CAPÍTULO: 37

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CAPÍTULO: 37


Guardou o extrato e saiu do banco. Tomou um táxi e deu o endereço de Helen. Foi pensando que havia algo que não entendia naquela estória: o cartão do apartamento, o bilhete com a estranha mensagem e aquele dinheiro na sua conta.

Foi uma Helen transtornada que lhe abriu a porta, quando chegou. Havia apertado a campainha, porque estava sem a chave.

Ela a olhou com os olhos vermelhos de chorar, os cabelos revoltos, se jogando em seus braços, trêmula e apertando-a .

-- Normani! Graças à Deus, você voltou! – Disse, com voz trêmula – Perdoe-me, Normani.... perdoe-me..

Normani sentiu sua mágoa esvair-se, ao vê-la tão desesperada. Empurrou-a delicadamente e entrou, fechando a porta.

Ela tornou a abraçá-la, pousando a cabeça no seu ombro.

-- Normani. . . como estou arrependida do que fiz! Oh, como sofri, pensando que não voltasse mais!

Normani sorriu, com a mão livre alisando os cabelos dela.

-- Calma, Helen. . . já estou aqui. Controle-se. . .

Ela afastou-se e a fitou aflita.

-- Diga que me perdoa, Normani. . . nunca mais vou agredi-la.

-- Isso  discutiremos  depois. Tenho  coisas  mais  importantes  para  falar  com  você – Disse, passando por ela e dirigindo-se para o quarto. Chegou lá e colocou a valise sobre a cama. Sentou-se e olhou para Helen. Ela olhava para a valise, notando-a finalmente.

-- Onde esteve, Normani? De quem é essa valise?

Normani falou com firmeza:

-- Minha. Estive no apartamento de Dinah. Apanhei alguns objetos meus.

Uma crispação passou pelo rosto de Helen. Mas não disse nada.

-- Venha cá. Veja o que me entregaram na portaria. – Disse, tirando do bolso o envelope com o bilhete e o cartão.

Helen leu o bilhete. Olhou-a com o cenho franzido.

-- Que mensagem boba! Quem escreveu isso? E esse cartão, de onde é?

-- O porteiro do edifício avisou-me que havia uma correspondência para mim. Era esse envelope com
o bilhete e o cartão magnético que abre o apartamento de Dinah.
O recepcionista disse que foi um garoto quem entregou na portaria. E eu tenho certeza que este cartão estava no apartamento,  quando fui para o rancho.

Helen sentou-se na cama, em frente à Normani, olhando-a intrigada.

-- Que estranho!  Como esse cartão chegou às mãos desse remetente? E quem será ele?

-- São essas as minhas perguntas. A família de Dinah jamais faria isso para mim. Quem mais teria acesso ao apartamento? E o que quer dizer essa frase no bilhete? Para eu ter esperança? Em quê?

Helen sacudiu a cabeça.

-- Realmente, é intrigante. Você não notou nada mexido no apartamento? Nada de diferente ?

-- Não, estava tudo como antes, pelo que pude perceber. Apanhei roupas para ir amanhã na casa dos Hansen, meus documentos e talão de cheques. Fui ao banco tirar algum dinheiro, e sabe o que descobri? Que haviam depositado duzentos e cinqüenta mil dólares em minha conta!

Helen arregalou os olhos, assombrada.

-- Depositaram isso em sua conta?! É muito dinheiro, Normani! Quem teria feito isso?

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