CAPÍTULO: 56

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CAPÍTULO: 56



Finalmente nuas, os corpos se uniram, estremecendo. Sexo contra sexo, as bocas se sugando, mãos se acariciando com arrebatamento, corpos se movimentando freneticamente. O corpo de Dinah novamente em seus braços, se movendo de desejo! Era um sonho que se tornava realidade.

Dinah sentou sobre as coxas de Normani e empalou-se em seus dedos, movendo o corpo belíssimo e a fitando nos olhos apaixonadamente.

-- Sinta como estou, Mani! – Disse, com voz cheia de desejo – Toda molhada para você! Somente você me deixa assim, eu a amo!

-- Dinah! Oh, Dinah, meu amor!

O orgasmo sacudiu o corpo de Dinah em menos de três minutos, mas ela não parou. Ela deitou sobre Normani com a cabeça virada para o lado oposto ao da ruiva e enfiou-se entre as pernas dela, tomando o sexo na boca ansiosa. Normani não se fez de rogada e logo estavam fazendo um erótico 69, se sugando com loucura. Em pouco tempo atingiram o êxtase juntas, gritando.

-- Dinah! Amo-a! Amo-a!

-- Mani! Meu amor!

Mas não pararam. O desejo ainda era muito, a saudade era grande e não fôra aplicada naqueles momentos.

Normani lambia , cheirava , alisava, beijava, mordiscava,  fazendo tudo que podia naquele corpo divino que se contorcia de prazer.

Dinah apertava-a nos braços, beijava-a, mordiscava, sugava, sendo possuída, possuindo, numa troca de posições que deixava Normani fora de si, olhando-a com aqueles olhos magnéticos que enlouquecia Dinah ainda mais.

Somente o cansaço as fez parar. Esgotadas, suadas, mas se fitando apaixonadas, mãos entrelaçadas, olhos cheios de amor e felicidade, no enlevo do reencontro. No ar, um doce aroma dos corpos unidos.

E então, Dinah se debruçou para ela, encarando-a com amor.

-- Normani. . . que saudades senti de você, querida. . . sem poder ao menos vê-la. . . quase enlouqueci! Deus, que angústia senti nesses meses!

Normani a fitou com mágoa no olhar. Agora que podia raciocinar, pensava que Dinah estava viva porque havia simulado sua morte. Ela a havia enganado com uma farsa!

-- Dinah. . . então, aquela cena que presenciei, de você morta, foi uma farsa que você armou! Você enganou-me! –Acusou, com voz magoada.

Ela a encarou gravemente.

-- Foi necessário, Mani. Vou lhe contar tudo. . . Porque simulei a minha morte.

-- Você fez-me sofrer muito, Dinah.. . quase fiquei louca! Você enganou-me!  Sem pensar em meu sofrimento! – Tornou a acusar.

Ela acariciou seu rosto, fitando-a amorosamente.

-- Sei disso, meu amor. . . Mas foi necessário! E a idéia não foi minha. Foi Phil Scott quem planejou tudo.

Normani olhou-a admirada.

-- O quê?! Phil Scott quem planejou tudo?! Como assim? Ele sabia que você estava viva?

-- Sim. Vou contar : Phil Scott achou uma pista sobre  meu rapto. O homem que eu esfaqueei foi localizado, ele procurou um hospital e teve que deixar o nome. Inventou que tinha se  ferido em uma briga de bar. Scott o localizou e começou a seguí-lo. E o viu encontrar-se com Allyson e Gary em um bar. Dali, eles foram até um lugar deserto, perto do porto. E chegando lá, Gary saiu do carro com o homem e falou alguns instantes, até que sacou de uma arma e matou o homem com vários tiros. Ajudado por Allyson, empurrou o homem pela amurada do rio, jogando-o na água. Depois, foram embora.

-- Por que Scott não os prendeu nessa hora?

