CAPÍTULO: 54

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CAPÍTULO: 54


Continuação... 

 

-- Não, mas não se preocupe. A viagem será rápida. Quer passar
na casa dos Hansen para trocar as roupas?

Ela o olhou indecisa.

-- Acha que seria certo? Allyson e Antony estão ausentes e não vi nenhum empregado por lá.

-- A casa está aberta. Allyson e Gary saíram tão concentrados no plano que esqueceram de fechar a casa. Allyson agora voltou a ser o que era antes: uma vagabunda sem nada.

Normani o fitou surpresa.

-- Como  assim?

Ele a encarou, sorrindo.

-- Não sabia? Allyson era cantora numa boate de segunda classe, quando Antony a conheceu. Ele apaixonou-se por ela e se casaram, mesmo contra a vontade de Mary e do pai de Dinah. Por isso o pai deixou a maioria das ações para a filha.

-- Scott, ela disse-me que era de família rica, que sempre teve tudo! Que o dinheiro de Antony não fazia falta para ela! Meu Deus, mais uma mentira!

Ele a olhou, sorrindo com malícia.

-- Ela a enganou de todos os modos, heim?

Normani corou, envergonhada.

-- Aquela vagabunda. . . fui mesmo uma idiota, Scott.

-- E então? Vamos lá apanhar suas roupas?

-- Vamos. Poderei trocar de roupas e tomar um banho. Pelo menos, isso. Estou toda amarrotada e com os tênis úmidos. E estou sentindo o sal da água do mar grudar meus cabelos e pele.

-- Muito bem, vamos lá.

Ele a conduziu até um carro e partiram. Chegaram à casa em menos de quinze minutos. Entraram e Normani foi até o quarto que deixara sua mochila. Tomou um banho no banheiro anexo e vestiu calças compridas brancas, blusa de algodão azul, casaco e trocou os tênis. Colocou tudo na mochila e desceu. Scott a esperava no living.

Ouviu um ruído inesperado, quando saíram da casa. Olhou para cima e viu um helicóptero que se aproximava.

-- Ah, vieram nos apanhar – disse Scott – A pessoa que quer vê-la mandou o helicóptero. Eu liguei enquanto você tomava banho, dizendo que estávamos aqui.

Normani o olhou sorrindo.

-- É tão longe assim, onde essa pessoa está, para precisar de um helicóptero?

-- Mais ou menos. Confie em mim.

Normani mordiscou os lábios, preocupada.

-- Olha, se não estivesse tão curiosa, desistiria. Toda vez que ando em um aparelho desse, me acontece algo grave.

-- Dessa vez, não terá esse azar. Vamos.

O helicóptero baixou lentamente e aterrissou. Scott falou rapidamente com o piloto e fez sinal para Normani aproximar-se e embarcar. Ela embarcou com ele e o aparelho elevou-se no ar, tomando a direção oeste.

Normani viajou pensativa, lembrando os últimos acontecimentos. Como havia sido tola, em acreditar em Allyson! Mas agora ela ia pagar pelos seus crimes. E agora, tinha nojo em pensar que possuíra aquela víbora. Ah, nunca mais conheceria uma mulher como Dinah! Ela que havia sido seu único e verdadeiro amor!

Só prestou atenção na viagem quando o helicóptero começou a baixar. Olhou para baixo e empalideceu. O aparelho estava pousando em seu rancho, onde Dinah havia sido assassinada!

Voltou-se para Scott, furiosa.

-- Que brincadeira é essa? Este é o meu rancho!

Ele a olhou com um sorriso divertido.

-- Eu sei.

-- Você enganou-me, dizendo que íamos ver a pessoa que mandou aquela mensagem e pagou-o para proteger-me!

Ele a olhou calmamente.

-- Não enganei. Essa pessoa está aí, à sua espera. Combinamos nos encontrar aqui.

-- Por que aqui? Isso é algo sádico! Sabe que eu não queria mais vir aqui nunca mais!

-- Acalme-se!

O helicóptero pousou. O piloto voltou-se para eles.

-- Podem descer.

Normani respirou fundo para acalmar-se, abriu a porta e saltou. Voltou-se, esperando Scott acompanhá-la. Mas ele apenas jogou-lhe a sua mochila e gritou para o piloto levantar vôo.

-- Scott! – Gritou, furiosa, vendo o aparelho elevar-se – Seu filho da puta! Volte aqui!

Ele acenou sorrindo e o helicóptero afastou-se, sumindo entre as colinas arborizadas.

Normani olhou em volta, ainda furiosa. Tudo estava como antes.
A casa, o Roover diante dela, a paisagem em volta. Mas agora tudo aquilo a deprimida muito. Fôra ali que Dinah perdera a vida.

A noite já começava a principiar. Era melhor entrar, do que ficar ali no escuro. Se alguém estava mesmo esperando-a, devia estar lá dentro.

Avançou em passos lentos, tensa. Subiu os degraus da varanda, chegou diante da porta de entrada. Girou a maçaneta. A porta estava apenas encostada. Empurrou-a e entrou, olhando em torno. A sala estava vazia, com tudo como deixara.

-- Há alguém aí? – Gritou.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora