Oi, pessoas!
Ansiosos para mais do baile?
Boa leitura!
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Antes que eu conseguisse impedir, Adeline foi convidada para dançar por um rapaz, que aceitou no mesmo segundo. Fiquei junto das pessoas que estavam assistindo, encostada, de braços cruzados, em um dos pilares do salão, olhando fixamente para a garota animada. Pelo menos aparentemente ambos apenas queriam dançar, sem conversas paralelas.
Um garçom parou na minha frente, oferecendo alguma das taças com vinho. Peguei uma, para tentar não ficar tão entediada e beberiquei.
— Poderia saber o porquê de a senhorita estar aqui e não aproveitando o baile? — Alguém perguntou simpaticamente e eu olhei para o lado, encontrando um rapaz mais alto do que eu, de cabelos castanhos e encaracolados, com um sorriso gentil.
— Eu estou de olho em minha amiga. Ela tomou alguns goles a mais de vinho do que devia... E o senhor? Por que não está dançando? — questionei, um pouco desinteressada, mantendo a vigilância em Adeline.
— Não encontrei uma companheira que me prendesse na dança... — Ergueu sua mão com a palma para cima a minha frente.
Tentando não ser grosseira, apesar de não querer distrações, deixei minha mão na dele, e assim o homem depositou um beijo em meu dorso.
— Jules de Polignac, a seu dispor — apresentou-se, retornando a sua posição.
— Heloise Dumas... Seu nome é uma homenagem ao primeiro ministro da França?
— Sim, meu avô....
De repente, a orquestra parou juntamente com os sons de conversas do vasto ambiente. Alguns segundos depois, palmas começaram, e eu procurei o motivo delas, encontrando o mesmo casal da entrada e um outro rapaz, que devia ser o tal conde Pierre. O homem mais velho estava falando algo, que dali onde eu estava, não conseguia entender nada.
Os três familiares estavam à frente de uma porta dupla gigantesca, e graças ao chão que era de um nível acima, eles conseguiam olhar para todos os presentes no salão. Graças a isso, notei o olhar do conde se demorar em cada rosto, como se estivesse analisando suas opções. Depois de um tempo, seu olhar parou próximo de mim, talvez tivesse visto o tal Jules ao meu lado ou a mim, porém, pela distância, era difícil saber.
— O senhor tem parentesco com os anfitriões? — questionei, sussurrando para Jules.
— Sim. Meu pai é irmão do sr. Polignac. Sou primo do conde Pierre — respondeu, mantendo a cabeça erguida, como se quisesse prestar atenção nas palavras do tio, ou como se quisesse demonstrar que estava.
— Entendo... O que acha de tudo isso?
— O baile? — Suspirou. — Não sei, perda de tempo, talvez.
— Sobre seu primo estar procurando uma noiva também? — E naquele momento, o conde tomou a palavra que, novamente, não consegui entender dali.
— Também. Sabe, alguns membros desta família me chamam de invejoso. Acham que eu invejo a vida que Pierre tem com apenas dezessete anos. Eu só... acho bobeira. Essa família só tem o que tem hoje por pura sorte, não por trabalho.
— Diz isso porque a duquesa de Polignac era a preferida de Maria Antonieta?
Jules me olhou pela primeira vez em algum tempo, parecendo estar um pouco confuso se ouviu direito o que eu disse.
— A senhorita sabia sobre isso?
Ops... — Bom, é só o que dizem por aí. Não sei sobre o assunto.
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À Procura de Adeline Legrand
FanfictionHeloise vai ao passado com o objetivo de achar Adeline Legrand, mas não foi o que aconteceu. Atrapalhada como é, se esqueceu de trocar as roupas modernas pelas da época e acaba chamando mais atenção do que devia. E isso a leva a se esbarrar em Natha...