CAPÍTULO: 48

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CAPÍTULO: 48


O final da semana chegou. O dia estava esplêndido, o céu azul com poucas nuvens, o sol brilhando junto com uma brisa refrescante, bem apropriado para um final de semana na praia.

Normani o havia aguardado ansiosamente. Finalmente ia conhecer Antony mais profundamente, observar o comportamento dele, as palavras, analisar tudo à procura de uma pista que a levasse ao assassino de Dinah.

Allyson havia combinado com ela que se tratariam sem muita intimidade, para Antony não desconfiar do que havia entre elas. Na semana que havia passado haviam se encontrado diariamente, das três da tarde às seis, no apartamento de Normani. Allyson a esperava no estacionamento de um shopping, deixava o carro lá e ia com Normani em um táxi para o apartamento dela, onde se amavam incansavelmente, fazendo loucuras. Depois Normani a levava de volta ao estacionamento e Allyson ia embora.

Normani sentia-se muito atraída por Allyson. Ela era linda, deliciosa e fogosa em uma cama, sempre pronta para amar. Mas a lembrança de Dinah ainda estava forte em sua mente. Desejava Ally, mas não a amava. Mais uma que passaria em sua vida sem marcar, como outras que tivera.

Sabia que Allyson também sentia apenas desejo por ela. Nunca, fora de sexo, lhe dizia uma palavra de carinho. A ligação delas era toda centrada em atração sexual. E sentia-se aliviada com isso. Quando a paixão acabasse, cada uma iria para um lado, sem dramas e sofrimento. Para ela, era indiferente se Allyson ia continuar casada com Antony ou divorciar-se dele, porque seus planos não eram viver com Allyson.

Alugou um helicóptero, porque não queria enfrentar a estrada e Ally havia informado que a casa tinha campo de pouso para o aparelho. Inevitavelmente, lembrou da viagem que fizera com Dinah em um aparelho semelhante. A diferença é que agora ia sozinha para o encontro de um provável inimigo, e não  para um final de semana de amor.

A viagem foi rápida e tranqüila. O sol queimava e lá embaixo o mar brilhava, com reflexos prateados das ondas riscando o azul metálico do mar.

O helicóptero chegou ao seu destino. Normani olhou para a bela residência com atenção, quando o aparelho sobrevoou o local para verificar a área destinada para o pouso.

Era uma bela casa de veraneio, de pedras e madeira, em uma elevação. Na frente havia um cais para atracação de barcos e nos fundos uma imensa piscina, em meio ao gramado. O aparelho pousou e Normani abriu a porta e saltou, encolhendo-se instintivamente por causa do movimento das hélices, que movimentavam o ar. O piloto esperou ela afastar-se e decolou novamente, se afastando.

Normani olhou em volta e viu Allyson acenando, perto da entrada da casa. Caminhou para ela, pensando onde estaria Antony. Se ele queria ser gentil com ela, deveria ter vindo recebê-la na chegada. Ally estava de short branco e blusa azul-marinho. Os tênis com meias davam-lhe um ar bem juvenil. Normani olhou para Ally sorrindo, quando chegou perto dela. Allyson sorria alegremente, mas seu olhar parecia preocupado.

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A PARIR DAQUI A HISTÓRIA VAI COMEÇAR, 🤔🤔🤔 QUEM SERA QUEM MATO DINAH??

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-- Fez boa viagem, Normani? – Perguntou ela, sorrindo.

-- Sim. Onde está o seu marido? Pensei que ele fosse fazer a gentileza de vir receber-me.

Ally passou o braço no seu, encarando-a.

-- Ele mandou pedir desculpas a você por não estar aqui para recebê-la, Normani. Houve um contratempo desagradável: a minha sogra, Mary, apareceu aqui com o marido, Gary. Como ele sabe que ela odeia você, levou-a para um passeio de barco, antes que você chegasse, para evitar uma cena constrangedora.

Normani a encarou séria.

-- Não quero criar nenhum problema para vocês. Vou embora agora.

-- Não, não é necessário! Mary vai ficar na casa de  uma amiga que tem no outro extremo da praia! Ela só passou aqui para apanhar uns objetos que esqueceu, quando nos acompanhou em um final de semana!

-- Bem, vocês que sabem... não me importo de chamar o helicóptero novamente, ou chamar um táxi para buscar-me. Só não quero aborrecer-me com Mary.

-- Não se aborrecerá, garanto. Venha... vou mostrar a casa. O dia está quente e um martini com gelo irá deixá-la mais descontraída.

Entraram na casa. Era moderníssima, a decoração em móveis de madeira rústica, vidraças amplas dando vista para o mar, sofás brancos com almofadas coloridas, peças de porcelana decorativas e plantas, tudo espaçoso, arejado e de bom gosto. Allyson mostrou-lhe o living, o salão de refeições, o imenso bar, o salão de jogos, a biblioteca, a sala de som, a imensa cozinha e os lavabos para visitas.

Ally olhou-a significativamente e piscou um olho, dizendo:

-- Agora, vai conhecer o  quarto onde vai ficar, no segundo pavimento.

Normani hesitou, percebendo as intenções dela.

-- Não é melhor deixar para depois? O seu marido pode chegar e talvez não goste de ver-nos lá em cima.

Ally riu, puxando-a pela mão.

-- Que é isso, Normani! Só vou mostrar os quartos! Você vai trocar essa roupa, não?

Normani concordou. Estava exagerando suas prevenções. Seguiu Ally, subindo os degraus.
O segundo pavimento tinha um imenso terraço com plantas ornamentais e cadeiras de vime, para o qual davam os quartos da casa, que eram sete, todos com banheiros anexos.

Ally mostrou apenas um, dizendo sorrindo:

-- São todos iguais, apenas com diferenças na decoração. Não precisa ver todos. Esse aqui está destinado à você.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora