CAPÍTULO: 30

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CAPÍTULO: 30

 

Normani ergueu-se e saiu da cozinha. Foi para a sala e jogou-se no sofá, enterrando o rosto nas mãos. O seu peito doía pelo esforço que fazia para não chorar. Helen veio atrás dela e aproximou-se, pousando a mão no ombro dela.

-- Normani, eu queria dizer que. . .

-- Deixe-me só! –Gritou Normani, com as mãos no rosto.

Helen empalideceu e recuou, com o sofrimento estampado no rosto. Voltou à cozinha, chorando silenciosamente.

Enxugou as lágrimas e colocou o frango na frigideira. Fritou, colocou em uma travessa. Fez a salada de batatas e arrumou a mesa. Voltou à sala, tentando mostrar-se calma.

Normani, com a cabeça recostada no encosto do sofá, olhava para o teto com uma expressão ausente.

-- Normani. . . – Chamou baixinho.

Ela olhou-a e sua expressão mudou, parecendo envergonhada. Ergueu-se.

-- Helen... desculpe o meu descontrole de há pouco. Estou intratável e não tinha o direito de gritar com você, em sua própria casa. Se quiser, vou embora agora. Deve estar arrependida de ter-me trazido para cá.

Helen sorriu com esforço, para não demonstrar seu sofrimento à Normani.

-- Não estou arrependida. Eu entendo que está com os nervos tensos. Isso vai passar com o tempo. Venha comer, Normani.

Normani a seguiu. Sentou-se à mesa, olhando para a comida.

-- Está com ótima aparência e cheirando bem – Disse, tentando espantar o clima pesado que criara – Já vi que é uma excelente cozinheira.

-- Obrigada. Vou serví-la.

Helen serviu-a e se serviu. Normani começou a comer, sem olhá-la. Parecia ainda envergonhada. Helen aproveitou para a observar, embevecida. Olhou os cabelos pretos e sedosos, os traços marcantes do rosto, as mãos de dedos longos e delicados. Era mesmo bela e atraente. Dela emanava uma atração tão forte,  que a fazia tremer.

Normani olhou-a . Sorriu. A crise havia passado.

-- A comida está ótima. Parabéns.

-- Que bom que gostou, Normani.

-- Vou lavar a louça para você. Não é justo que faça tudo.

Helen sorriu, olhando-a divertida.

-- Você, lavando louça? Não combina.

Normani a fitou erguendo as sobrancelhas.

-- Por que não combina? Sempre fiz isso!

-- Ah, não sei. . . não consigo imaginá-la lavando louça!

Normani sorriu.

-- Pois vai ver hoje.

-- Não, hoje não. Você fez uma viagem e está cansada.

-- Você está mimando-me, Helen . . .

-- Com muito prazer. Acabe de comer.

Terminaram de comer em silêncio. Helen recolheu as louças e as lavou, sob protestos de Normani. Enxugou tudo e foram para a sala. Helen instalou-se numa poltrona e Normani em outra ao lado.

-- Quer ver um pouco de televisão?

-- Tudo bem.

Helen ligou a tv. Fugiu dos noticiários, dizendo:

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora