78. Lar Doce Lar

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Oi, pessoas.

De volta ao futuro. Ou presente. Ainda não sei como chamar kk

Boa leitura!

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— Eu sabia que isso ia acontecer — comentou Castiel, baixo, esfregando minhas costas com uma das mãos.

— O quê? Que eu ia voltar chorando igual a um bebê? — questionei, com o rosto colado em seu peito, molhando sua blusa.

— Tipo isso. Eu disse a Íris que você se apega muito as pessoas, sabíamos que seria sofrido na hora de voltar.

— É, vocês me conhecem bem... — Funguei e me afastei, tentando me recompor. — E onde ela está?

— Dormindo.

— Ah, é... amanhã é segunda. Que droga.

— Você deixou seu cérebro lá? Hoje é quinta. — Cruzou os braços.

O olhei, surpresa. — Ah... esqueci desse detalhe. — Sequei o rosto com as mãos e pisquei algumas vezes para limpar a vista. — Então... não vai me perguntar se eu consegui?

— Não, eu sei que não deu certo. Mas posso esperar para saber os acontecimentos até amanhã.

— Espera, como assim? A loja não existe?

— Não. Você fez tudo o que tinha que fazer?

— Claro que eu fiz! — Minha voz acabou subindo de tom sem que eu notasse. — Por que diabos a loja não existe?!

— Olha, por que você não vai para casa, descansa e amanhã nos reunimos para falar de tudo? — Castiel me virou enquanto falava, segurando meus ombros e indo para o corredor da casa. — Tenho certeza que você tem muita coisa para dizer, assim como nós precisamos te atualizar de tudo. — Antes que eu abrisse a boca para protestar, ele voltou a falar. — Não seja teimosa, eu não vou te falar nada agora.

Bufei, impaciente. — Tá.

Castiel abriu a porta de entrada da casa. — Quer que eu te leve em casa?

— Não precisa.

— Tem certeza? Porque você está mais perdida do que o normal. Consegue lembrar o caminho? — Tirou sarro, rindo.

— Me erra, vai. — Caminhei para a rua.

— Me manda uma mensagem quando chegar!

— Pode deixar!

Caminhei apressadamente, pensando em todas as possibilidades existentes para que a loja não existisse. Eu fiz tudo certo, Armand não roubou o dinheiro...

Cumprimentei o porteiro rapidamente, não querendo parar para bater papo, coisa que eu faria com todo prazer, mas não era um bom momento. Subi logo, pegando a chave de reserva na mochila e abri a porta de casa, sendo recebida por Tom e Jerry.

— Oi, meus amores, que saudade... — disse chorosa, os pegando no colo e afundando o rosto em seus pelos macios, ouvindo seus miadinhos que eu sentia tanta falta.

Ainda com eles, tranquei a porta e deixei a chave no apoio. Tirei os sapatos e fui andando pelo corredor, fazendo carinho nos dois. Fui acendendo as luzes até chegar no quarto. Os deixei em cima da cama e, quando estava tirando a mochila, vi uma pequena pilha de roupa desconhecida. Assim que deixei a bolsa no chão, peguei as peças, vendo que eram as roupas de Nathaniel que ficaram aqui.

Me sentei no colchão, abraçando as roupas.

Quão estranho era pensar que, a essa altura, Nathaniel estava morto? Não parecia algo cabível, afinal, não fazia nem meia hora que o vira. Mas não, se passaram mais de cento e cinco anos. Era quase impossível de acreditar.

À Procura de Adeline LegrandOnde histórias criam vida. Descubra agora