CAPÍTULO: 55

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CAPÍTULO: 55

 

Ninguém respondeu. A única claridade que iluminava o ambiente era uma lâmpada acesa na cozinha. Quem a acendera? Quando havia ido embora, apagara todas as luzes.

Cautelosamente, foi até a cozinha. Ninguém. Voltou à sala e subiu as escadas que levavam para o segundo pavimento.

A porta do quarto estava entreaberta e uma réstia de luz iluminava o corredor. Normani sentia os nervos tensos. Quem seria essa pessoa, que escolhera este local para vê-la? Helen, tentando uma reaproximação?

Chegou diante da porta e depois de hesitar, empurrou-a, abrindo-a completamente e dando um passo para dentro. Parou arregalando os olhos e sentindo o coração disparar loucamente com o susto. Não, não era possível! Estava tendo uma alucinação!

Dinah, sentada na cama, a olhava com aqueles inesquecíveis olhos claros.

Normani ficou paralisada, sem voz. Não acreditava em fantasmas, mas naquele momento, acreditou. Ficou fitando Dinah imóvel, com medo até de respirar.

Dinah ergueu-se lentamente e a fitou com o mesmo amor de antes. Estava mais linda do que nunca, naquele vestido azul.

-- Mani! – Disse com voz trêmula de emoção, os olhos enchendo-se de lágrimas – Sou eu mesma, sua Dinah! Não sou um fantasma, estou viva! Não tenha medo. Voltei querida!

Normani continuava muda e paralisada. Não conseguia falar ou mover-se. Sua cabeça parecia dar voltas, a dúvida de que estava diante de Dinah mesmo, ou tendo uma alucinação, a desesperava e apavorava. Tinha enlouquecido, depois dos últimos acontecimentos?

Dinah deu alguns passos para ela, olhando-a nos olhos com paixão, amor, angústia, ansiedade, tudo mesclado naqueles olhos mel maravilhosos, que Dinah nunca esquecera. A voz dela saiu trêmula:

-- Mani, eu a amo mais do que nunca! Que saudades, meu amor! Por favor, diga alguma coisa! Diga que não esqueceu-me, que ainda me quer!

Normani viu a sombra dela projetada no chão. Fantasmas não fazem sombra. Deus, não era uma alucinação! Era ela mesma, viva!

-- Dinah. . . – Conseguiu falar, recuperando a voz, que saiu trêmula – Meu Deus, é mesmo você, viva? Não estou tendo uma alucinação?

Ela aproximou-se mais. À  um passo parou, fitando-a apaixonadamente.

-- Mani, sou eu mesma, viva! Oh, querida! Há quanto tempo queria estar com você, poder falar-lhe, sentí-la! Como sofri, longe de você!

Normani estendeu as mãos e tocou-a no rosto, hesitantemente. Sentiu o calor da pele, a maciez, sentiu o cheiro delicioso do perfume dela exalando do corpo. Tudo nela era real!

-- Oh, Deus! –Ofegou, olhando-a incrédula ainda, mas sentindo a imensa alegria do reencontro tomar seu coração de assalto – Dinah! Você não morreu! Meu Deus! Oh, não é verdade, é um sonho! É maravilhoso demais para ser realidade!

Lágrimas de felicidade deslizaram pelo seu rosto.

Dinah deu outro passo e abraçou-a apaixonadamente, colando-se em seu corpo, apoiando a cabeça em seu ombro e balbuciando, em um transporte emocional:

-- Meu amor, meu amor. . . oh, como a amo, adoro-a!

Normani apertou-a contra si, sentindo uma emoção infinita, ao tê-la novamente nos braços. Não queria saber de mais nada, se era milagre ou loucura, só queria desfrutar a maravilhosa realidade de poder novamente abraçá-la, beijá-la, sentir o toque e o cheiro da pele, ouví-la!

Ergueu o rosto dela entre as mãos e olhou-a nos olhos. Viu neles tanto amor que ficou estática, olhando-a embevecida e fascinada.

-- Dinah. . . meu inesquecível amor! – Sussurou.

Ela ergueu as mãos e puxou sua cabeça para o encontro das bocas ansiosas.

Ah, sentindo novamente aquela boca macia e quente contra a sua , os lábios sugando os seus, a língua cariciosa tocando a sua, as salivas se misturando no beijo frenético, com a sede da saudade!

Dinah espremia-se contra Normani, as mãos enterrando-se nos cabelos, trêmulas de paixão. Mani a apertava em um abraço sufocado, vibrante de emoção e saudade. Seus corpos unidos estremeciam juntos na mesma emoção.

Normani finalmente afastou a boca para olhá-la, mas Dinah começou a beijar seu rosto todo, fora de si, chorando de emoção. Normani segurou-a pelo queixo e a beijou na boca outra vez, alucinada. O beijo foi tão violento que sentiu os dentes dela contra os seus. Ficaram quase um minuto  naquele beijo louco.

Foi Dinah quem  se afastou, para dizer ofegante, com os olhos acesos pelo desejo que a alucinava:

-- Me possua, meu amor. . . preciso sentir você mais... Não agüento mais a saudade... Meu amor, só meu!

-- Dinah. . . minha Dinah. . .

Foram se arrastando para a cama, agarradas. Caíram nela e ansiosas, loucas de desejo, foram arrancando as peças de roupas entre beijos famintos, olhos nos olhos, numa paixão alucinante. Choravam de emoção, à cada toque, à cada beijo.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora