CAPÍTULO: 35

232 19 3
                                    

CAPÍTULO: 35
 

A campainha da porta tocou, despertando-as. Helen apanhou um robe de seda e enrolou-se nele, olhando para Normani, que a fitava assustada.

-- Vou atender. Fique aí.

Correu para a porta e abriu-a, deixando a corrente de segurança. Um homem alto e magro, vestido com um terno impecável, lhe sorriu. Trazia uma pasta de couro na mão.

-- Senhorita Normani kordei? Sou Mark Ford, advogado. Posso falar com a senhorita um instante?

Helen tirou a corrente e abriu a porta completamente, fazendo um gesto para ele entrar. Ele passou por ela e parou no meio da sala. Helen fechou a porta e voltou-se para ele.

-- Não sou Normani, ela está dormindo. Um momento. Vou chamá-la.

Ele sorriu, assentindo.

Helen voltou ao quarto e fechou a porta. Aproximou-se de Normani, que sentara na cama, completamente nua.

-- Um advogado, Mark Ford, deseja falar com você. Está esperando na sala. Você o conhece? – Cochichou.

Normani franziu o cenho.

-- Não.

-- Ele não me é estranho. Acho que o vi na empresa.

-- Ah! Deve ter vindo trazer a minha destituição! – Disse,  levantando-se – Mas como ele soube que eu estava aqui?

-- Não sei, somente eu e Phil Scott sabemos.

Normani vestiu suas roupas que estavam sobre a poltrona, rapidamente. Passou as mãos pelos cabelos revoltos e foi para a sala, junto com Helen.

Mark Ford continuava no mesmo lugar. Ele lhe estendeu  a mão, sorrindo.

-- Senhorita kordei, muito prazer. Sou Mark Ford, advogado.

Normani apertou a mão dele e fez um gesto para ele sentar, sentando-se no sofá. Ele sentou ao  seu lado.

-- Estou curiosa sobre o motivo de sua visita, Mr. Ford.

Helen avisou que ia fazer um café e saiu da sala.

Ford abriu a pasta  que trazia e retirou duas folhas de papel, explicando:

-- Venho da parte de Wilfred Thompson, o tabelião depositário de Dinah Hansen. Estamos notificando as pessoas contempladas para a abertura do testamento, que será amanhã. Há vários dias estamos tentando encontrá-la, senhorita. Fui ao apartamento que residia na Quinta Avenida, mas disseram que não estava mais lá.

-- Como conseguiu localizar-me?

-- Recebemos um telefonema, dizendo para procurá-la neste endereço.

-- Um telefonema? De quem?

-- A pessoa não quis identificar-se. Era um homem.

Normani estava surpresa e assustada. Quem sabia onde ela estava? Somente Phil Ascott sabia, e prometera sigilo. E por que o homem não havia se identificado? E agora, aquela notícia sobre a leitura do testamento! Não era parente de Dinah, sabia que somente as pessoas da família ou citadas em um testamento, eram convidadas para a abertura do documento. E Mark Ford dissera que ela era uma das contempladas!

Ele estendeu as duas folhas de papel e uma caneta.

-- Por favor, assine as duas vias.

Normani olhou o documento. Era um convite para comparecer à leitura do testamento, na residência dos Hansen, às cinco da tarde do dia seguinte. A convocação era do tabelião Wilfred Thompson.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora