57. Chantagem no Beco

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Olá, pessoas!

Quem será o chantageado da vez? xD

Boa leitura!

~~~

Me peguei surpresa na manhã de sábado, quando vi Armin entrando na loja e indo diretamente para Adeline, que parecia conter seu sorriso, afinal, não era normal dar um sorriso apaixonado para um cliente.

Será que Alexander brigou com ele, ontem à noite?

Eles conversaram brevemente, e antes de ir embora, Armin olhou pela loja e me notou o observando, parecendo me reconhecer. Seu olhar não foi simpático, mas também não foi indiscreto.

Será que ele sabe que fui eu que...

Cruzei os braços, deixando minha posição clara, e ele deixou a loja. Me aproximei de Adeline, fingindo arrumar algumas araras de roupas.

— Aquele cliente não comprou nada... — comentei, como quem não queria nada.

Adeline pigarreou. — Ele queria saber os preços das meias, que sua mãe queria comprar algumas — respondeu, alisando alguns vestidos pendurados.

— Hm... — Fingi acreditar. — E disse a ele que ela precisaria estar junto para escolher os tamanhos?

— Sim, sim, disse. Talvez ele volte depois.

— Ah, sim...

Que vontade que me dá de soltar tudo o que eu sei e dizer como ela é mentirosa!

Antes que eu pensasse em algo a mais para dizer, Adeline foi atender uma cliente recém-chegada. Me concentrei em organizar alguns cabides fora do lugar e o dia seguiu normalmente, sem o retorno de Armin, como eu suspeitava. Me despedi das colegas e saí da loja no fim do meu expediente, pensando no que faria naquela noite. Assim que atravessei a rua, vi Armin caminhando na direção contrária que eu iria e parei.

O que ele estava fazendo ali? Será que planejava algo?

Decidi segui-lo a distância, agradecendo pelo movimento de pessoas estar grande àquela hora. Ele virou a esquina para a esquerda e continuei. Alguns passos à frente, ele virou novamente a esquerda e eu parei, notando que era um beco. Travei no lugar, pensando se devia continuar com a perseguição.

Talvez melhor não... Mas ele está fazendo algo tremendamente suspeito! Okay, eu apenas vou passar em frente e dar uma olhadinha...

Voltei a andar enquanto pegava uma moeda de meu bolso. O deixaria cair, assim poderia pegá-la e olhar, sem parecer suspeita.

Assim que alcancei a entrada do beco, derrubei minha moeda, mas antes que raciocinasse para abaixar, senti alguém segurar meu braço e me puxar para dentro da ruela.

— Está me seguindo, não é? — perguntou Armin, me soltando na parede.

— Se não fizesse coisas suspeitas não te seguiria — falei no mesmo tom acusador.

Ele riu brevemente, soando irônico. — E quem é a senhorita? Uma espiã?

— Eu sou o que a situação precisar.

— E o que quer de mim, além de dizer ao meu irmão que roubei seus poemas?

Acabei sorrindo. — Eu não disse que foi o senhor, eu apenas comentei e ele associou o óbvio.

— Ah, claro. Que cabeça a minha. — Continuou usando seu tom irônico. — Então diga, por que estava me seguindo? A senhorita só pode ser amiga da senhorita Legrand, não é? Quer dizer, não só me seguiu agora, como também me seguiu no pub na quinta-feira.

À Procura de Adeline LegrandOnde histórias criam vida. Descubra agora