CAPÍTULO: 17

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CAPÍTULO: 17


A Hansen Corporation ficava em um suntuoso edifício em Wall Street, em um dos trechos mais nobres. O edifício de quarenta andares era todo de vidro fumê, com o logotipo da empresa no alto, um disco  negro com as letras H e D douradas e entrelaçadas. Dinah desceu do táxi com Normani e sorriu levemente ao vê-la olhando para a luxuosa entrada com ar impressionado.

-- Depois da minha posse, teremos a limusine da presidência com motorista para buscar-nos em casa, Mani . – Comentou.

Normani a fitou sorrindo. Dinah havia colocado um blazer  rosa salmão, com saia preta, meias e sapatos de saltos altíssimos negros. Um par de brincos de ouro completava sua elegância feminina e envolvente.

Normani não ficava atrás, em elegância. Vestida com um “tailleur” cinza –pérola, blusa de seda branca, meias e sapatos de salto alto negros, tudo comprado nas melhores lojas de New York, completados por uma maquiagem leve e pequenos brincos de diamantes, presente de Dinah. Estava parecendo mesmo uma executiva de alta classe e sentia-se bem naquelas roupas. Correspondia ao que a loira queria dela.

-- Vamos ?  - Perguntou Dinah, esperando-a .

Normani olhou-a e assentiu. Entraram no prédio e avançaram pelo saguão até  onde duas recepcionistas uniformizadas elegantemente de negro, que as receberam com sorrisos cordiais.

-- Desejam falar com quem, senhoritas?

Dinah sorriu quase imperceptivelmente.

-- Sou Dinah Hansen. A diretoria está à minha espera. E esta é Normani kordei, minha assistente.

As recepcionistas a olharam surpresas e impressionadas. Verem Dinah Hansen em pessoa era um fato raro, mas se recuperaram e chamaram o segurança, que estava ao lado.

-- Acompanhe as senhoritas Hansen e Kordei até o elevador privativo, Joey.

O segurança procurou dar o melhor sorriso, fazendo um gesto para que é o seguissem.

-- Por favor, senhoritas. . .

Elas o seguiram até um conjunto de elevadores. Ele retirou uma chave do bolso e abriu o último elevador, fazendo uma mesura para que entrassem. Dinah entrou, seguida de Normani, e ele acionou o elevador, explicando:

-- Este elevador é privativo da presidência, senhorita Hansen. Só pára no andar da presidência e somente o presidente e eu temos a chave. É para lá que vai, não é?

-- Sim. Providencie duas chaves, Joey. Uma para mim e outra para minha assistente, a senhorita Hansen.

Ele assentiu, pressuroso. Em menos de um minuto chegaram  ao andar e o elevador abriu as portas. Dinah olhou para o segurança, saindo de elevador.

-- Que andar é esse ?

-- O quadragésimo.

-- Obrigada.

Um  homem  magro  de  cabelos  
grisalhos, vestido com um impecável terno escuro, estava no hall esperando-as e estendeu a mão para Dinah com um sorriso cordial, mas seus olhos demonstravam seu mal-estar.

-- Seja bem-vinda, Dinah! Minha secretária  avisou-me de sua chegada e fiz questão de vir recebê-la pessoalmente!

Dinah apertou a mão dele e voltou-se para Normani, que se conservava alguns passos atrás.

-- Henry, esta é Normani kordei. , apresento-lhe Henry Parson, o presidente da Hansen Corporation.

Ele estendeu a mão para Normani com um sorriso frio.

-- Muito prazer, senhorita. Conheço-a pela tv, por ocasião da libertação  de Dinah.

Normani sorriu para ele, apertando a mão gelada.

-- Igualmente, Parson.

Ele olhou para o relógio de pulso.

Bem, faltam quinze  minutos para começar a reunião. Querem aguardar em meu gabinete?

-- Não, Henry – Disse Dinah – Viemos mais cedo para conhecer as instalações desse andar. Ainda não as conheço. Sua secretária pode nos mostrar tudo?

Ele sorriu forçadamente.

-- Lógico. . . venham, sigam-me.

Ele abriu uma porta de vidro fumê onde se lia em letras douradas: RECEPÇÃO.

Normani é Dinah entraram e se viram em uma luxuosa sala , com quadros abstratos, toda atapetada e com várias poltronas de couro negro e uma mesa, onde uma recepcionista já os aguardava em pé. Henry nem a olhou, dizendo impessoalmente:

-- Aqui é a recepção, onde qualquer pessoa que queira falar com o presidente deve anunciar-se.

Dinah sorriu para a recepcionista, que a olhava com um sorriso cordial.

-- Como se chama , senhorita?

-- Marge, senhorita Hansen – Respondeu, respeitosamente.

-- Muito prazer, Marge.

Olhou para Henry, que as olhava contrafeito.

-- Continuemos, Henry.

Ele atravessou a sala e abriu uma porta, anunciando:

-- A sala das secretárias.

Entraram. Em uma sala também bem decorada, duas moças impecavelmente vestidas os olharam, sentadas atrás de duas mesas. Elas digitavam em dois computadores, mas se ergueram interrompendo o trabalho.

-- Minhas secretárias, June e Helen – Disse Henry, agora mais pessoal – Senhoritas, estas são Dinah Jane Hansen e Normani kordei.

Dinah aproximou-se e estendeu a mão. Elas a apertaram com certo constrangimento, mas sorriram cordialmente.

-- Muito prazer, garotas – Disse Dinah Jane.

-- June é a principal e Helen a sua auxiliar – Informou Henry, com voz fria.

Dinah voltou-se para ele displicentemente.

-- Pode deixar-nos com suas secretárias, Henry. Quero dar umas palavrinhas com elas. Pode ir ver se todos já chegaram, enquanto isso?

Ele a olhou contrariado, mas assentiu e saiu da sala.

Dinah olhou para June e Helen, que se conservavam de pé como que aguardando uma ordem.

-- Uma de vocês poderia mostrar-nos as instalações do andar? Quero saber como estão distribuídas as salas.

Normani olhou para June. Era alta e esguia, os cabelos presos em um coque, maçãs do rosto salientes, olhos negros. Era mais atraente que bonita. Parecia ser uma secretária discreta e competente, à primeira vista.

Helen era loura, de olhos azuis. Tinha traços delicados e um corpo bem proporcionado. Olhava-a com evidente curiosidade, talvez imaginando quem era Normani. Era mais bonita que June, mas não parecia ter a forte personalidade da outra.

June olhou para Helen, adiantando-se.

-- Vou mostrar as salas, Helen – Disse – Por favor, atenda aos telefones enquanto faço isso, está bem?

Virou-se para Dinah com um sorriso cordial.

-- Acompanhe-me, por favor.

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