59. Pedras e Bilhetes

783 116 43
                                    

Olá! Demorei, mas cheguei.

Hoje vamos morrer um pouquinho de amores por esse casalzão da porra chamado Loniel (<3) e outras coisinhas a mais.

Boa leitura!

~~~

— Espera. — Parei no lugar, fazendo Nathaniel me encarar. — Acho que seria bom se eu já escrevesse o bilhete para Melody, para caso surja a oportunidade de jogá-lo no quarto dela.

— Tudo bem. Como pretende escrever?

— Vamos voltar.

Não tínhamos ido muito longe, então voltamos a pensão. Subimos para meu quarto, dando de cara com uma pequena embalagem, junto de um envelope, em cima do aparador ao lado da porta.

De novo não...

— É para você, não? — Nathaniel perguntou quando abri a porta e entrei.

Cocei a testa, pensando no que fazer. Voltei para fora, os peguei e entrei, deixando os dois objetos em cima da cama, indo direto à escrivaninha. Peguei um bloco de folhas, minha caneta e me pus a escrever.

— Faz tempo que colocaram flores? Pensando bem, faz um tempo que vim até aqui a última vez — comentou ele.

— Sim... Na realidade, ganhei essas flores segunda passada.

— É mesmo...? — O ouvi se aproximar, até que notei que havia parado ao meu lado, para analisar as flores. — E quem lhe deu?

O olhei. — Eu... achava que tinha sido você. — Ele me observou. — Mas descobri que foi... outra pessoa.

— Quem?

Por que eu estava me sentindo culpada? Era besteira. Eu não estava dando esperança a Armand e eu precisava ser sincera.

— Acho que você não conhece. É um inquilino aqui da pensão. Ele... me deixou essas flores dias atrás e descobri que foi ele na quinta-feira.

— Mas por que ele te mandaria flores? — Nathaniel soou um pouco confuso.

Sorri, achando um pouco fofo sua inocência. — Porque ele está tentando me conquistar.

Nathaniel ficou surpreso e sem entender muito. — E você aceitou?

— Não, porque ele tinha deixado as flores na recepção com um cartão, e Kentin trouxe até a porta. Por isso achei que tinha sido você, ele não viu quem tinha deixado as flores no balcão... Apenas fiquei sabendo que foi Armand quando fomos tomar cerveja.

— Cerveja? Quando foi tomar cerveja com ele? — Sua confusão apenas aumentava.

— Eu tenho muita coisa para te contar. — Acabei rindo e larguei a caneta na mesa, indo me sentar na cama, o puxando junto.

Comecei a falar de todas as coisas que tinham acontecido desde nosso último encontro, detalhe por detalhe, sem nenhuma interrupção, apesar de perceber que Nathaniel queria perguntar muitas coisas. Terminei quase uma hora depois, finalizando sobre o plano que ele presenciara no pátio.

— Uau... — Ele disse, impressionado. — Como consegue fazer tanta coisa?

— Eu me pergunto isso muitas vezes, mas ainda não tenho uma resposta.

Seu olhar saiu de meu rosto, indo para algum ponto da cama. — Então... provavelmente aquele presente é de Armand?

Olhei para trás. — Imagino que sim. Não estou com vontade de abrir, mas a parte curiosa de mim quer. — Estiquei o braço e o peguei, junto do envelope.

À Procura de Adeline LegrandOnde histórias criam vida. Descubra agora