CAPÍTULO: 42

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CAPÍTULO:  42

 

Normani sorriu. Ergueu também a taça e bebeu um gole. Allyson a olhava com atenção, notando seus mínimos gestos.

-- Por que me chamou aqui, Allyson? Foi Antony quem a mandou? O que deseja de mim?

Ela sorriu com admiração.

-- Eu imaginava que você era muito inteligente. Não me enganei.

-- Sei muito bem que esse rodeio todo está fazendo esconde um motivo maior, para ter-me convidado para vir aqui. Seja direta. Economizará tempo e palavras - Disse, com voz fria.

Ela a olhou ofendida.

-- Não está apreciando a minha companhia?

Normani debruçou-se para frente, olhando-a nos olhos com firmeza.

-- Você é uma mulher linda, Allyson. Muito desejável. Sabe bem o que gosto e não preciso disfarçar. Mas apreciaria a sua companhia se estivéssemos aqui por atração mútua, mas não é esse o caso. Portanto, seja direta.

Allyson baixou os olhos. Quando os ergueu novamente, seu olhar havia mudado. Agora estava sombrio como um lago escuro.

-- Tony precisa de um empréstimo de três milhões de dólares – declarou, com voz tensa – e a Hansen Corporation pode emprestar esse dinheiro, mas o liberará somente se a presidente autorizar.

Normani sorriu com ironia.

-- Então, é isso... E ele sabe que não conseguiria essa autorização de mim e enviou você para convencer-me.... Porque sabe do que eu gosto e mandou a mulher, bela e atraente, certo que eu não negaria, envolvida pelo seu charme. . .

Allyson, dessa vez, enrubesceu violentamente. Mas continuou, como se não tivesse ouvido seu comentário:

-- Ele pagaria essa quantia em três vezes, com juros.

-- E as garantias?

-- Ele é acionista da empresa. Parte das ações entrariam como garantia.

Normani sorriu. Tomou outro gole de martini. Olhou-a com um olhar especulativo, percorrendo os olhos, a boca, desceu para os seios, as mãos. Voltou para o rosto. Allyson estava vermelha, fitando-a com certo embaraço.

-- Você está incluída no pacote?

Ela a fitou confusa.

-- Como assim?

Normani sorriu maliciosamente, olhando-a nos olhos.

-- Perguntei se você faz parte do trato. Claro, para eu concordar com isso, tenho que ter minha compensação.

Ela dessa vez, ficou pálida. Os olhos a fitaram acesos como duas tochas.

-- Eu não estou à venda! – Disse, em tom indignado – Não sou objeto de prazer, Normani kordei!

Normani ergueu as sobrancelhas.

-- Ah, não? Que pena! Mas penso que seu marido acha isso. E canalha como é, enviou-a como isca, mesmo sabendo que eu poderia querer algo mais com você. Minha resposta é não, Allyson. Não liberarei um centavo para Antony Hansen. E você, perdeu seu tempo e jogou charme à toa.

Allyson ficou olhando-a uns instantes em silêncio, assimilando suas palavras. Então, surpreendentemente, começou a rir. Normani olhou-a sem entender. Julgava que ela depois do não, se levantaria furiosa e iria embora. Mas ali estava ela, rindo e olhando-a até mais descontraída.

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora