75. Eternizando Sensações

774 113 79
                                    

Oi, pessoinhas!

Então, peço perdão pelo vacilo de não ter postado ontem. Terça e quarta foram dias corridos, porque eu tive que ir fazer minha matrícula na faculdade. Na terça eu fui, tomei um belo chá de cadeira, cheguei uma e pouco e saí de lá quase cinco da tarde, frustrada, porque ainda tinha documentos faltando. Então no dia seguinte (ontem) eu fui atrás do resto dos documentos, voltei na faculdade de tarde, uma e alguma coisa da tarde e saí de lá as sete e dez da noite (TAVA LOTADO, MANO). Enfim, eu consegui fazer a inscrição, mas só saberei se meus documentos foram aprovados no dia 21 (haja paciência). Torçam para que eu consiga!

Desculpa o textão HSUAHSUAH agora vamos para o que interessa: o princípio da choradeira. Estão preparados?

Boa leitura.

~~~

Pacientemente, Nathaniel entrou no quarto e foi se sentar no banco em frente a cama, me observando o tempo todo enquanto eu fechava a porta e dava alguns passos de um lado para o outro, organizando os pensamentos.

— Está precisando de ajuda psicológica para colocar as palavras para fora? — Ele perguntou, com um sorriso leve e brincalhão.

Eu sorri e suspirei em seguida. Me sentei ao seu lado e deitei a cabeça em seu ombro. Rapidamente, Nathaniel passou o braço por minhas costas e cintura, tentando me confortar.

— Eu... achei o ex-marido de Adeline que não será mais ex e nem marido.

— Como assim? O senhor Fabre não foi para os Estados Unidos com a senhorita Barbier?

— Não era ele. Parando para pensar, acho que estou até me sentindo um pouco culpada... Mas eu não tinha como ter certeza. Não era ele, Nath... Armand era o homem.

— Armand? O homem que estava te enchendo de presentes?

— Sim. E eu só descobri por causa de Denise. Se não fosse pela curiosidade dela, ninguém saberia que era ele e ele continuaria com suas vigarices.

— E como ela descobriu?

Comecei a contar a mesma história, com todos os detalhes possíveis, desde quando Denise entrou em meu quarto. Falei da procura pelo quarto, da mala, as cartas, a resposta de Armand não terminada, a senhora e o careca gentil, a perseguição, o impacto de Armand contra a carruagem e o restante depois disso.

— E... foi isso. Eu até peguei os brincos para mim. — Lembrei da caixinha e a peguei do bolso, mostrando os brincos. — Acho que é o mínimo que eu mereço depois de ter sido enganada desse jeito.

Nathaniel ficou alguns segundos em silêncio e, por um momento, fiquei com medo de sua reação, então me afastei para observá-lo. Ele me olhou, como se não acreditasse no que estava vendo.

— Às vezes tenho a impressão de que você não existe. Ou de que é uma personagem de um livro de aventura... Que eu estou imaginando a personagem na minha vida entediante. Eu... acho inacreditável como você faz tanta coisa, como é corajosa e se mete em tantas questões apenas para ajudar alguém. Eu sei que você está fazendo tudo isso para tentar modificar o futuro da família de sua amiga, mas... eu sei que você está fazendo muito mais.

Dei um pequeno sorriso, observando suas roupas bem passadas e pensando no que responder.

— Eu... realmente me envolvi em mais coisas do que devia. Coisas que eram inevitáveis, que eu não poderia deixar passar... Eu sei que posso ter mudado drasticamente muitas coisas, mas... como não poderia ajudar Melody, por exemplo? Eu sei que a intenção por trás da ajuda foi tirar Armin do caminho de Adeline, só que... no fundo eu realmente queria ajudá-la. Sabe que... eu penso que sou muito egoísta. Tudo o que eu fiz foi para apressar o casamento de Adeline e Jean...

À Procura de Adeline LegrandOnde histórias criam vida. Descubra agora