-- Além dele não estar em sua jurisdição, achou melhor pegá-los em uma situação mais propícia, quando sua ligação com o rapto fosse  mais evidente . E também ele estava sozinho, Gary estava armado e poderia escapar.

-- Que idiota! Perdeu a chance de pegá-los em um flagrante claro! Acho que Scott ficou foi com medo de ser alvejado!

-- Também achei isso, mas Scott disse-me que tinha seu plano para desmascará-los definitivamente.

-- Como você soube disso tudo?

-- Ele ligou-me e marcou um encontro sigiloso comigo. Lembra-se de uma tarde que não fui trabalhar? Falei que ia fazer umas compras e saí mais cedo?

Normani franziu o cenho.

-- Lembro vagamente. . . achei estranho, mas não dei muita atenção. Eu confiava em você.

-- Pois bem, naquele dia fui encontrar-me com Scott. Ele havia pedido sigilo absoluto, inclusive com você. Se eu chegasse acompanhada, ele iria embora. Concordei, pretendendo falar com você depois.

-- E por que não falou?

-- Porque ele me contou coisas graves, sobre o envolvimento de Allyson e Gary com o rapto e o crime. E me expôs o plano para pegá-los.

-- E que plano era esse?

-- Simular minha morte. Eles não iriam ficar quietos, precisando de dinheiro e você tendo herdado tudo. Gary precisava de um milhão de dólares para pagar dívidas de jogo, por isso raptou-me. Minha mãe não tinha esse dinheiro em caixa para dar à ele, que já vinha dilapidando tudo que ela tinha em presentes caríssimos à Allyson e em viagens.

-- Ah, então eu serviria de isca , para eles tentarem alguma coisa!

-- Sim. Mas nós pensávamos que eles iam tentar raptá-la, como fizeram comigo. E Scott ficaria vigiando você constantemente, escondido. Se eles tentassem o rapto, Scott os seguiria com a polícia e seria feito o flagrante, desmascarando-os. Mas eu não concordei, à princípio. Não queria separar-me de você e colocá-la em risco. Ele convenceu-me dizendo que a protegeria todo o tempo e interviria em caso de perigo. Aleguei que para isso, ele teria de ficar ausente de sua cidade e não poderia trabalhar lá. Então, ele fez-me a proposta: largaria seu emprego e se dedicaria à esse caso, solucionando-o, se eu pagasse um milhão de dólares. Protegeria você de todos os riscos e nós ficaríamos livres das ameaças de Gary e Allyson, que mesmo comigo à frente dos negócios, poderiam tentar nos matar, para minha mãe herdar tudo e ele extorquí-la. Eu precisava desmascará-los, Normani! E só havia essa alternativa. E você não poderia saber do plano porque era muito arriscado e você não é uma atriz, para representar convincentemente seu papel.

-- E então, vocês armaram aquela farsa de sua morte.

-- Era preciso, Normani. Scott planejou tudo. Orientou-me para ir para seu rancho naquele sábado. Estaria lá esperando-me. Eu tomei as providências no testamento, depositei o dinheiro em sua conta, para não lhe faltar nada material, e fomos para o rancho. Ah, como foi difícil aparentar alegria para você, sabendo que ia deixá-la! Mas eu tinha de agir com naturalidade. Quando saí para apanhar a lenha, olhei-a na cama e quase desisti do plano. Não queria deixá-la. Mas  Scott estava lá fora, esperando-me. Eu não sabia os detalhes do plano, como se daria minha morte aparente. Sabia apenas que naquele momento tudo começaria e eu não  a veria mais, por um longo tempo. Saí e encontrei Scott. Ele então contou-me que eu teria  de me fingir de morta para você. Recusei no início, discutimos, mas ele ameaçou largar tudo, que tinha de ser daquele jeito. Eu concordei finalmente, preocupada com o choque que você iria ter ao me ver “MORTA”.

Ele fez uma marca em minha testa, colocou sangue de coelho em meu rosto e deitou-me no chão, orientando-me como ficar. E escondeu-se, esperando.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora