54. Muitas Informações

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Oi, pessoinhas!

Curiosos para saber quem era a garota que olhava para Armin? Descobriremos hoje um pouco sobre ela.

Boa leitura!

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— Acontece que essa minha amiga está... sendo cortejada por esse homem. — Indiquei Armin com o queixo. — Mas o problema é que ela não me escuta e não percebe que tipo de homem ele é.

— Não entendo. O que tem de errado com ele? — perguntou com um tom defensor.

— Bom, ele não mora aqui, gosta de jogar, consequentemente de apostar, e ainda frequenta esse tipo de lugar. Não desmerecendo seu trabalho — acrescentei rapidamente. — Mas minha amiga é... tradicional, sabe? Romântica. Com certeza ela ficaria muito decepcionada se casasse com ele e depois descobrisse seus costumes.

— O senhor Fabre é um homem respeitável e honesto. Com certeza seria um bom marido.

É, estou vendo sim. — E você o conhece bem?

Seu olhar foi para ele, ainda de braços cruzados. — O suficiente para saber que ele é um bom homem.

— Eu não entendo... Você sente algo por ele, mas o defende para que ele se case?

Os olhos da garota ficaram levemente avermelhados, como se segurasse as lágrimas. — Sim, pois desejo o melhor para ele.

Mordi o lábio, um pouco incomodada com a forma que ela disse aquilo. Parecia que algo a impedia de se aproximar dele, e tudo o que poderia fazer era desejar que ele fosse feliz.

— Por quê...? Você também merece ser feliz...

Seu olhar levemente surpreso voltou-se para meu rosto. Aparentemente foi a primeira vez que ela ouviu tais palavras.

— Qual seu nome? — perguntei tranquilamente.

— ... Melody — respondeu, hesitante.

— Sou Heloise, muito prazer. — Sorri, estendendo a mão.

Um pouco receosa, aceitou e demos um aperto de mão rápido. — Por que quis saber meu nome?

— Não é o que fazemos quando conhecemos alguém? Educação acima de tudo. E além disso... você me parece... triste. Quer conversar? Sou uma boa ouvinte.

Melody deu um riso fraco. — Não, obrigada, seria perda de tempo.

— Para quem?

— ... Para nós duas.

— Não para mim, tenho a noite toda. E aparentemente meu companheiro está metade bêbado ali na mesa. — Apontei para Armand, tomando mais uma cerveja recém servida.

Ela sorriu. — É um comportamento completamente comum por aqui.

— É, eu imagino que sim... Sabe, eu suspeito que ele sinta algo por mim.

— Por que suspeita?

— Porque... Bem, ele demonstra um interesse... Estamos hospedados na mesma pensão e ele já me chamou para jantar duas vezes. Fora hoje, que foi até meu trabalho para me chamar para sair.

— Que bonitinho. — Descruzou os braços, encostando um deles no balcão, ficando de frente para mim.

— É bonitinho, mas... Eu não quero um relacionamento. Eu não moro aqui e não quero arranjar um marido que more aqui. Moro no interior com minha família e não quero deixá-los, entende?

— Hm... Entendo... E o que pretende fazer? Dizer a ele?

— Sim. Prefiro ser sincera, mesmo que isso o magoe.

À Procura de Adeline LegrandOnde histórias criam vida. Descubra agora