CAPÍTULO: 52

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CAPÍTULO: 52

 

Uma voz calma e amigável soou ao seu lado, quando voltou a si. Abriu os olhos, sobressaltada, e viu Phil Scott olhando-a com um sorriso. Olhou-o admirada e confusa.
O que Phil Scott estava fazendo ali?

-- Ah, já despertou! Você é muito forte, Normani!

Normani sentou-se na cama que estava e olhou em volta. Parecia estar em um hospital. Olhou para Phil Scott sem entender nada.

-- Como vim parar aqui? E o senhor, por que está aqui?

Ele debruçou-se para ela, sorridente.

-- Calma! Uma pergunta de cada vez! Você está em um hospital. Nós trouxemos você e Antony para cá. Ele está bem pior que você, mas vai recuperar-se. Levou uns pontos na cabeça e tomou uns remédios, está dormindo. Você bebeu um bocado de água e quase entrou em estado de choque, mas o doutor disse que seu caso não é grave. Quando despertasse, podia ir embora.

Ela sentou-se na cama, notando que estava com uma camisola do hospital. Olhou para Phil Scott.

-- Só me lembro que fui recolhida pela lancha e desmaiei.

Ele olhou muito sério.

-- Só lembra disso mesmo?

Ela ficou olhando-o. E tudo veio à sua mente, fazendo-a agitar-se, falando com voz alterada:

-- Lembrei de tudo, Scott! Eles queriam matar-nos! Allyson e Gary Miller! Queriam matar à mim e Antony!

Ele a segurou pelos ombros com firmeza.

-- Acalme-se! Já está tudo bem! Allyson e Gary Miller já estão presos, acusados do homicídio dos dois comparsas e tentativa de assassinato de você e Antony.

Ela o fitou surpresa.

-- Como? Como souberam disso?

Phil Scott sorriu, largando-a.

-- Está mais calma? Pode me ouvir, sem ficar agitada?

Ela o olhou confusa. O que ele tinha para dizer? Será que já tinha alguma pista do assassinato de Dinah?

Ele sentou-se na beira da cama e a fitou calmamente.

-- Ouça. . . A polícia de New York vem seguindo todos os membros da família Hansen desde o rapto de Dinah. E hoje as suspeitas se confirmaram. Allyson Hansen e Gary Miller estão fritos! E eu, pessoalmente, tenho seguido você desde a morte de Dinah.

Ela o fitou espantada.

-- Seguia-me o tempo todo?! Mas sua jurisdição não abrange New York! E então, suspeitava de mim?

Ele a encarou.

-- Não sou mais policial. Pedi demissão da polícia.

Normani lembrou, então, que uma vez telefonara para ele e a haviam informado disso. Ficou  mais confusa ainda.

-- Se não é mais policial, por que andou seguindo-me? Com que finalidade?

Ele sorriu e ergueu-se, andando pelo quarto. Parou e olhou-a.

-- Fui muito bem pago para isso. Pagaram-me tão bem que saí da polícia. Sabe, Normani, todo homem tem seus sonhos. E o meu era ser fazendeiro, mas nunca tive condição para isso. E quando me deram essa chance, eu  a agarrei e agora vou realizar o meu sonho, agora que tudo acabou.

-- Tudo acabou? Para você, não para mim. Ainda não sabemos quem matou Dinah. Não foram Allyson e Gary. Ela acha que fui eu, então não a mataram.

Ele a olhou enigmaticamente.

-- Espere. Deixe-me falar. Como disse, estava sendo muito bem pago para vigiá-la. Mas não por suspeitar de você, e sim para protegê-la. Você corria perigo, como Dinah havia corrido. Fui eu quem mandei o garoto entregar na portaria do apartamento da Quinta Avenida aquele envelope com o cartão da porta e a mensagem.

Normani o olhou boquiaberta.

Ele sorriu, continuando:

-- Alguém mandou-me fazer isso.

Ela apertou as têmporas com as mãos, confusa.

-- Que coisa louca! Quem o pagou para proteger-me? Quem o mandou entregar aquela mensagem?

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ F̶A̶T̶A̶L̶  I̶N̶H̶E̶R̶I̶T̶A̶N̶C̶E̶Onde histórias criam vida. Descubra agora