandre disse a você? — questionou com a voz suave, deixando seu braço esquerdo atrás de mim, me abraçando. — Você parece... chateada.

Suspirei, sentindo seu perfume familiar e me senti menos pior. — Acho que também estou... Lysandre acha que eu sou uma impostora ou uma golpista, ou uma assassina, ou uma fugitiva...

— Como é? — Me encarou.

— É isso mesmo. Ele disse isso, pois pesquisou meu nome em todo canto que pôde e não achou nada... E o mais engraçado é que ele achou minha versão daqui e foi falar com ela achando que era eu.

— Ele achou...? — Ficou surpreso. — Onde?

— No centro da cidade... Não disse onde. Disse que falou com ela, mas ela se chamava Louise, e ele descobriu que ela tem uma irmã chamada Valentine. Ele acha que eu sou Valentine e estou usando um nome falso para... Sei lá o que ele acha que pretendo fazer. De qualquer forma, ele tem certeza de que farei algum mal a você e...

— E...?

Observei alguns cantos do quarto, pensativa. — Falou que, se eu queria o meu e o seu bem, teria que me afastar de você, ou ele poderia "informar a justiça" sobre minhas "mentiras".

— Não creio nisso... — sussurrou, esfregando os olhos com a mão direita. — Como se você já não tivesse o suficiente para se preocupar...

— Nath... Eu não tiro a razão dele. Afinal, eu sou uma desconhecida que acabou de chegar na cidade e me aproximei de você muito rápido. Eu nem inventei um lugar de onde eu poderia ter vindo, e é óbvio que ele desconfiaria disso.

— Mas ele levou isso longe demais. Onde já se viu pesquisar pelo seu nome?

— Ele teme que... eu faça sua cabeça. Como se você fosse uma criança que é facilmente influenciada. Mas, no final, ele só se preocupa.

— Isso já é demais...

— Não, Nath... — Desencostei dele para olhá-lo. — Não fale nada. Se falar, ele vai saber que te contei, e isso pode fazer com que ele realmente chame a polícia. Isso pode estragar completamente a missão.

Nathaniel observou meu rosto, pensando. — Não é justo. Eu não quero me afastar de você.

— Teremos que fingir, pelo menos. Você pode inventar alguma história de que eu fui te encontrar apenas para acabar com nossa relação, sem dizer muitos detalhes do motivo.

— Mas... eu teria que dizer isso para qualquer um que perguntasse sobre você.

— Sim. É o jeito.

À Procura de Adeline LegrandOnde histórias criam vida. Descubra agora