Oi, xuxus!
Demorei um pouquinho, mas cá estamos. Hoje tá corrido por aqui.
Enfim, teremos um belo momento de surto da Lolo (que eu ri horrores) e mais umas conversas com a senhorita Legrand.
Boa leitura!
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Ai, Deus, isso foi tão errado! O que eu farei com esse sentimento? Isso não devia ter acontecido, mas eu me sinto tão feliz...!
Fazia tanto tempo que não sentia meu coração bater dolorido desse jeito de tão nervoso, tanto tempo que minhas mãos não ficavam geladas, tanto tempo que... Eu me senti apaixonada desse jeito, como se fosse a primeira vez.
— Senhor... — resmunguei em voz alta. — O que eu faço?
Eu não conseguia parar de passar as mãos no rosto, nos braços, morder o lábio. Meu corpo não queria parar de se mexer e meu cérebro não queria parar de lembrar das sensações que tive. Ainda sentia os lábios de Nathaniel nos meus, como se ainda estivéssemos nos beijando. Sentia sua mão em meu rosto, e em minha cintura, costas... A textura de sua pele e cabelos ainda estava impregnado em minhas mãos.
E era lógico que eu não queria que passasse. Mas a parte racional de minha mente me martelava dizendo que eu não devia me levar por isso.
— MERDA! — gritei rindo, sem conseguir me conter.
Que saco...
Toques na porta me despertaram de meu surto quase interno e eu fiz uma careta, pensando que tinha berrado alto demais. Levantei e fui até lá, a abrindo, dando de cara com Armand.
— Senhorita, está tudo bem por aí? — Ele perguntou preocupado. — A ouvi gritando.
Comecei a rir e Armand me encarou como se eu estivesse doida.
— Me desculpe — falei entre respirações, tentando controlar o ataque de riso. — Não foi nada. — Mais uma risada escapou. — Eu estou precisando dormir e não consigo, só isso.
— Tens ataque de riso quando está com sono? — Estranhou.
— Não, quando fico frustrada. — E apaixonada, mas isso você não precisa saber. — Desculpe se o preocupei. — Consegui parar de rir.
— Ah, tudo bem. Como estava passando no corredor acabei a ouvindo, achei que poderia ter acontecido algo grave. Mas se é assim, fico mais tranquilo.
— Sim, sim, desculpe de novo. Se acontecesse alguma coisa com certeza meu grito seria mais agudo.
Ele riu. — Certo, ficarei atento da próxima vez. Boa noite.
— Boa noite.
Fechei a porta e neguei com a cabeça para mim mesma.
Parabéns, Heloise.
Agora parece que tudo está bagunçado. Agora tenho mais essa "preocupação", não sei o que fazer para ajudar Denise, preciso ficar atenta à Adeline e aquele cara... Não são coisas complicadas — tirando o caso de Denise—, mas por que parece um monstro de sete cabeças agora?
Vai, Heloise, você precisa dormir. Tem que trabalhar amanhã... Mas como vou conseguir dormir elétrica desse jeito...? Talvez um banho me ajude a relaxar.
Enchi a banheira e me despi, entrando quando estava cheia. O relax foi momentâneo, por que minutos depois Nathaniel estava em minha mente novamente.
Ah, me deixa em paz, seu psicólogo lindo e cheiroso!
Tentando ignorar os pensamentos inquietos, terminei o banho e fui tentar dormir. Felizmente não demorou, já que eu estava cansada pelo dia agitado. Despertei sozinha e já fui me trocar. Tomei café da manhã rapidamente e no horário, fui para meu primeiro dia oficial de vendedora.
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À Procura de Adeline Legrand
FanfictionHeloise vai ao passado com o objetivo de achar Adeline Legrand, mas não foi o que aconteceu. Atrapalhada como é, se esqueceu de trocar as roupas modernas pelas da época e acaba chamando mais atenção do que devia. E isso a leva a se esbarrar em Natha...