10. Exceção

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Oi, xuxus! Tudo certo aí?

Continuamos com o almoço em grupo e mais umas coisinhas :3

Boa leitura!

~~~

Oliver se sentou do outro lado de Kentin, e tirou os suspensórios dos ombros antes de se servir.

— Do que estavam falando? — Kentin deu uma leve arregalada de olhos, e Castiel já fez cara de quem ia falar demais.

— Estávamos falando de como seu irmão é uma menininha envergonhada.

— Ei, não fala assim do meu irmão. — Oliver o defendeu, de bom-humor. — Você era tão tímido quanto ele quando era mais novo. Senão mais do que ele. Não conseguia nem falar com gente estranha que se escondia.

— Ah, mas quando era mais novo.

— Vinte anos não é novo, Castiel. — Clarisse riu dele.

— Eu não era tímido com vinte anos, não inventa. — Todos deram risada.

— Onde estão os outros? — perguntei.

— Os mais velhos comem primeiro. — Denise disse. — E o Oliver prefere comer com a gente.

— Está me chamando de velho na cara dura mesmo? — Ele brincou, dando um empurrão nela.

— Se você entendeu isso, então... — Riu.

— Deixa você... — E me olhou. — Eu prefiro comer com os mais novos. Os mais velhos só sabem falar de contas e problemas da pensão. Eu mereço uma folga pelo menos na hora de comer.

— Todo mundo merece uma folga dos problemas — concordei.

— Claro, ou podemos enlouquecer.

— Igual aconteceu antes — comentou Castiel, raspando seu prato. Olhei para Oliver, querendo saber sobre aquilo. Ele deu de ombros.

— É. Eu estava com a mente tão cheia de problemas que não conseguia dormir. Eu só pensava nas coisas que tinham para fazer e ficava ansioso.

Me lembrei do que ele tinha dito a Nathaniel quando o vimos na primeira vez.

— Então você teve consultas com Nathaniel?

— Tive. Como sabe? Ele contou?

— Não. Quando viemos aqui a primeira vez, você disse "veio ver se eu não perdi a cabeça de novo?" ou algo assim.

— Ah, é mesmo. Bem, foi praticamente isso.

— Eu fiquei tão preocupada. — Denise me olhou. — Ele aparentava estar cansado sempre. Estava pálido, com olheiras roxas...

— Parecia um monstro. — Oliver riu.

— Parecia um zumbi, então. — Dei risada e todos me olharam.

— Um o quê? — Kentin se pronunciou.

Eita. — Um... zumbi. Um morto vivo.

— Um zumbi é um morto vivo? — Denise perguntou. — Nunca tinha ouvido essa palavra.

— Tem gente que usa, onde eu moro.

— Por falar nisso. — Oliver falou. — De onde você é?

De novo isso não... — Sou de muito longe. Muitas horas de viagem.

— Mas é daqui mesmo, da França?

— Sim...

— De qual cidade? — Clarisse questionou.

À Procura de Adeline LegrandOnde histórias criam vida. Descubra agora