CAPÍTULO: 16

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CAPÍTULO: 16

Dinah respirou fundo e avançou para o vestíbulo, com Normani ao seu lado. Abriu a porta de saída e saiu. Olhou para Normani com ar consternado.

-- Mani, peço mil desculpas pelos insultos de minha mãe. Você não merecia ser tratada tão mal. Mamãe foi muito pior do que eu esperava, sinto muito mesmo, nem sei o que dizer.

Normani sorriu, tentando acalmá-la. Dinah tremia.

-- Eu esperava por algo assim. Por isso não queria vir. Mas foi bom ter vindo. Sei agora avaliar tudo que nos espera e sei o que sua família pensa de mim.

Ela a fitou amedrontada.

-- Quer desistir de ficar comigo? Acha que será muito duro enfrentá-los?

Normani a olhou com um olhar que Dinah ainda não tinha visto. Um olhar cortante como aço.

-- Eu, desistir? Você não me conhece, Dinah! Sou uma pessoa determinada, as dificuldades são para serem vencidas! Depois que sua mãe disse-me essas coisas, estou determinada a provar à ela e aos outros que não sou uma mulher fraca, que eles terão que me engolir goela abaixo!

Dinah a fitou impressionada. Sorriu, mais confiante.

-- Mani, perto de você não tenho medo de nada. Você transmite energia e coragem. Com você ao meu lado, vou enfrentar todos que sempre conseguiram intimidar-me.

Normani sorriu. Seu olhar se abrandou.

-- Conte comigo, garota.

Um Mercedes branco, dirigido pelo motorista, parou diante da porta. O homem desceu e entregou as chaves a Dinah.

-- Obrigada, Thomas. Os documentos estão no carro?

-- Sim, miss Hansen. No porta-luvas.

-- Vamos, Mani.

Dinah entrou no carro, seguida por Normani. Colocou a maleta no banco traseiro e arrancou, saindo pela alameda que conduzia à rua. Normani a olhou. As mãos de Dinah estavam contraídas no volante, denunciando seu nervosismo.

-- Calma, Dinah. Já passou. Não fique assim nervosa – Aconselhou, comovida.

Ela sorriu, olhando-a de soslaio.

-- Sei de uma coisa que irá descontrair-me completamente.

Normani riu.

-- Se depender de mim, não se preocupe.

Dinah ficou séria. Estava tentando gracejar para desfazer o clima ruim que a mãe criara, mas Normani sabia que ela estava muito magoada com as palavras duras da mãe, cheias de rancor.

Ela ficou calada o resto do trajeto e Normani respeitou o silêncio dela. Deixou-a à vontade com os seus pensamentos. Somente quando chegaram no apartamento, Normani voltou a falar, vendo-a colocar a maleta dentro de um armário.

-- Não seria melhor guardar essas coisas em um cofre ?

Ela aproximou-se e abraçou Normani. Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

-- Oh, Mani! Agora só tenho você! Prometa que nunca vai deixar-me, prometa. . . – Disse, com voz trêmula.

Normani sentiu a sensação de fragilidade e insegurança dela. Olhou-a nos olhos com ternura.

-- Prometo, meu amor. . .

Beijou-a carinhosamente, apertando-a nos braços. Sentia o tremor dela, seu nervosismo e tristeza. Dinah agora parecia uma criança que fora magoada por um castigo injusto e cruel. Sentiu vontade de dizer que a entendia, que queria protegê-la de pessoas que a ferissem, mas achou melhor apenas acariciá-la. Puxou-a para a cama em um abraço, sem deixar de beijá-la. Alisou os cabelos macios, distribuindo cálidos beijos pelo rosto.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora