CAPÍTULO: 6

1.2K 96 15
                                    

CAPÍTULO: 6


Normani sentou-se em outra poltrona e sintonizou no canal. O apresentador do tele-jornal falava sobre as eleições para o senado. Depois, a notícia seguinte foi sobre um desastre de um avião bimotor no Texas. E então, o apresentador noticiou:

-- Agora, vamos à notícia do sequestro de Dinah Jane Hansen.

Milika falou com voz tensa:

-- Mani, mude de canal. Estou cheia de ver notícias violentas.

Normani a olhou surpresa.

-- Não gosta de noticiário? Espere um pouco... Só vou ver essa notícia.

Voltou a fitar a tv. Um repórter estava diante de uma mansão imponente. Ele explicou:

-- Há mais de uma semana, saindo dessa casa, Dinah Jane Hansen foi sequestrada por dois homens e até hoje não se sabe de seu paradeiro. Os familiares não querem falar com a imprensa e pediram à polícia para não interferir no caso, para facilitar as negociações com os sequestradores. Na tela da tv apareceu o rosto de uma mulher em close, enquanto  o repórter continuava:

-- O sequestro de Dinah Jane vazou para a imprensa devido ao depoimento de um empregado, que presenciou o sequestro. Dinah Jane Hansen é a herdeira principal da Hansen Corporation e sua fortuna é avaliada em  dez bilhões de dólares.

Normani olhava, estática, atônita. O rosto de Dinah Jane era o mesmo de Milika!

A foto mudou para outra, com Dinah Jane numa piscina. Nem duas irmãs gêmeas seriam tão idênticas. O mesmo olhar, o mesmo sorriso, as mesmas feições. A morena olhava as imagens petrificada. À custo conseguiu desviar a vista da Tv para Milika ao seu lado. Ela olhava para a Tv com os lábios trêmulos, pálida, com ar de culpa. E se Normani tinha alguma dúvida se elas eram a mesma pessoa, essa se desfez quando Milika a fitou com visível temor. Ela era Dinah Jane Hansen,  não havia dúvidas!

A notícia mudou para um tiroteio entre palestinos e judeus. Mas Normani nem via mais a tv. Seus olhos olhavam para a moça ao seu lado com raiva. A raiva de ter sido enganada. Ergueu-se e se plantou diante dela, furiosa, com as mãos na cintura. Ela a fitou com receio e ar de culpa, encolhendo-se no sofá.

-- Muito bem! - Disse Normani, sentindo-se usada e enganada - Conseguiu enganar-me muito bem, Dinah Jane Hansen! Não sabia que a minha hóspede era tão importante e mentirosa! É divertido representar, mudar de identidade, mentir, enganar?

Ela ergueu os olhos em súplica, tremendo.

-- Eu ia lhe contar! Mas tinha de conhecê-la melhor, antes! Tinha de adquirir confiança em você! E já estava começando, mas a notícia veio antes do que eu  esperava!

-- Mentira, você não ia me falar nada, estava se divertindo às minhas custas! Uma vítima de sequestro! Onde estão seus sequestradores? Ah, todo mundo vai pensar que eu a raptei! Você meteu-me numa confusão, está usando-me! - Gritou Normani, irada.

-- Deixe-me explicar! - Gritou a moça, com os olhos cheios de lágrimas.

A morena deu um soco no sofá, inclinando-se e a fitando de perto, nos olhos, com raiva.

-- Comece, então! Mas fale a verdade! Já mentiu demais!

Dinah Jane começou a falar, com voz trêmula, olhando para o chão:

-- No dia em que fui raptada, estava saindo com meu carro para ir ao cabeleireiro. Quando os portões de minha residência se abriram e eu avancei, um carro parou diante do meu. Foi tudo muito rápido. Dois homens saltaram do carro com meias no rosto, empunhando armas. Abriram a porta do meu carro e tiraram-me à força, arrastando-me. Fui empurrada para dentro do outro carro e eles arrancaram em alta velocidade.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora